Gambá é encontrado queimado e vai receber tratamento

Gambá teve rosto e parte do corpo queimados (Foto: Deborah Nogueira da Silva/Abrigo dos Bichos)

Um gambá encontrado ferido em Dois Irmãos do Buriti, a 113 km de Campo Grande, será encaminhado nesta quarta-feira (29) ao Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (Cras) da capital sul-mato-grossense. A veterinária Deborah Nogueira da Silva cuidou do animal e disse que ele estava com três dentes quebrados, várias marcas de queimaduras e hematomas pelo corpo.
Segundo a veterinária, o bicho precisou ser anestesiado por conta da situação em que foi encontrado na última sexta-feira (24).
“Um dos dentes caninos estava atravessado no céu da boca, por isso o gambá não aceitava comida nem água. Além disso, ele ficou cego, pois um dos olhos foi estourado e o outro comprometido por conta da queimadura. Após o efeito da anestesia, ele ficou melhor, comeu frutas e ovos, mas ele só come quando damos na mão, porque não consegue agarrar o alimento”, explicou.
A veterinária disse também que as pessoas não precisam ter medo quando encontram um animal silvestre em casa e tampouco maltratá-lo ou matá-lo. “Basta chamar a PMA [Polícia Militar Ambiental] ou o Corpo de Bombeiros que eles vão e o retiram de lá”, relata.
O gambá foi encontrado pela funcionária do controle de vetores da cidade Valda Silva. Ela relatou que estava trabalhando quando avistou o bicho jogado em cima de uma pilha de tijolos. Como não sabia onde ficava o quartel da Polícia Ambiental, decidiu entregá-lo para a veterinária. “Ele estava muito mal, muito debilitado. Não sabia o que fazer”, contou.
Segundo o coordenador do Cras, Elson Borges, assim que chegar, o animal deve passar por uma avaliação e ser colocado em quarentena. “Mais para frente, ele passa por outra avaliação para ver se tem ou não possibilidade de voltar à natureza”, disse.
Ainda conforme o coordenador, não há necessidade da transferência ser feita pelas autoridades ambientais. “Não tem problema nenhum a pessoa fazer o transporte por conta própria, desde que não cause riscos ao animal”, explicou.
Fonte: G1