sábado, 7 de julho de 2012

Ativistas pedem permanência de gatos no Cocó

O assunto foi discutido durante audiência pública na Assembleia Legislativa. Governo diz que área de preservação não é lugar de animal doméstico

Os gatos que vivem no Parque do Cocó foram tema de audiência pública realizada ontem na Assembleia Legislativa. Desde que foi anunciada pelo Governo a intenção de remover os felinos da área de preservação ambiental, os defensores dos animais se mostraram contra. Na audiência, eles ergueram faixas e cartazes em defesa da permanência dos bichos no parque.

O ambientalista João Saraiva defende a ideia de que a presença dos gatos no Cocó não representa ameaça ao ecossistema. Para ele, os bichos podem viver em perfeita harmonia no parque se houver regulamentação para o uso da área. “Precisamos desmistificar: não há incoerência entre cachorro, gato e parque”, enfatiza.

A reunião foi solicitada por Geuza Leitão, presidente da União Internacional Protetora dos Animais (Uipa) e presidida pelo deputado estadual Agostinho Moreira (PV). Geuza reconhece que o parque não é lugar de animais domésticos como gatos e cachorros, mas pondera que os bichanos não estão lá por vontade própria. A presidente da Uipa denuncia que a culpa da permanência dos gatos no Cocó é do poder público que não cumpre o seu papel. “As autoridades deveriam fazer um controle de natalidade, tratando o problema com a prevenção”, fala.

A coordenadora das Unidades de Conservação do Conselho de Políticas e Gestão do Meio Ambiente (Conpam), Gorete Gurgel, compartilha da ideia de que lugar de animal doméstico é em casa e não em uma área de preservação, pois além de interferirem no ecossistema, ainda podem transmitir doenças. Ela pretende formar um grupo em pareceria com as ONGs para elaborar um plano de adoção. “Não queremos exterminar os bichos e sim encaminhá-los para um local adequado”, reitera.

Para Adalberto Alencar, titular da Secretaria do Meio Ambiente e Controle Urbano (Semam), a solução está no trabalho em equipe. Por isso, ele assumiu o compromisso de ajudar o Conpam tanto com recursos financeiros quanto com o pessoal. Ele promete contribuir com parte da arrecadação das multas na castração dos bichos. O custo da esterilização por animal pode oscilar entre R$ 200 e R$ 400.
 O quê

ENTENDA A NOTÍCIA

A intenção do poder público é reconduzir os gatos do Parque do Cocó para adoção, mas grupos de proteção de animais dizem que os bichos podem viver em harmonia com a natureza.
fonte:.opovo

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