Gilberto de Azevedo Marques, que
prefere ser chamado apenas de irmão Gilberto, Técnico em Prótese
Dentária por formação, pelo lado espiritual é Médium de vidência desde
os quatro anos; dos 09 aos 35 anos foi conduzido pelo seu Mentor Frei
Gabriel a estudar as religiões , formou-se então em Teologia pela Igreja
Congregação Cristã do Brasil, em Teosofia pelo Monastério Franciscano
na Sé, fez a Escola de Aprendizes do Evangelho pelo Grupo Fraternal Dr.
Adolfo Bezerra de Menezes, além de conhecer outras 35 religiões, 12
seitas e 17 filosofias. Atua hoje como Presidente e Dirigente Espiritual
do Grupo Fraternal Francisco de Assis, é palestrante e tarefeiro pela
CAUSA. É ele o idealizador e o responsável pela implantação do trabalho
de Assistência Espiritual aos Animais no GFFA , responsável pela
implantação deste mesmo trabalho no Centro Espírita Casa do Caminho – SP
-, no centro de Umbanda Tecaf , RJ e na Sociedade Espírita Encontro
Fraterno, Santa Catarina. Gilberto realiza seminários e palestras sobre a
espiritualidade dos animais em muitos lugares e recebe em média no
GFFA, cerca de 40 a 50 animais todos os sábados. Segundo ele,
conscientizar os tutores sobre a não humanização dos animais e o
respeito por estes irmãos é um de seus maiores objetivos, relata
Gilberto na entrevista exclusiva que concedeu a ANDA.
A assistência espiritual aos animais dentro das Casas Espíritas surgiu, através do trabalho do veterinário espírita Marcel Benedeti, fundador em 2006 da Asseama- Associação Espírita Amigos dos Animais – ele mesmo mais tarde iria também fundar o Grupo Espírita Irmãos Animais. Em agosto de 2009 Marcel Benedeti foi quem auxiliou o início dos trabalhos de assistência espiritual aos irmãos animais no GFFA- Grupo Fraternal Francisco de Assis, em São Bernardo do Campo, SP. Desde então, a procura por esses tratamentos e pela conscientização dos tutores em relação aos animais só vem crescendo.
Gilberto fala ainda da importância do trabalho de assistência espiritual direcionado aos animais não humanos.
ANDA – Os animais têm Alma, eles reencarnam? Fale sobre a espiritualidade dos (nos) animais.
Gilberto: Pode até parecer repetitivo para alguns a pergunta e a resposta acerca da Alma dos animais, contudo em nosso meio sempre chegam novos adeptos principalmente pela dor do momento. Desta forma é de bom grado classificar melhor a palavra Alma e consultando muitos artigos temos um que nos parece mais sensato, extraído do Livro dos Espíritos – Cap. II – pergunta 134:
- Que é a alma? – Um Espírito encarnado.
- Que era a alma antes de se unir ao corpo? – Espírito.
- As Almas e os Espíritos são, pois, identicamente a mesma coisa? – Sim, as almas não são senão os Espíritos. Antes de se unir ao corpo a alma é um dos seres inteligentes que povoam o mundo invisível e que revestem temporariamente um envoltório carnal para se purificar e esclarecer.
Uma vez entendido o que é a alma, podemos dizer que o verbo melhor a ser empregado é o SER e não o TER.
Do átomo até o Arcanjo estamos TODOS evoluindo e hoje com o avanço da ciência, das explicações filosóficas e dentro de uma ética moral e cristã estamos muito mais abertos a questões como esta e que até pouco tempo atrás seria tratado como heresia.
Sendo assim, os animais SÃO almas, como nós que ainda estamos animais o somos. A única diferença está no grau de evolução, eles sendo conduzidos pelas encarnações e reencarnações até atingir a fase hominal e iniciarem uma nova etapa através do próprio Livre Arbítrio. No tocante, a espiritualidade abre-se neste campo um leque com diversos caminhos, pois que se, são espíritos, “princípio inteligente universal” fora da matéria, subentendemos fazerem parte da espiritualidade, agora o que podemos e dialogaremos neste contexto mais à frente é no que tange a parte mística a cerca desta “espiritualidade”.
ANDA – Por que esse desejo de abrir as portas do GFFA para os animais?
Gilberto: Carisma e afinidade, quando antes de formar o grupo, e demonstrando a intenção, percebemos que os olhos de alguns se encheram de lágrimas – e é bem verdade que o de outros ficavam mais secos que a própria vida (risos). Mas como nossa intenção foi validada, passamos a rezar (como ensina Joana D’Angeles à Divaldo Pereira Franco) e os poucos irmãos de afinidade foram chegando, alguns vindo de lugares distantes e trazidos por aquele que vivenciou o puro Amor depois de Cristo, o próprio Francisco de Assis. Depois de formatado o Grupo Fraternal Francisco de Assis – GFFA – e de uma preparação espiritual em desmembramento, recebemos um pedido através de uma carta com instruções no sentido de que fosse realizado todo um trabalho para a não humanização desses nossos irmãos menores animais, conforme relataremos mais à frente.
ANDA – Fale um pouco sobre o trabalho do Grupo em relação aos animais.
Gilberto: O trabalho em relação aos irmãos menores animais, baseia-se no Amor ao Próximo, recebendo-os com carinho, respeito. Compreendendo quão lindo e misericordioso é nosso Pai Criador em nos permitir ajudá-los, tratando-os espiritual e materialmente, uma vez que irmãos médicos veterinários estão se engajando ao trabalho caritativamente falando, e mais do que isto: sentindo a presença, contemplando e colocando em prática o que Francisco de Assis fez em seu tempo.
ANDA – Qual a média de pessoas que visitam o GFFA aos sábados?
Gilberto: Varia muito, mas em média recebemos em torno de 50 irmãos menores animais, sabendo-se da rotatividade, pois que todo tratamento deve ter começo, meio e fim.
ANDA: Como ocorrem os tratamentos? É possível realizá-lo à distância?
Gilberto: Os tratamentos ocorrem da seguinte maneira: O tutor com seu tutelado são encaminhados para o salão principal onde participarão de uma palestra edificante e esclarecedora, com assuntos variados e de âmbito cristão, após a palestra é feita a triagem dos casos novos com as devidas indicações dos tratamentos e o encaminhamento para os passes. Para irmãos que moram distantes e não há em sua localidade esse tipo de atendimento fazemos o tratamento à distância após uma consulta espiritual, para sabermos quantas sessões precisará o tutelado e assim tudo vai ficando bem.
ANDA: Como você auxilia os tutores em relação à doença de cada animal, quem indica o tratamento a ser feito?
Gilberto: O auxílio ao tutor em relação à irmã enfermidade de seu tutelado é esclarecendo que ele, o tutor, é a causa primeira da doença, e a partir da mudança de postura do tutor em palavras, atitude, modo de vida e evangelho no lar, o tutelado cura-se. A indicação do tratamento é feita por médiuns esclarecidos e atentos às inspirações dos benfeitores espirituais presentes como por exemplo: irmãos zoófilos, frades terapeutas e médicos veterinários. É importante lembrar que nós não somos médicos veterinários e o tratamento não dispensa os cuidados da medicina veterinária da Terra.
ANDA: Há diferenças entre os passes ministrados nos animais e o ministrado nos tutores?
Gilberto: Sim, existe uma grande diferença entre os passes dos tutores e dos tutelados. Para os tutores o passe ministrado é o magnético conforme aprendemos com os venerandos André Luiz, Edgar Armond, Jacob de Mello dentre outros e cientificamente comprovados, mas aos tutelados (irmãos menores animais) o passe é muito fluídico, ou seja, muito sutil e por instrução do venerando Marcel Benedeti e confirmado pelo espírito Yossef (zoófilo). Os médiuns passistas preparam-se no decorrer da palestra, modificando o tônus do seu magnetismo para poderem ser condutores das energias revigoradoras aos tutelados que por suas mãos passarem, mais adiante em matéria específica sobre os passes abordaremos com mais detalhes, por hora vemos que a pergunta está respondida.
ANDA: Fale um pouco sobre a água: qual a diferença entre água irradiada e fluidificada?
Gilberto: A água é o bem mais precioso que nosso Pai Criador nos oferta além do ar, terra e o fogo. Quando contemplamos as benesses contidas nesses elementos vitais da natureza, descortinam-se as vendas de nossos olhos e passamos a sentir o quanto estamos inseridos neles e eles em nós.
A água por si só é o composto das moléculas de hidrogênio e oxigênio sendo duas de um e uma de outro e na simbologia química ficando (H2O), é deste composto que tudo e todas as criaturas possuem em sua formação. Nos tempos das eras primária e secundária (primitivo e egípcio até o tempo de Moisés) ela era venerada como o dinheiro o é para nosso tempo contemporâneo. Na era terciária, compreendendo um novo ciclo de João Batista até vindos 1945, ela fora consagrada a cultos e importante instrumento na aglutinação de outros materiais.
Foi precisamente a partir das importantes informações do além-túmulo pelas mãos de um médium respeitável chamado Francisco Cândido Xavier que a água saíra de seu papel secundário e passou a ser e ter maior importância nos meios e em reuniões espíritas, principalmente através de evocações (preces) e através do magnetismo; fluidificar as águas passou a ser usual, seus frequentadores levam ou tomam, e isto se aplica também a todas as irmãs religiões, outras seitas ou filosofias. Mais recentemente recebemos dos benfeitores uma informação nova: que a irradiação das águas é mais eficiente e eficaz para o tratamento espiritual de nossos irmãos menores animais, mas somente para eles.
Como toda informação recebida deve ser analisada, pesquisada e testada, assim o fizemos, e estamos observando os resultados benéficos desta irradiação da água para os irmãos menores animais. Perguntado ao espírito Yossef (zoófilo) da diferença entre água fluidificada e água irradiada, tivemos como resposta: “A primeira interage no corpo perispiritual e a segunda no corpo material, sendo que a irradiada somente deve ser direcionada aos animais”.
ANDA: O que o espiritismo diz sobre o sofrimento dos animais?
Gilberto: Muito pouco, muito pouco mesmo. Contudo, com a aproximação dos benfeitores espirituais que assistem os trabalhos realizados em locais distintos em prol de nossos irmãos menores animais, “eles” vão nos inspirando e dando-nos novas informações e assim, vão complementando a Obra que foi iniciada pelo venerando Kardec em todos os sentidos e que em seu tempo não foi pesquisada com mais profundidade.
Neste particular, vemos que o sofrimento, no sentido da palavra, existe em todos e para todos os seres habitantes neste orbe terrestre, contudo, é na maneira do sentir em que se está a diferença, por exemplo: nós que possuímos o livre arbítrio e que temos as faculdades completas da inteligência e raciocínio, temos um grau maior do sentimento chamado sofrimento, então sofremos quando não somos compreendidos, quando nos machucamos, quando perdemos um ente querido, quando assistimos cenas de massacres de todos os tipos, quando a irmã enfermidade nos visita e etc. Neste sentido, nossos irmãos menores animais também sofrem igualmente, contudo, por eles não possuírem o livre-arbítrio, ou seja, sempre são conduzidos por alguém, a causa de seus sofrimentos está diretamente ligada em nós. Em tempo oportuno retomaremos este assunto na coluna a qual passaremos a assinar neste conceituado espaço destinado aos direitos animais, que é a ANDA.
ANDA: Uma das características do Grupo parece ser a de conscientizar os tutores sobre a não humanização dos animais, poderia explicar os motivos?
Gilberto: De fato a nossa característica diverge de muitos aos quais respeitamos integralmente e sendo assim nós vamos seguindo em frente e trabalhando sempre ao lado de Jesus. Quando nos preparávamos em evangelho de vibrações para o início dos trabalhos de nossa casa como um todo, ocorreu um fato de profunda significância para nós. Em desmembramento, fomos levados até uma gruta em meio a uma floresta muito linda e cercada por frades menores descalços, muitos animais, aves e irmãos zoófilos, fazendo assim um grande corredor até a porta desta gruta. Ao nos aproximarmos da gruta, um frade de vestes brancas veio ao nosso encontro e em suas mãos havia uma espécie de papiro o qual foi desenrolando, e começou a lê-lo saudando-nos com a Paz. Era uma carta de Francisco de Assis nos oferecendo o respaldo espiritual nos trabalhos da casa e particularmente aos nossos irmãos menores animais, que levantássemos a bandeira dentro do Amor contra a humanização deles antes do devido tempo.
Então, através da conscientização, ensinamos que humanizá-los é: tê-los como filhos nascidos de nosso ventre; é escravizá-los para através da procriação tirar proveito próprio; é tê-los como bibelôs pintando seus pelos, unhas e maquiando-os para festas ou feiras de beleza, inserindo no corpo mental deles a vaidade; é fazer deles um comércio para roupas, rações e outros derivados dos quais eles não precisam; é procriá-los aos milhares para satisfazer a necessidade de alimentos, couros e outros artefatos para o consumo egoísta existente em nosso meio, quebrando assim a pureza do ser no modo animal em que está.
ANDA: Há algum caso que o tenha marcado? Sobre algum animal doente ou desaparecido?
Gilberto: Neste particular tomamos o cuidado de não nos envaidecer, o que iria contra tudo que pregamos e aprendemos. As curas conseguidas, os reencontros após breve separação dos tutelados e tutores são obras na fé depositadas nos benfeitores espirituais que nos assistem com muito carinho, em Francisco de Assis, patrono espiritual de nossa e de tantas outras casas, religiões, seitas e filosofias e acima destes em Jesus, o nosso Senhor. Nós outros somos apenas instrumentos de tua paz e ainda formiguinhas de DEUS.
ANDA: Qual o direcionamento das palestras ministradas no GFFA?
Gilberto: As palestras são direcionadas para convidar os presentes encarnados e desencarnados a refletirem em seu modo de vida, de alimentação, de pensamentos e, mais ainda, incentivá-los a fazer a própria transformação de uma maneira simples e gostosa.
ANDA: Você acredita que a visão dos tutores está realmente mudando em relação aos animais em geral?
Gilberto: Mudança não se dá de uma hora para outra, porém o que temos acompanhado é o interesse no assunto proposto nas palestras entre perguntas e respostas. Com as vindas dos tutores no decorrer dos tratamentos aos seus tutelados vamos observando o comportamento novo, atitudes renovadoras e isso é um ponto positivo em todo o trabalho, pois através disso seus tutelados vão melhorando e muito.
ANDA: Quais os retornos que você tem recebido dos tutores?
Gilberto: Muito positivos, até mesmo nos casos de desencarne de seu tutelado, que apesar da dor da perda tem o consolo de saber sobre o seu reencarne em nova matéria, deixando assim seu tutor confiante para, quem sabe lá na frente, os caminhos cruzem novamente para o término de algo que precisavam aprender um para com o outro.
ANDA: Qual a meta do GFFA em relação ao trabalho com os animais?
Gilberto: Ampliar, divulgar, perseverar sempre, eis aí a nossa meta.
ANDA: O GFFA faz ou já fez a implantação desses trabalhos em outras casas?
Gilberto: Quando o irmão Marcel Benedeti estava encarnado deixávamos este trabalho para ele que o fazia com muito amor e propriedade, tanto que foi ele quem implantou em nossa casa antes de seguir para o plano espiritual.
Hoje seguindo seus passos, sempre que convidados vamos aonde tenhamos que ir, para divulgar, implantar e acompanhar este trabalho que não é somente nosso e sim uma parte de um todo na Criação de Nosso Pai Criador.
ANDA: Quem tiver interesse seja para a realização dos tratamentos, para convidá-lo para a realização de palestras ou na implantação desse trabalho, como deve proceder?
Gilberto: Simples de tudo, basta acessar nosso site www.gffa.org.br, ir ao link fale conosco e expressar o desejo que iremos com todo amor e praticando o que Jesus pediu: “Ide onde for preciso e anuncie a Boa Nova, dando de graça o que de graça recebestes”.
fonte: anda
A assistência espiritual aos animais dentro das Casas Espíritas surgiu, através do trabalho do veterinário espírita Marcel Benedeti, fundador em 2006 da Asseama- Associação Espírita Amigos dos Animais – ele mesmo mais tarde iria também fundar o Grupo Espírita Irmãos Animais. Em agosto de 2009 Marcel Benedeti foi quem auxiliou o início dos trabalhos de assistência espiritual aos irmãos animais no GFFA- Grupo Fraternal Francisco de Assis, em São Bernardo do Campo, SP. Desde então, a procura por esses tratamentos e pela conscientização dos tutores em relação aos animais só vem crescendo.
Gilberto fala ainda da importância do trabalho de assistência espiritual direcionado aos animais não humanos.
ANDA – Os animais têm Alma, eles reencarnam? Fale sobre a espiritualidade dos (nos) animais.
Gilberto: Pode até parecer repetitivo para alguns a pergunta e a resposta acerca da Alma dos animais, contudo em nosso meio sempre chegam novos adeptos principalmente pela dor do momento. Desta forma é de bom grado classificar melhor a palavra Alma e consultando muitos artigos temos um que nos parece mais sensato, extraído do Livro dos Espíritos – Cap. II – pergunta 134:
- Que é a alma? – Um Espírito encarnado.
- Que era a alma antes de se unir ao corpo? – Espírito.
- As Almas e os Espíritos são, pois, identicamente a mesma coisa? – Sim, as almas não são senão os Espíritos. Antes de se unir ao corpo a alma é um dos seres inteligentes que povoam o mundo invisível e que revestem temporariamente um envoltório carnal para se purificar e esclarecer.
Uma vez entendido o que é a alma, podemos dizer que o verbo melhor a ser empregado é o SER e não o TER.
Do átomo até o Arcanjo estamos TODOS evoluindo e hoje com o avanço da ciência, das explicações filosóficas e dentro de uma ética moral e cristã estamos muito mais abertos a questões como esta e que até pouco tempo atrás seria tratado como heresia.
Sendo assim, os animais SÃO almas, como nós que ainda estamos animais o somos. A única diferença está no grau de evolução, eles sendo conduzidos pelas encarnações e reencarnações até atingir a fase hominal e iniciarem uma nova etapa através do próprio Livre Arbítrio. No tocante, a espiritualidade abre-se neste campo um leque com diversos caminhos, pois que se, são espíritos, “princípio inteligente universal” fora da matéria, subentendemos fazerem parte da espiritualidade, agora o que podemos e dialogaremos neste contexto mais à frente é no que tange a parte mística a cerca desta “espiritualidade”.
ANDA – Por que esse desejo de abrir as portas do GFFA para os animais?
Gilberto: Carisma e afinidade, quando antes de formar o grupo, e demonstrando a intenção, percebemos que os olhos de alguns se encheram de lágrimas – e é bem verdade que o de outros ficavam mais secos que a própria vida (risos). Mas como nossa intenção foi validada, passamos a rezar (como ensina Joana D’Angeles à Divaldo Pereira Franco) e os poucos irmãos de afinidade foram chegando, alguns vindo de lugares distantes e trazidos por aquele que vivenciou o puro Amor depois de Cristo, o próprio Francisco de Assis. Depois de formatado o Grupo Fraternal Francisco de Assis – GFFA – e de uma preparação espiritual em desmembramento, recebemos um pedido através de uma carta com instruções no sentido de que fosse realizado todo um trabalho para a não humanização desses nossos irmãos menores animais, conforme relataremos mais à frente.
ANDA – Fale um pouco sobre o trabalho do Grupo em relação aos animais.
Gilberto: O trabalho em relação aos irmãos menores animais, baseia-se no Amor ao Próximo, recebendo-os com carinho, respeito. Compreendendo quão lindo e misericordioso é nosso Pai Criador em nos permitir ajudá-los, tratando-os espiritual e materialmente, uma vez que irmãos médicos veterinários estão se engajando ao trabalho caritativamente falando, e mais do que isto: sentindo a presença, contemplando e colocando em prática o que Francisco de Assis fez em seu tempo.
ANDA – Qual a média de pessoas que visitam o GFFA aos sábados?
Gilberto: Varia muito, mas em média recebemos em torno de 50 irmãos menores animais, sabendo-se da rotatividade, pois que todo tratamento deve ter começo, meio e fim.
ANDA: Como ocorrem os tratamentos? É possível realizá-lo à distância?
Gilberto: Os tratamentos ocorrem da seguinte maneira: O tutor com seu tutelado são encaminhados para o salão principal onde participarão de uma palestra edificante e esclarecedora, com assuntos variados e de âmbito cristão, após a palestra é feita a triagem dos casos novos com as devidas indicações dos tratamentos e o encaminhamento para os passes. Para irmãos que moram distantes e não há em sua localidade esse tipo de atendimento fazemos o tratamento à distância após uma consulta espiritual, para sabermos quantas sessões precisará o tutelado e assim tudo vai ficando bem.
ANDA: Como você auxilia os tutores em relação à doença de cada animal, quem indica o tratamento a ser feito?
Gilberto: O auxílio ao tutor em relação à irmã enfermidade de seu tutelado é esclarecendo que ele, o tutor, é a causa primeira da doença, e a partir da mudança de postura do tutor em palavras, atitude, modo de vida e evangelho no lar, o tutelado cura-se. A indicação do tratamento é feita por médiuns esclarecidos e atentos às inspirações dos benfeitores espirituais presentes como por exemplo: irmãos zoófilos, frades terapeutas e médicos veterinários. É importante lembrar que nós não somos médicos veterinários e o tratamento não dispensa os cuidados da medicina veterinária da Terra.
ANDA: Há diferenças entre os passes ministrados nos animais e o ministrado nos tutores?
Gilberto: Sim, existe uma grande diferença entre os passes dos tutores e dos tutelados. Para os tutores o passe ministrado é o magnético conforme aprendemos com os venerandos André Luiz, Edgar Armond, Jacob de Mello dentre outros e cientificamente comprovados, mas aos tutelados (irmãos menores animais) o passe é muito fluídico, ou seja, muito sutil e por instrução do venerando Marcel Benedeti e confirmado pelo espírito Yossef (zoófilo). Os médiuns passistas preparam-se no decorrer da palestra, modificando o tônus do seu magnetismo para poderem ser condutores das energias revigoradoras aos tutelados que por suas mãos passarem, mais adiante em matéria específica sobre os passes abordaremos com mais detalhes, por hora vemos que a pergunta está respondida.
ANDA: Fale um pouco sobre a água: qual a diferença entre água irradiada e fluidificada?
Gilberto: A água é o bem mais precioso que nosso Pai Criador nos oferta além do ar, terra e o fogo. Quando contemplamos as benesses contidas nesses elementos vitais da natureza, descortinam-se as vendas de nossos olhos e passamos a sentir o quanto estamos inseridos neles e eles em nós.
A água por si só é o composto das moléculas de hidrogênio e oxigênio sendo duas de um e uma de outro e na simbologia química ficando (H2O), é deste composto que tudo e todas as criaturas possuem em sua formação. Nos tempos das eras primária e secundária (primitivo e egípcio até o tempo de Moisés) ela era venerada como o dinheiro o é para nosso tempo contemporâneo. Na era terciária, compreendendo um novo ciclo de João Batista até vindos 1945, ela fora consagrada a cultos e importante instrumento na aglutinação de outros materiais.
Foi precisamente a partir das importantes informações do além-túmulo pelas mãos de um médium respeitável chamado Francisco Cândido Xavier que a água saíra de seu papel secundário e passou a ser e ter maior importância nos meios e em reuniões espíritas, principalmente através de evocações (preces) e através do magnetismo; fluidificar as águas passou a ser usual, seus frequentadores levam ou tomam, e isto se aplica também a todas as irmãs religiões, outras seitas ou filosofias. Mais recentemente recebemos dos benfeitores uma informação nova: que a irradiação das águas é mais eficiente e eficaz para o tratamento espiritual de nossos irmãos menores animais, mas somente para eles.
Como toda informação recebida deve ser analisada, pesquisada e testada, assim o fizemos, e estamos observando os resultados benéficos desta irradiação da água para os irmãos menores animais. Perguntado ao espírito Yossef (zoófilo) da diferença entre água fluidificada e água irradiada, tivemos como resposta: “A primeira interage no corpo perispiritual e a segunda no corpo material, sendo que a irradiada somente deve ser direcionada aos animais”.
ANDA: O que o espiritismo diz sobre o sofrimento dos animais?
Gilberto: Muito pouco, muito pouco mesmo. Contudo, com a aproximação dos benfeitores espirituais que assistem os trabalhos realizados em locais distintos em prol de nossos irmãos menores animais, “eles” vão nos inspirando e dando-nos novas informações e assim, vão complementando a Obra que foi iniciada pelo venerando Kardec em todos os sentidos e que em seu tempo não foi pesquisada com mais profundidade.
Neste particular, vemos que o sofrimento, no sentido da palavra, existe em todos e para todos os seres habitantes neste orbe terrestre, contudo, é na maneira do sentir em que se está a diferença, por exemplo: nós que possuímos o livre arbítrio e que temos as faculdades completas da inteligência e raciocínio, temos um grau maior do sentimento chamado sofrimento, então sofremos quando não somos compreendidos, quando nos machucamos, quando perdemos um ente querido, quando assistimos cenas de massacres de todos os tipos, quando a irmã enfermidade nos visita e etc. Neste sentido, nossos irmãos menores animais também sofrem igualmente, contudo, por eles não possuírem o livre-arbítrio, ou seja, sempre são conduzidos por alguém, a causa de seus sofrimentos está diretamente ligada em nós. Em tempo oportuno retomaremos este assunto na coluna a qual passaremos a assinar neste conceituado espaço destinado aos direitos animais, que é a ANDA.
ANDA: Uma das características do Grupo parece ser a de conscientizar os tutores sobre a não humanização dos animais, poderia explicar os motivos?
Gilberto: De fato a nossa característica diverge de muitos aos quais respeitamos integralmente e sendo assim nós vamos seguindo em frente e trabalhando sempre ao lado de Jesus. Quando nos preparávamos em evangelho de vibrações para o início dos trabalhos de nossa casa como um todo, ocorreu um fato de profunda significância para nós. Em desmembramento, fomos levados até uma gruta em meio a uma floresta muito linda e cercada por frades menores descalços, muitos animais, aves e irmãos zoófilos, fazendo assim um grande corredor até a porta desta gruta. Ao nos aproximarmos da gruta, um frade de vestes brancas veio ao nosso encontro e em suas mãos havia uma espécie de papiro o qual foi desenrolando, e começou a lê-lo saudando-nos com a Paz. Era uma carta de Francisco de Assis nos oferecendo o respaldo espiritual nos trabalhos da casa e particularmente aos nossos irmãos menores animais, que levantássemos a bandeira dentro do Amor contra a humanização deles antes do devido tempo.
Então, através da conscientização, ensinamos que humanizá-los é: tê-los como filhos nascidos de nosso ventre; é escravizá-los para através da procriação tirar proveito próprio; é tê-los como bibelôs pintando seus pelos, unhas e maquiando-os para festas ou feiras de beleza, inserindo no corpo mental deles a vaidade; é fazer deles um comércio para roupas, rações e outros derivados dos quais eles não precisam; é procriá-los aos milhares para satisfazer a necessidade de alimentos, couros e outros artefatos para o consumo egoísta existente em nosso meio, quebrando assim a pureza do ser no modo animal em que está.
ANDA: Há algum caso que o tenha marcado? Sobre algum animal doente ou desaparecido?
Gilberto: Neste particular tomamos o cuidado de não nos envaidecer, o que iria contra tudo que pregamos e aprendemos. As curas conseguidas, os reencontros após breve separação dos tutelados e tutores são obras na fé depositadas nos benfeitores espirituais que nos assistem com muito carinho, em Francisco de Assis, patrono espiritual de nossa e de tantas outras casas, religiões, seitas e filosofias e acima destes em Jesus, o nosso Senhor. Nós outros somos apenas instrumentos de tua paz e ainda formiguinhas de DEUS.
ANDA: Qual o direcionamento das palestras ministradas no GFFA?
Gilberto: As palestras são direcionadas para convidar os presentes encarnados e desencarnados a refletirem em seu modo de vida, de alimentação, de pensamentos e, mais ainda, incentivá-los a fazer a própria transformação de uma maneira simples e gostosa.
ANDA: Você acredita que a visão dos tutores está realmente mudando em relação aos animais em geral?
Gilberto: Mudança não se dá de uma hora para outra, porém o que temos acompanhado é o interesse no assunto proposto nas palestras entre perguntas e respostas. Com as vindas dos tutores no decorrer dos tratamentos aos seus tutelados vamos observando o comportamento novo, atitudes renovadoras e isso é um ponto positivo em todo o trabalho, pois através disso seus tutelados vão melhorando e muito.
ANDA: Quais os retornos que você tem recebido dos tutores?
Gilberto: Muito positivos, até mesmo nos casos de desencarne de seu tutelado, que apesar da dor da perda tem o consolo de saber sobre o seu reencarne em nova matéria, deixando assim seu tutor confiante para, quem sabe lá na frente, os caminhos cruzem novamente para o término de algo que precisavam aprender um para com o outro.
ANDA: Qual a meta do GFFA em relação ao trabalho com os animais?
Gilberto: Ampliar, divulgar, perseverar sempre, eis aí a nossa meta.
ANDA: O GFFA faz ou já fez a implantação desses trabalhos em outras casas?
Gilberto: Quando o irmão Marcel Benedeti estava encarnado deixávamos este trabalho para ele que o fazia com muito amor e propriedade, tanto que foi ele quem implantou em nossa casa antes de seguir para o plano espiritual.
Hoje seguindo seus passos, sempre que convidados vamos aonde tenhamos que ir, para divulgar, implantar e acompanhar este trabalho que não é somente nosso e sim uma parte de um todo na Criação de Nosso Pai Criador.
ANDA: Quem tiver interesse seja para a realização dos tratamentos, para convidá-lo para a realização de palestras ou na implantação desse trabalho, como deve proceder?
Gilberto: Simples de tudo, basta acessar nosso site www.gffa.org.br, ir ao link fale conosco e expressar o desejo que iremos com todo amor e praticando o que Jesus pediu: “Ide onde for preciso e anuncie a Boa Nova, dando de graça o que de graça recebestes”.
fonte: anda
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