Cruzei-me há alguns dias com uma das fotos desta menina. Não é à primeira vista um encanto que nos roube um daqueles sorrisos de orelha a orelha, mas é intrigante o suficiente para querer saber mais. A foto é real, o gato existe? O que lhe aconteceu? Está em sofrimento?
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Naturalmente procurei saber mais sobre esta menina chamada Chase, depois de há pouco tempo ter escrito aqui no Mundo dos Animais sobre outra menina absolutamente única e especial, a Vénus com “duas caras”.
Tive a oportunidade de ler a história da Chase, no Catster, que agora partilho, bem como seguir imediatamente a sua página de fãs – sou genuinamente um fã desta gatinha. E sim, agora, parece-me encantadora. Como qualquer outro gato, embora com uma história de vida um pouco mais difícil do que sería desejável para os nossos peludinhos.
Aproveito, assim, a oportunidade e a honra de vos apresentar a Chase.
ATENÇÃO: As imagens expostas em baixo podem eventualmente chocar as
pessoas mais sensíveis. Se for o caso, aconselhamos a não continuar a
ler o artigo.
A Chase tinha apenas quatro semanas de vida, em 2005, quando sofreu um grave acidente, tendo sido atropelada por um automóvel. Atirada para a berma de uma estrada, foi encontrada por um jovem que a levou rapidamente à clínica veterinária mais próxima, no Estado de Kentucky, EUA, e doou algum dinheiro para financiar os tratamentos que a menina precisasse.
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A pata esquerda traseira teve de ser amputada – sim, além da “não face” esta menina também é tripé – e foram feitas diversas tentativas para tentar salvar a sua face. Infelizmente, falharam dois enxertos de pele consecutivos e tornou-se claro para a equipa de veterinários que não havia nada a fazer.
A veterinária assistente que na altura trabalhava na clínica e cuidou da Chase, decidiu começar a levá-la para sua casa passar as noites e os fins-de-semana. Essa estadia temporária da menina então sem dono, acabou por se tornar permanente: adotou a gatinha. “Ela não tinha dono, eu disse que podia levá-la até minha casa, para ter mais atenção… e já se passaram sete anos. É a minha gata.” disse Melissa.
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Durante estes anos, Melissa já levou a Chase a visitar crianças com deficiências de forma a encorajá-las a aceitar as suas diferenças e apreciarem o facto de serem únicas. Começou também a partilhar as histórias da Chase no blog Daily Tails of Chase e descobriu que a história da gatinha tem servido de inspiração para muitas pessoas, apesar da primeira reacção ás fotografias ser muitas vezes “negativa”.
A grande reserva das pessoas – e a minha quando comecei a ler sobre a gatinha – é que ela esteja a viver em sofrimento, dada a grave deformação que tem na face. No entanto, já vários veterinários garantiram que apesar da pele rosada, desprotegida de pêlo, não existe dor e é relativamente saudável, embora necessite de cuidados especiais: por exemplo, a aplicação de gotas nos olhos para os manter humedecidos e a toma ocasional de antibióticos para evitar/combater infecções.
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“Apesar de ter uma aparência diferente, ela é cem por cento igual a qualquer outro gato. Caça moscas, usa a sua caixinha de areia, come comida de gato normal, mia a meio da noite, corre as escadas de alto a baixo… faz aquilo que um gato normal faz” explicou a dona.
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A Chase pode impressionar as pessoas que a vêm pela primeira vez, mas esta diferença não é apenas notada por pessoas. O outro gato de Melissa, Zooey, demorou quatro anos até começar a lamber e abraçar a Chase. Quando recebe visitas em casa de pessoas que ainda não conhecem a Chase, Melissa avisa que a aparência pode chocar ao início, para as pessoas estarem preparadas. Apesar de ser um gato normal, não se pode ignorar que tem uma aparência bastante diferente. A meiguice e ternura da gatinha, porém, conquistam qualquer pessoa que dela se aproxime.
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