Gatinha foi encontrada no quintal de uma casa (Foto: Maria Cecília Gomes/Arquivo Pessoal) A fonoaudióloga Maria Cecília Passos Gomes, que alimenta e cuida dos gatos da rua Delfin Stockler de Lima, onde mora, foi a primeira a encontrar os animais mortos. Na última sexta-feira (24) ela sentiu a falta de dois gatos que costumava ver todos os dias e os encontrou no quintal de uma casa abandonada. De acordo com ela, os animais foram encontrados por um funcionário que fazia um conserto na residência.
Segundo Cecília, os gatos estavam com sangue na boca, o que caracterizava a morte por envenenamento. Ela tirou fotos dos animais e levou “Pingo” e “Gatinha” para fazer a necrópsia. O exame constatou o que ela já previa. Os dois tinham sido envenenados com uma substância chamada carbamato, popularmente conhecida como chumbinho e proibida a venda por lei. No quintal da casa, que também estava tomado por entulhos, não havia nenhum vestígio aparente da substância.
Ao conversar com os moradores da rua, Cecília descobriu mais duas mortes de gatos, que aconteceram na mesma semana. Um dos animais foi encontrado morto dentro de uma caixa de papelão. Já o outro gato, era de uma amiga dela que também ficou surpresa com o falecimento de seu animal. A fonoaudióloga ficou preocupada com a quantidade de casos semelhantes e resolveu levar a história à polícia. O boletim de ocorrência foi feito no 7º Distrito Policial de Santos para que os casos fossem investigados.
Ela diz que os moradores estão preocupados com a situação, já que a maioria deles possuem gatos e cachorros. “Quem fez com o gato pode fazer com o cachorro. Essas pessoas podem jogar o veneno e acabar matando os cachorros que ficam no quintal das casas”, diz ela. Cecília acredita que o fácil acesso a compra do chumbinho facilita a ação dessas pessoas e pede maior fiscalização por parte das autoridades para que outros animais não tenham o mesmo fim que Pingo e Gatinha.
Fonte: G1
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