domingo, 1 de julho de 2012

Cabritos nunca mamam nas mães e cabras são tratadas como máquinas em criação leiteira de SP

A pecuária nos revela inúmeras violências contra os animais, sejam elas ações violentas ou privações de direitos básicos, como a liberdade, a formação de famílias e a vida. Lendo livros de zootecnia e assistindo a vídeos zootécnicos, tomamos conhecimento de mais e mais crueldades que sequer imaginávamos que fossem praticadas.
Cabritos são proibidos de estar com suas mães e mamar nelas e são confinados em cochos como esses, longe delas. (Foto: imagens de Jorge dos Santos/Globo Rural)





É o caso deste vídeo recente do Globo Rural, cuja reportagem mostra uma criação caprina intensiva do interior de São Paulo. Nela os cabritos nunca poderão mamar na mãe, pois são separados de suas mães pouco depois de nascer. Ao invés, recebem leite de vaca na mamadeira, uma vez que o leite de suas mães é considerado comercialmente “valioso” – do que se deduz que dá-lo aos cabritos é visto como um desperdício de dinheiro.
No mesmo vídeo, o veterinário Sebastião Farias Júnior recomenda que os cabritos, nas criações em geral, sejam desmamados a entre 60 e 90 dias de vida, seja se estiverem em amamentação artificial, seja se estiverem juntos da mãe. Afirma-se também que geralmente a ordenha é normalmente feita duas vezes por dia antes do processo de secamento do leite. Mostra-se, adiante, cabras sendo presas numa baia com piso de azulejo recebendo ordenha mecânica por tubos, como se fossem máquinas produtoras de leite.
Perto do final do vídeo, Farias Júnior afirma que, depois que as cabras “leiteiras” têm seu leite totalmente secado e param de produzi-lo antes do próximo parto, elas recebem injeção de antibiótico “para eliminar algumas infecções que ficaram ali e a gente não percebeu”.
Essas situações acontecem porque há uma demanda que consome o leite produzido. Em outras palavras, porque há pessoas que tomam leite de outros animais. É em situações assim que o vegetarianismo enquanto não consumo apenas de carnes se torna eticamente insuficiente, e o veganismo passa a figurar como a única solução individual plausível para que seja enfraquecida até sua abolição essa agroindústria que objetifica a vida animal, separa filhos de suas mães e trata fêmeas como se fossem máquinas produtoras de leite.
fonte: anda

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