segunda-feira, 2 de julho de 2012

Avanço da cidade põe em risco a vida de animais selvagens, em Brasília (DF)


Em Brasília, o avanço da cidade põe em risco a vida de animais selvagens que vivem em reservas ambientais. Alguns bichos acabam aparecendo até perto da praça dos três poderes, onde ficam o Palácio do Planalto e o Congresso Nacional.
Eles são os ‘sem-floresta’: bichos perdidos na cidade grande, como uma fêmea de lobo-guará, capturada embaixo de um carro, em um bairro residencial.
“A princípio, me assustei, mas depois que eu soube que era um lobo, torci que o bichinho fosse resgatado com vida porque é um animal já em extinção”, lembra uma mulher.
Em abril, as câmeras de segurança do Superior tribunal de Justiça flagraram uma onça-parda, no estacionamento, perto da Praça dos Três Poderes. A onça nunca foi encontrada.
A urbanização acelerada de várias áreas do Distrito Federal está tirando espaço dos animais. Cada área desmatada significa perda de ambiente e de alimento para as espécies. Pressionados, eles acabam se aventurando na cidade, em busca de novos territórios.
A ameaça chega cada vez mais perto das áreas de preservação. Um exemplo é o Parque Nacional de Brasília. Nas imagens de satélite, uma ilha de vegetação cercada pela cidade.
Situação que preocupa os pesquisadores. Câmeras foram instaladas na mata em busca de pistas sobre uma onça-preta, que teria sido vista pelos funcionários. E acabaram revelando a diversidade de animais que vivem a apenas dez quilômetros do centro de Brasília: anta, lobo-guará, jaguatirica e uma onça-parda ou suçuarana.
Para o professor de zoologia da UnB, Jader Marinho Filho, é preciso haver equilíbrio entre a cidade e a floresta: “No limite, para espécies maiores, de maior porte, predadores que estão no topo das cadeias alimentares e que precisam de áreas relativamente grandes para a sua manutenção, isso pode significar, no médio prazo, em poucas décadas, extinção local”.
Fonte: 180Graus

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