Por Patrícia Tai (da Redação)
Notícias têm trazido à tona os últimos fatos. Os EUA passam pela maior seca dos últimos 70 anos, animais morrem de fome e sede nas áreas rurais e florestas, uma vez que a água está secando e a vegetação se torna escassa. Incêndios assolam os EUA e várias partes do mundo, e proliferam-se rapidamente devido ao calor.
Somando-se aos últimos grandes sinais de um clima mais quente no mundo todo, os níveis de gelo do Oceano Ártico estão caminhando para um recorde de baixa em setembro deste ano.
Novos dados de satélite mostram que os níveis de gelo do mar vão cair abaixo do recorde previamente definido em 2007 e que este recorde será quebrado semanas antes que o gelo pare de derreter.
Cientistas do National Data Center Snow and Ice dos EUA publicaram seu mais recente relatório com base nesta informação, onde se destacou o fato de que o derretimento do gelo do mar Ártico tem sido “rápido” desde junho.
O Professor Seymour Laxon, que leciona Física do Clima na Universidade de Londres, disse à BBC News que não está surpreso que o recorde de baixa esteja previsto para 2012. “Estivemos muito perto desse recorde no ano passado”.
Laxon também apontou que estes novos dados provavelmente vão afetar as previsões feitas anteriormente a respeito de um tempo em que o Ártico ficaria completamente livre de gelo durante os meses de verão.
Este é o ponto onde os dados começam a refletir algumas realidades enervantes. Relatórios anteriores levaram os cientistas a acreditar que o degelo total do Ártico ocorreria durante o verão até 2100. Depois do recorde de baixa em 2007, eles tiveram que rever essa previsão para 2030 a 2040. Com base nos dados divulgados este mês, agora parece que isso vai acontecer no próximo verão.
Isto significa que uma previsão mundial centrada em torno da mudança climática passou de “não no meu tempo de vida” para o próximo ano.
As más conseqüências de um Ártico sem gelo não podem ser previstas. O gelo do Ártico é de vital importância para controlar a temperatura das regiões polares e do nosso sistema climático global geral.
Atualmente, a superfície branca do gelo atua como uma barreira reflexiva, protegendo a maior parte do oceano Ártico dos raios do sol. Sem esta barreira, mais água será exposta, permitindo que o calor do sol seja absorvido e, finalmente, fazendo com que a temperatura do oceano venha a subir.
Os cientistas comparam o Ártico ao refrigerador do mundo e que isso é “como deixar a porta da geladeira aberta”, conforme ilustra o cientista Ted Scambos à ABC News. Alguns dos resultados são: mais seca, inundações, desequilíbrio climático e ondas de calor. O gelo do Ártico também é diretamente fundamental à vida de ursos polares e outros animais.
São dados científicos que simplesmente não podem ser ignorados. “Estamos em uma tendência de queda porque a Terra está ficando mais quente”, disse Scambos. “Vai continuar uma série de extensões de gelo encolhendo a cada ano…Não vamos ter volta”.
Mais riscos
Segundo o Greenpeace, empresas como Shell, BP, Exxon, Gazprom e outras companhias petrolíferas consideram o Ártico como “nova fronteira de exploração”. De acordo com a ONG, documentos governamentais previamente confidenciais dizem que lidar com derramamentos de petróleo em águas geladas será ‘quase impossível’ e erros inevitáveis arruinariam os frágeis ecossistemas do Ártico. Mais um vazamento de petróleo do Ártico será catasfrófico (vide recente dano causado pela Exxon Valdez na região e o desastre da Deepwater Horizon, no Golfo do México). Em nome dos animais – e agora até pelas nossas vidas, não vamos deixar que isso se repita no Ártico.
Participe da campanha Salve o Ártico e assine a petição.
Fonte: anda
Notícias têm trazido à tona os últimos fatos. Os EUA passam pela maior seca dos últimos 70 anos, animais morrem de fome e sede nas áreas rurais e florestas, uma vez que a água está secando e a vegetação se torna escassa. Incêndios assolam os EUA e várias partes do mundo, e proliferam-se rapidamente devido ao calor.
Somando-se aos últimos grandes sinais de um clima mais quente no mundo todo, os níveis de gelo do Oceano Ártico estão caminhando para um recorde de baixa em setembro deste ano.
Novos dados de satélite mostram que os níveis de gelo do mar vão cair abaixo do recorde previamente definido em 2007 e que este recorde será quebrado semanas antes que o gelo pare de derreter.
Cientistas do National Data Center Snow and Ice dos EUA publicaram seu mais recente relatório com base nesta informação, onde se destacou o fato de que o derretimento do gelo do mar Ártico tem sido “rápido” desde junho.
O Professor Seymour Laxon, que leciona Física do Clima na Universidade de Londres, disse à BBC News que não está surpreso que o recorde de baixa esteja previsto para 2012. “Estivemos muito perto desse recorde no ano passado”.
Laxon também apontou que estes novos dados provavelmente vão afetar as previsões feitas anteriormente a respeito de um tempo em que o Ártico ficaria completamente livre de gelo durante os meses de verão.
Este é o ponto onde os dados começam a refletir algumas realidades enervantes. Relatórios anteriores levaram os cientistas a acreditar que o degelo total do Ártico ocorreria durante o verão até 2100. Depois do recorde de baixa em 2007, eles tiveram que rever essa previsão para 2030 a 2040. Com base nos dados divulgados este mês, agora parece que isso vai acontecer no próximo verão.
Isto significa que uma previsão mundial centrada em torno da mudança climática passou de “não no meu tempo de vida” para o próximo ano.
As más conseqüências de um Ártico sem gelo não podem ser previstas. O gelo do Ártico é de vital importância para controlar a temperatura das regiões polares e do nosso sistema climático global geral.
Atualmente, a superfície branca do gelo atua como uma barreira reflexiva, protegendo a maior parte do oceano Ártico dos raios do sol. Sem esta barreira, mais água será exposta, permitindo que o calor do sol seja absorvido e, finalmente, fazendo com que a temperatura do oceano venha a subir.
Os cientistas comparam o Ártico ao refrigerador do mundo e que isso é “como deixar a porta da geladeira aberta”, conforme ilustra o cientista Ted Scambos à ABC News. Alguns dos resultados são: mais seca, inundações, desequilíbrio climático e ondas de calor. O gelo do Ártico também é diretamente fundamental à vida de ursos polares e outros animais.
São dados científicos que simplesmente não podem ser ignorados. “Estamos em uma tendência de queda porque a Terra está ficando mais quente”, disse Scambos. “Vai continuar uma série de extensões de gelo encolhendo a cada ano…Não vamos ter volta”.
Mais riscos
Segundo o Greenpeace, empresas como Shell, BP, Exxon, Gazprom e outras companhias petrolíferas consideram o Ártico como “nova fronteira de exploração”. De acordo com a ONG, documentos governamentais previamente confidenciais dizem que lidar com derramamentos de petróleo em águas geladas será ‘quase impossível’ e erros inevitáveis arruinariam os frágeis ecossistemas do Ártico. Mais um vazamento de petróleo do Ártico será catasfrófico (vide recente dano causado pela Exxon Valdez na região e o desastre da Deepwater Horizon, no Golfo do México). Em nome dos animais – e agora até pelas nossas vidas, não vamos deixar que isso se repita no Ártico.
Participe da campanha Salve o Ártico e assine a petição.
Fonte: anda
Nenhum comentário:
Postar um comentário
verdade na expressão