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Sérgio Greif, biólogo formado pela UNICAMP,com mestrado em nutrição vegetariana pela mesma universidade, é professor de MBA em Gestão Ambiental da Universidade de São Caetano do Sul e ativista pelos direitos animais. Vegano desde 1998, Greif é co-autor do livro “A Verdadeira Face da Experimentação Animal: A sua saúde em perigo” e autor de “Alternativas ao Uso de Animais Vivos na Educação: pela ciência responsável”, além de diversos artigos e ensaios. Ele que também é membro fundador da Sociedade Vegana no Brasil concedeu entrevista exclusiva para jornalista Natália Prieto da ANDA. Greif fala sobre os mitos e verdades que envolvem o processo de se tornar vegetariano. Acompanhe.
ANDA – O primeiro argumento dado pelas pessoas que relutam em parar de comer carne é de que o alimento é essencial para o nosso corpo. Isso é verdade?
Sérgio Greif – Em termos biológicos não somos carnívoros nem herbívoros, mas onívoros. Ser onívoro significa estar biologicamente preparado para lidar com alimentos de diferentes fontes. Estar preparado não significa precisar destes alimentos, ter de comê-los. Não há um único alimento que seja essencial ao ser humano e então nossas escolhas podem ser realizadas considerando aspectos regionais, culturais etc. Há uma cultura de considerar a carne um alimento essencial porque se trata de um alimento rico em proteínas compostas por aminoácidos essenciais completos. Essa cultura considera apenas parte da verdade, porque embora não existam muitos vegetais que tenham perfil de aminoácidos completos, a combinação de diferentes alimentos, como arroz e feijão, ou milho e feijão, ou outras combinações comuns, em uma mesma refeição, tende a balancear o perfil de aminoácidos. Ou seja, aminoácidos que porventura faltam em um alimento tendem a ser supridos por outros alimentos que se encontram ali juntos. Igualmente, a crença de que vegetarianos estão em maior risco de sofrer deficiência de ferro, cálcio ou outro nutriente não é verdadeira. Esses nutrientes podem ser facilmente encontrados em uma variedade de alimentos de origem vegetal e sua biodisponibilidade garante que vegetarianos não sofrem de carências alimentares mais do que a população não vegetariana. Por essas e por outras não há defesa científica para a argumentação de que a carne é um alimento essencial para o ser humano.
ANDA – O vegetariano restringe apenas o consumo de carne?
Sérgio Greif – Não, vegetarianas são as pessoas que se abstêm de todo e qualquer alimento de origem animal. Se a pessoa restringe seu consumo de carne a apenas uma data festiva, por exemplo, Ação de Graças ou Natal, ela não é vegetariana. Se a pessoa não come carne bovina, mas come frango, peixe ou frutos do mar, tampouco ela é vegetariana, pois o termo carne se aplica a todos os tipos de tecidos animais. Vegetarianos também não consomem outros produtos de origem animal como ovos, leites e derivados, gelatina, mel etc. Por muito tempo considerou-se que “alguns tipos de vegetarianos” podiam consumir alguns tipos de produtos de origem animal, como peixes, leite, ovos, mel, etc., mas certamente isso insidia em um emprego errôneo do termo e este erro tem sido reconhecido e corrigido em alguns lugares. O termo vegano (ou vegan, em inglês) diz respeito a outros aspectos do estilo de vida do indivíduo que não apenas seus hábitos alimentares. Assim, veganos, além de vegetarianos, não usam couro, peles, lã, não vão a rodeios, circos com animais, não montam cavalos e procuram não utilizar produtos testados em animais.
ANDA – Há um processo recomendado para parar de comer carne? É necessário fazer acompanhamento médico?
Sérgio Greif – Em verdade não há um processo padronizado que determina a melhor forma de proceder em relação ao abandono de carne e outros produtos de origem animal. O processo varia conforme a pessoa e seu nível de dependência emocional em relação ao alimento em questão. De forma geral a tendência é que as pessoas primeiramente abandonem a carne vermelha, depois a carne de aves e por fim os peixes, depois abandonem o consumo de ovos e por ultimo o leite. Mas, novamente, isso dependerá de cada pessoa. Há pessoas que sequer comem peixe, então é claro que esse é um item que elas não precisarão abandonar. A maior dificuldade em abandonar os ovos e o leite reside no fato de que esses itens entram na composição de várias preparações. Daí que seu abandono exige que a pessoa consiga se abster de muitas outras coisas que não necessariamente parecem, em um primeiro momento, envolver a exploração animal. O acompanhamento médico não é de forma alguma necessário, visto que o que a pessoa está abandonando não é algo essencial a sua existência. Mas a pessoa pode sim buscar o auxílio profissional se julgar que a transição está sendo dificultosa ou não se sentir segura em relação aos passos. Até mesmo uma pessoa que decide abandonar o tabaco às vezes tem a necessidade de acompanhamento médico, e passa por momentos de fraqueza.
Vegetarianos não necessitam entender de nutrição, nem tampouco saber que alimentos são ricos em quais nutrientes, basta que adotem uma fórmula simples e que sempre funciona muito bem. Essa fórmula diz, em primeiro lugar, que não devemos confundir vegetarianismo com anorexia. Vegetarianos comem bem, aliás, muito bem. Mais de duas mil calorias de vegetais são pratos bem generosos, então a primeira coisa é que vegetarianos não devem diminuir seu consumo de calorias. Encham o prato. O segundo fator da fórmula diz que é sempre melhor consumir alimentos menos processados do que mais processados. Um vegetariano pode consumir mais de duas mil calorias de um alimento processado e refinado, mas ele estará consumindo o que chamamos de calorias vazias. Não é uma forma saudável de preencher essas calorias. Vegetarianos, assim como todos os seres humanos, devem sempre preencher suas calorias com alimentos nutritivos. O terceiro fator da fórmula reside na variedade. Jamais se deve apoiar todas as suas refeições em um único tipo de alimento. Ok eventualmente comer uma macarronada no almoço, mas no jantar deverá se buscar consumir outros alimentos. A monotonia das refeições é ruim porque sempre fornece ao corpo os mesmos tipos de nutrientes. Já a variedade cuida de que nenhum nutriente falte, porque o que não está em uma refeição estará em outra refeição. A pessoa não precisa saber que grãos, leguminosas e folhas de cor verde escura são ricos em proteínas, cálcio e ferro, nem que cereais e derivados são ricos em carboidratos, nem que castanhas e sementes são ricas em lipídeos, o que ela precisa saber é que deve consumir uma variedade de alimentos, várias porções de cereais, leguminosas, tubérculos, folhas, frutas e uma porção menor de nozes e sementes (um truque fácil é tentar montar pratos coloridos, pois a coloração natural dos alimentos e indicativa da presença de determinados nutrientes). Se a pessoa fizer isso com certeza não precisará de acompanhamento médico.
ANDA – Crianças e bebês também podem virar vegetarianos?
Sérgio Greif – Crianças podem ser vegetarianas desde nascença, desde que a fórmula acima seja considerada. Obviamente que nesse caso recomenda-se que um profissional de saúde que respeite a opção pelo vegetarianismo acompanhe seu desenvolvimento (mas a mesma recomendação se aplica a crianças que se alimentam de produtos de origem animal). O vegetarianismo facilmente supre as necessidades nutricionais do ser humano em todas as etapas de seu ciclo de vida.
ANDA – É verdade que as pessoas que se tornam vegetarianas ficam menos estressadas?
Sérgio Greif – Na verdade essa afirmação carece de qualquer comprovação científica. Esse conceito deriva de apologias realizadas por defensores da alimentação natural na década de 1980, que afirmavam que os hormônios, ou as
substâncias, liberadas por animais no momento do abate passavam de alguma forma para seus tecidos e daí para quem os consumisse. Considerando que a maioria das carnes são processadas antes de consumidas, é improvável que tais substâncias realmente estejam preservadas quando de seu consumo. O que de fato temos é que em muitos casos a pessoa que opta pelo vegetarianismo já está também engajada em outras atividades que reconhecidamente tem efeito sobre o controle de seu estresse. Por muito tempo o vegetarianismo esteve ligado, e algumas pessoas ainda o associam a isso, ao yoga, às religiões orientais, às práticas meditativas etc. Daí reconhecer que pessoas que praticam o vegetarianismo são menos estressadas. Mas quando o vegetarianismo se manifesta desacompanhado de tais práticas aparentemente o que temos são pessoas tão estressadas quanto à população geral.
ANDA -As drágeas comercializadas não contêm a mesma quantidade de vitaminas encontrada na carne. O que isso significa?
Sérgio Greif – Suplementos multivitamínicos e multiminerais são formulações destinadas a suprir parcial ou completamente as necessidades da população por vitaminas e minerais. Dessa maneira, nutrientes cujo consumo é baixo pela população em geral, como vitamina A, vitaminas do complexo B, vitamina C, vitamina D, Vitamina E, Vitamina K, ácido fólico, ferro, cálcio, selênio e zinco podem ser colocados em uma mesma cápsula com a finalidade de que as pessoas tenham um aporte desses nutrientes que em alguns casos pode chegar a 100% de suas necessidades diárias. Já a carne não é um alimento de forma alguma completo nesse quesito, sendo mesmo deficiente em muitas vitaminas e minerais. Pessoas que seguirem a fórmula passada na questão acima não terão necessidade de recorrer a suplementos, simplesmente porque a variedade tende a suprir todas as necessidades por vitaminas e minerais.
ANDA – Quais os benefícios de cortar a carne da alimentação?
Sérgio Greif – Em primeiro lugar se beneficiam os animais, já que uma pessoa a menos estará se responsabilizando por seu ciclo vicioso de criação e abate. Em segundo lugar se beneficia o planeta inteiro, já que menos uma pessoa estará consumindo uma quantidade de recursos que basicamente torna a vida insustentável. Em terceiro lugar se beneficia o próprio indivíduo, que então passa a adotar um estilo de vida mais compatível com sua ética pessoal, além de a médio e longo prazo ter benefícios para sua saúde. Diversos estudos demonstram que o consumo de carne e outros produtos de origem animal está associado à maior incidência de doenças tais como cardiopatias e doenças coronárias, hipertensão, cânceres diversos, diabetes, obesidade, derrames, osteoporose, diverticulose, doenças renais, doenças hepáticas, alergias. De maneira geral, o vegetarianismo está associado ao melhor estado de saúde e maior longevidade.
fonte: anda
Sérgio Greif, biólogo formado pela UNICAMP,com mestrado em nutrição vegetariana pela mesma universidade, é professor de MBA em Gestão Ambiental da Universidade de São Caetano do Sul e ativista pelos direitos animais. Vegano desde 1998, Greif é co-autor do livro “A Verdadeira Face da Experimentação Animal: A sua saúde em perigo” e autor de “Alternativas ao Uso de Animais Vivos na Educação: pela ciência responsável”, além de diversos artigos e ensaios. Ele que também é membro fundador da Sociedade Vegana no Brasil concedeu entrevista exclusiva para jornalista Natália Prieto da ANDA. Greif fala sobre os mitos e verdades que envolvem o processo de se tornar vegetariano. Acompanhe.
ANDA – O primeiro argumento dado pelas pessoas que relutam em parar de comer carne é de que o alimento é essencial para o nosso corpo. Isso é verdade?
Sérgio Greif – Em termos biológicos não somos carnívoros nem herbívoros, mas onívoros. Ser onívoro significa estar biologicamente preparado para lidar com alimentos de diferentes fontes. Estar preparado não significa precisar destes alimentos, ter de comê-los. Não há um único alimento que seja essencial ao ser humano e então nossas escolhas podem ser realizadas considerando aspectos regionais, culturais etc. Há uma cultura de considerar a carne um alimento essencial porque se trata de um alimento rico em proteínas compostas por aminoácidos essenciais completos. Essa cultura considera apenas parte da verdade, porque embora não existam muitos vegetais que tenham perfil de aminoácidos completos, a combinação de diferentes alimentos, como arroz e feijão, ou milho e feijão, ou outras combinações comuns, em uma mesma refeição, tende a balancear o perfil de aminoácidos. Ou seja, aminoácidos que porventura faltam em um alimento tendem a ser supridos por outros alimentos que se encontram ali juntos. Igualmente, a crença de que vegetarianos estão em maior risco de sofrer deficiência de ferro, cálcio ou outro nutriente não é verdadeira. Esses nutrientes podem ser facilmente encontrados em uma variedade de alimentos de origem vegetal e sua biodisponibilidade garante que vegetarianos não sofrem de carências alimentares mais do que a população não vegetariana. Por essas e por outras não há defesa científica para a argumentação de que a carne é um alimento essencial para o ser humano.
ANDA – O vegetariano restringe apenas o consumo de carne?
Sérgio Greif – Não, vegetarianas são as pessoas que se abstêm de todo e qualquer alimento de origem animal. Se a pessoa restringe seu consumo de carne a apenas uma data festiva, por exemplo, Ação de Graças ou Natal, ela não é vegetariana. Se a pessoa não come carne bovina, mas come frango, peixe ou frutos do mar, tampouco ela é vegetariana, pois o termo carne se aplica a todos os tipos de tecidos animais. Vegetarianos também não consomem outros produtos de origem animal como ovos, leites e derivados, gelatina, mel etc. Por muito tempo considerou-se que “alguns tipos de vegetarianos” podiam consumir alguns tipos de produtos de origem animal, como peixes, leite, ovos, mel, etc., mas certamente isso insidia em um emprego errôneo do termo e este erro tem sido reconhecido e corrigido em alguns lugares. O termo vegano (ou vegan, em inglês) diz respeito a outros aspectos do estilo de vida do indivíduo que não apenas seus hábitos alimentares. Assim, veganos, além de vegetarianos, não usam couro, peles, lã, não vão a rodeios, circos com animais, não montam cavalos e procuram não utilizar produtos testados em animais.
ANDA – Há um processo recomendado para parar de comer carne? É necessário fazer acompanhamento médico?
Sérgio Greif – Em verdade não há um processo padronizado que determina a melhor forma de proceder em relação ao abandono de carne e outros produtos de origem animal. O processo varia conforme a pessoa e seu nível de dependência emocional em relação ao alimento em questão. De forma geral a tendência é que as pessoas primeiramente abandonem a carne vermelha, depois a carne de aves e por fim os peixes, depois abandonem o consumo de ovos e por ultimo o leite. Mas, novamente, isso dependerá de cada pessoa. Há pessoas que sequer comem peixe, então é claro que esse é um item que elas não precisarão abandonar. A maior dificuldade em abandonar os ovos e o leite reside no fato de que esses itens entram na composição de várias preparações. Daí que seu abandono exige que a pessoa consiga se abster de muitas outras coisas que não necessariamente parecem, em um primeiro momento, envolver a exploração animal. O acompanhamento médico não é de forma alguma necessário, visto que o que a pessoa está abandonando não é algo essencial a sua existência. Mas a pessoa pode sim buscar o auxílio profissional se julgar que a transição está sendo dificultosa ou não se sentir segura em relação aos passos. Até mesmo uma pessoa que decide abandonar o tabaco às vezes tem a necessidade de acompanhamento médico, e passa por momentos de fraqueza.
Vegetarianos não necessitam entender de nutrição, nem tampouco saber que alimentos são ricos em quais nutrientes, basta que adotem uma fórmula simples e que sempre funciona muito bem. Essa fórmula diz, em primeiro lugar, que não devemos confundir vegetarianismo com anorexia. Vegetarianos comem bem, aliás, muito bem. Mais de duas mil calorias de vegetais são pratos bem generosos, então a primeira coisa é que vegetarianos não devem diminuir seu consumo de calorias. Encham o prato. O segundo fator da fórmula diz que é sempre melhor consumir alimentos menos processados do que mais processados. Um vegetariano pode consumir mais de duas mil calorias de um alimento processado e refinado, mas ele estará consumindo o que chamamos de calorias vazias. Não é uma forma saudável de preencher essas calorias. Vegetarianos, assim como todos os seres humanos, devem sempre preencher suas calorias com alimentos nutritivos. O terceiro fator da fórmula reside na variedade. Jamais se deve apoiar todas as suas refeições em um único tipo de alimento. Ok eventualmente comer uma macarronada no almoço, mas no jantar deverá se buscar consumir outros alimentos. A monotonia das refeições é ruim porque sempre fornece ao corpo os mesmos tipos de nutrientes. Já a variedade cuida de que nenhum nutriente falte, porque o que não está em uma refeição estará em outra refeição. A pessoa não precisa saber que grãos, leguminosas e folhas de cor verde escura são ricos em proteínas, cálcio e ferro, nem que cereais e derivados são ricos em carboidratos, nem que castanhas e sementes são ricas em lipídeos, o que ela precisa saber é que deve consumir uma variedade de alimentos, várias porções de cereais, leguminosas, tubérculos, folhas, frutas e uma porção menor de nozes e sementes (um truque fácil é tentar montar pratos coloridos, pois a coloração natural dos alimentos e indicativa da presença de determinados nutrientes). Se a pessoa fizer isso com certeza não precisará de acompanhamento médico.
ANDA – Crianças e bebês também podem virar vegetarianos?
Sérgio Greif – Crianças podem ser vegetarianas desde nascença, desde que a fórmula acima seja considerada. Obviamente que nesse caso recomenda-se que um profissional de saúde que respeite a opção pelo vegetarianismo acompanhe seu desenvolvimento (mas a mesma recomendação se aplica a crianças que se alimentam de produtos de origem animal). O vegetarianismo facilmente supre as necessidades nutricionais do ser humano em todas as etapas de seu ciclo de vida.
ANDA – É verdade que as pessoas que se tornam vegetarianas ficam menos estressadas?
Sérgio Greif – Na verdade essa afirmação carece de qualquer comprovação científica. Esse conceito deriva de apologias realizadas por defensores da alimentação natural na década de 1980, que afirmavam que os hormônios, ou as
substâncias, liberadas por animais no momento do abate passavam de alguma forma para seus tecidos e daí para quem os consumisse. Considerando que a maioria das carnes são processadas antes de consumidas, é improvável que tais substâncias realmente estejam preservadas quando de seu consumo. O que de fato temos é que em muitos casos a pessoa que opta pelo vegetarianismo já está também engajada em outras atividades que reconhecidamente tem efeito sobre o controle de seu estresse. Por muito tempo o vegetarianismo esteve ligado, e algumas pessoas ainda o associam a isso, ao yoga, às religiões orientais, às práticas meditativas etc. Daí reconhecer que pessoas que praticam o vegetarianismo são menos estressadas. Mas quando o vegetarianismo se manifesta desacompanhado de tais práticas aparentemente o que temos são pessoas tão estressadas quanto à população geral.
ANDA -As drágeas comercializadas não contêm a mesma quantidade de vitaminas encontrada na carne. O que isso significa?
Sérgio Greif – Suplementos multivitamínicos e multiminerais são formulações destinadas a suprir parcial ou completamente as necessidades da população por vitaminas e minerais. Dessa maneira, nutrientes cujo consumo é baixo pela população em geral, como vitamina A, vitaminas do complexo B, vitamina C, vitamina D, Vitamina E, Vitamina K, ácido fólico, ferro, cálcio, selênio e zinco podem ser colocados em uma mesma cápsula com a finalidade de que as pessoas tenham um aporte desses nutrientes que em alguns casos pode chegar a 100% de suas necessidades diárias. Já a carne não é um alimento de forma alguma completo nesse quesito, sendo mesmo deficiente em muitas vitaminas e minerais. Pessoas que seguirem a fórmula passada na questão acima não terão necessidade de recorrer a suplementos, simplesmente porque a variedade tende a suprir todas as necessidades por vitaminas e minerais.
ANDA – Quais os benefícios de cortar a carne da alimentação?
Sérgio Greif – Em primeiro lugar se beneficiam os animais, já que uma pessoa a menos estará se responsabilizando por seu ciclo vicioso de criação e abate. Em segundo lugar se beneficia o planeta inteiro, já que menos uma pessoa estará consumindo uma quantidade de recursos que basicamente torna a vida insustentável. Em terceiro lugar se beneficia o próprio indivíduo, que então passa a adotar um estilo de vida mais compatível com sua ética pessoal, além de a médio e longo prazo ter benefícios para sua saúde. Diversos estudos demonstram que o consumo de carne e outros produtos de origem animal está associado à maior incidência de doenças tais como cardiopatias e doenças coronárias, hipertensão, cânceres diversos, diabetes, obesidade, derrames, osteoporose, diverticulose, doenças renais, doenças hepáticas, alergias. De maneira geral, o vegetarianismo está associado ao melhor estado de saúde e maior longevidade.
fonte: anda
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