Na noite do último dia 25 de agosto, o Centro de Triagem de Animais
Silvestres- CETAS/Ibama-GO recebeu uma ave silvestre raríssima, após
resgate efetuado pelo 1º Batalhão da Polícia Ambiental de Goiás, no
município de Cocalzinho de Goiás.
O 1º Batalhão foi acionado pelo destacamento da Polícia Militar de Cocalzinho/GO para buscar uma ave que havia sido entregue por um proprietário rural e que, aparentemente, estava machucada. Ao chegarem, os policias do Batalhão ficaram surpresos pelo tamanho da ave, aproximadamente um metro de altura, e pela sua força e tentativa de fuga, mesmo machucada.
Após triagem realizada no CETAS/GO, no dia 26/08, pelos biólogos, foi confirmado tratar-se de um Gavião-real (Harpia harpyja), espécie de observação quase impossível e muito rara. Os técnicos ficaram entusiasmados, uma vez que o último registro visual confirmado da espécie no Estado de Goiás datava da década de 1970.
Constatado, após a triagem, que a Harpia estava realmente ferida, foi acionado o Hospital Veterinário da Universidade Anhanguera de Anápolis/GO, a aproximadamente 50 km desta capital, para realizar o atendimento veterinário. Parceiros do Ibama há quase cinco anos, o médico Veterinário Stiwens Roberto e sua equipe realizaram os procedimentos necessários no período vespertino.
A ave foi anestesiada por método inalatório. Realizado o
procedimento, constatou-se que a Harpia foi alvejada por tiros,
possivelmente, de cartucheira, sendo que no raio-x foram observadas três
esferas de chumbo no corpo do animal. Foram detectados ferimentos de
entrada na parte superior esquerda do peito e na perna traseira
esquerda, e infelizmente um dos projéteis atingiu o osso coracóide, que
dá sustentação à asa, fazendo com que a asa esquerda da ave fique um
tanto caída.
Entretanto, uma vez que não foi constatado risco à vida do animal, foi feita medicação injetável com antibióticos e antiinflamatórios, e a asa atingida foi imobilizada, esperando que a fratura se consolide da melhor forma possível. A ave despertou rapidamente da anestesia e retornou ao CETAS/Ibama-GO, onde está sob observação dos biólogos e veterinários em recuperação. A destinação do animal depende de sua recuperação, e não está descartada sua devolução à natureza em algum dos projetos nacionais de conservação desta espécie.
A Harpia é considerada uma das aves mais belas de nossa avifauna. Habitava as florestas do Novo Mundo, desde o sul do México até o norte da Argentina, segundo o autor Sick. Aparentemente nunca foi abundante, o que faz com que seus avistamentos sejam raríssimos. Majestosa, possui porte e força inigualáveis, sendo o rapinante mais possante da América do Sul. Este espécime possui inacreditáveis 2 metros de envergadura, da ponta de uma asa à outra. A unha do polegar (halux) mede 7 cm de comprimento, e com estas garras ela consegue capturar presas muito grandes, como macacos-prego, preguiças, quatis e outros.
Devido à fragmentação do habitat causado pela expansão da fronteira agrícola e o crescimento das cidades, e aliado ao fato da espécie ser caçada ainda como troféu devido ao seu porte, sua ocorrência declinou significantemente no estado. Há 40 anos não havia registro confiável e confirmado da espécie, o que torna este espécime valiosíssimo, tanto do ponto de vista científico, quanto do ponto de vista cultural e ético para nossa sociedade.
Foto: Divulgação/Cetas-GO
fonte: anda
O 1º Batalhão foi acionado pelo destacamento da Polícia Militar de Cocalzinho/GO para buscar uma ave que havia sido entregue por um proprietário rural e que, aparentemente, estava machucada. Ao chegarem, os policias do Batalhão ficaram surpresos pelo tamanho da ave, aproximadamente um metro de altura, e pela sua força e tentativa de fuga, mesmo machucada.
Após triagem realizada no CETAS/GO, no dia 26/08, pelos biólogos, foi confirmado tratar-se de um Gavião-real (Harpia harpyja), espécie de observação quase impossível e muito rara. Os técnicos ficaram entusiasmados, uma vez que o último registro visual confirmado da espécie no Estado de Goiás datava da década de 1970.
Constatado, após a triagem, que a Harpia estava realmente ferida, foi acionado o Hospital Veterinário da Universidade Anhanguera de Anápolis/GO, a aproximadamente 50 km desta capital, para realizar o atendimento veterinário. Parceiros do Ibama há quase cinco anos, o médico Veterinário Stiwens Roberto e sua equipe realizaram os procedimentos necessários no período vespertino.
Entretanto, uma vez que não foi constatado risco à vida do animal, foi feita medicação injetável com antibióticos e antiinflamatórios, e a asa atingida foi imobilizada, esperando que a fratura se consolide da melhor forma possível. A ave despertou rapidamente da anestesia e retornou ao CETAS/Ibama-GO, onde está sob observação dos biólogos e veterinários em recuperação. A destinação do animal depende de sua recuperação, e não está descartada sua devolução à natureza em algum dos projetos nacionais de conservação desta espécie.
A Harpia é considerada uma das aves mais belas de nossa avifauna. Habitava as florestas do Novo Mundo, desde o sul do México até o norte da Argentina, segundo o autor Sick. Aparentemente nunca foi abundante, o que faz com que seus avistamentos sejam raríssimos. Majestosa, possui porte e força inigualáveis, sendo o rapinante mais possante da América do Sul. Este espécime possui inacreditáveis 2 metros de envergadura, da ponta de uma asa à outra. A unha do polegar (halux) mede 7 cm de comprimento, e com estas garras ela consegue capturar presas muito grandes, como macacos-prego, preguiças, quatis e outros.
Devido à fragmentação do habitat causado pela expansão da fronteira agrícola e o crescimento das cidades, e aliado ao fato da espécie ser caçada ainda como troféu devido ao seu porte, sua ocorrência declinou significantemente no estado. Há 40 anos não havia registro confiável e confirmado da espécie, o que torna este espécime valiosíssimo, tanto do ponto de vista científico, quanto do ponto de vista cultural e ético para nossa sociedade.
Foto: Divulgação/Cetas-GO
fonte: anda
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