terça-feira, 4 de setembro de 2012

Lobo alvo de investigação científica é morto por caçadores


 O lobo ibérico é uma espécie protegida em toda a península ibérica (Foto: Rafael Marchante /Reuters)

Um lobo ibérico que estava sendo monitorado, no intuito de uma investigação científica, foi morto no Parque Nacional dos Picos de Europa, na Espanha, em caçadas autorizadas pela área protegida. Os ambientalistas rotulam como “disparate e aberração” o fato de a administração pagar 125.000 euros para estudar estes animais e admitir o seu assassinato.
No dia 1 de Agosto, a direção do Parque Nacional dos Picos de Europa adotou uma medida que autoriza os guardas da área protegida a fazerem duas caçadas anuais e a matar seis lobos, para controlar a população destes animais. Até ao momento, as autoridades informam que foram mortos dois destes bichos.
Isto levou ao acontecimento do dia 21 de Agosto. Após uma caçada, os guardas do parque inspeccionaram os cadáveres dos animais e identificaram Marley, um lobo bem conhecido pelos cientistas. Há dois anos fez parte de um projeto de monitorização da população do lobo ibérico no parque. Marley tinha sido marcado com um colar transmissor para os investigadores conseguirem seguir a sua posição por satélite, o que representou um investimento de 125.000 euros.
Fontes familiarizadas com o estudo declaram ao jornal El País, que a bateria do colar de Marley já se tinha esgotado no ano passado. O dispositivo deveria ter-se desprendido do animal automaticamente quando as baterias acabaram, no entanto, isto não se sucedeu. Os guardas do parque, ao inspecionarem o corpo do animal, encontraram o dispositivo, o que permitiu a sua identificação.
A caçada ao lobo foi justificada pelo parque com a “evolução dos danos causados ao gado” dentro no parque. Porém, a Associação para a Conservação e Estudo do Lobo Ibérico (Ascel) reclama que o parque ainda não quantificou os tais danos ou publicou quaisquer dados sobre a população de lobos. “É bizarro e grotesco matar seis lobos num parque nacional, depois de ter usado dinheiro público para estudá-los”, disse Alberto Fernández, ao El País.
Fonte: Ecosfera

Comentário
A ignorância dos psicopatas humanos não tem limites. Não esqueçam que a média é: em cada 100 humanos, 4 são psicopatas e eles atuam das mais diversas formas e estão por todas as partes: nos govêrnos, entre populares, familiares e...   Alber

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