quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Lobo-marinho ‘dança’ ao som de gaita

O dentista José Lucas Barbosa encontrou um lobo-marinho na Baía de Paranaguá, na manhã de sábado (25), quando seguia de barco com um amigo para a Iha de Eufrasina. José contou nesta segunda-feira (27) que ficou encantado com o ‘bichinho’ e chegou a tocar gaita para o animal.
“Ele veio para perto do barco procurando peixe. Fiquei tocando uma gaitinha e parecia que ele estava dançando”, disse o dentista que ficou cerca de duas horas brincando com o animal.
Barbosa mora em Curitiba e disse que vai ao litoral quase todos os fins de semana. “Neste sábado eu ia comprar ostras em Eufrasina e encontrar um bicho deste é raríssimo. Pinguim e botos eu já encontrei”, relatou.
Segundo ele, o animal é “bastante dócil”. No vídeo é possível ver o lobo-marinho fazendo ‘acrobacias’ na água ao som da gaita. Em um momento, parece que o animal está aplaudindo e agradecendo ao músico. “Em algumas músicas ele demonstrava que estava gostando mais. É divertido o bichinho”, comentou Barbosa.
De acordo com a bióloga Aliny Gaudard, do Centro de Estudos do Mar, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), que analisou as imagens, o animal é um lobo-marinho-do-sul e o nome científico da espécie é Arctocephalus australis. Segundo Guadard, se trata do mesmo animal que já foi flagrado na praia de Matinhos, no início do mês.
Na ocasião, os biólogos foram chamados para avaliar o estado de saúde do lobo-marinho, que passava bem. Guadard afirmou que é comum esses animais aparecerem esta época do ano no litoral do Paraná, pois eles se dispersam das colônias reprodutivas no Uruguai e Argentina e param nas praias para descansar.
Contudo, a bióloga explicou que a equipe do Centro de Estudos do Mar acredita que o animal continua na região pois está sendo alimentado pelos pescadores, o que não é uma atitude correta.
A orientação para as pessoas que encontrarem com golfinhos, botos, tartarugas marinhas, foca, lobos ou leões-marinhos, é para que mantenham distância e não os toquem, pois eles podem transmitir doenças. Eles devem retornar sozinhos ao mar.

Assista ao vídeo aqui.

Fonte: G1

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