O slogan é o mais alienante possível: “Pescado: dá água na boca e faz bem para a saúde”, ignorando as denúncias que vêm aparecendo pelo mundo sobre a concentração de metais pesados na carne dos peixes mortos pela indústria pesqueira e fazendo um apelo ao paladar – esta última que é uma das grandes “razões” de muitos onívoros recusarem considerar a adoção do vegetarianismo.
A campanha de alienação governamental deste ano inclui a participação de atletas olímpicos, como o nadador Thiago Pereira, e também divulgação em redes sociais. Vão começar também eventos gastronômicos e mobilizações de apologia ao consumo de “pescado” em todos os estados brasileiros. Está disponível também um kit de peças de divulgação no hotsite da iniciativa no site do Ministério da Pesca e Aquicultura.
O lançamento oficial da Semana do Peixe 2012 foi realizado pelo ministro da Pesca e Aquicultura Marcelo Crivella, no Mercado São Pedro, ponto de venda de peixes, crustáceos e moluscos mortos tradicional de Niterói (RJ). Segundo o site do ministério, ele declarou: “O Brasil está despertando para a necessidade de comer peixe, uma carne saudável e nutritiva. Popularizar o pescado é a missão do nosso Ministério. Precisamos assumir a bandeira da importância do consumo desse nobre alimento para que o brasileiro possa ter o hábito de comer peixe.”
A “Semana”, segundo o Portal Brasil, faz parte da Campanha Nacional de Promoção do Consumo de Pescado (sic), promovido pelo ministério mencionado, e incentiva a atividade da pesca, com a iniciativa tanto de favorecer aqueles que obtêm renda matando animais nas águas do Brasil como de aumentar o consumo de carne de animais aquáticos para pelo menos 12 quilos por habitante por ano.
É hora, então, de os vegetarianos e veganos defensores dos Direitos Animais se mobilizarem contra essa campanha governamental de desinformação, alienação e incentivo à matança, ainda mais ambientalmente predatória, de peixes, crustáceos e moluscos. Recomenda-se, a princípio, que os defensores dos animais protestem na página do Facebook dedicada ao Ministério da Pesca e Aquicultura e também no Twitter – dirigindo-se ao perfil @MPAnarede.
Uma outra recomendação é que se divulgue, com mais intensidade, conteúdos abolicionistas que enfoquem o problema ético e ambiental da pesca e da aquicultura. Um exemplo a ser divulgado é este artigo – “O consumo insustentável e os oceanos à beira de uma catástrofe”, de Henrique Cortez.
fonte: anda
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