O destino de cães e gatos abandonados em Manaus costuma ter um final
triste, na maioria dos casos. Só este ano, aproximadamente 3 mil
animais foram sacrificados pelo Centro de Controle de Zoonoses (CCZ),
grande parte deles por estarem velhos, feridos ou em estado de saúde
terminal. O número é muito superior aos cerca de 500 de animais que já
foram adotados em feiras promovidas pelo órgão, de janeiro a agosto. No
sábado, o CCZ promoveu mais uma edição da feira de adoção, que é
realizada no último sábado de cada mês. Desta vez, haviam 120 animais
prontos para adoção, todos filhotes. Menos de 20 conseguiram um novo
lar.
Os bichinhos são entregues vermifugados e com a primeira dose da vacina profilática. Se forem adultos, já vão castrados. No caso de filhotes, a castração fica agendada.
O diretor do CCZ, Francisco Zardo, estima que a população atual de cães e gatos de rua de Manaus chegue a 80 mil animais. Para reduzir essa estatística, a alternativa mais eficaz é a castração e a posse responsável por meio da adoção.
Gesto nobre que foi posto em prática pela tutora de casa Jucilene da Silva Evangelista, que levou para casa dois cachorrinhos. Ela disse possuir em casa oito cães e dez gatos. “Sempre gostei de animais. Adotar é uma forma muito boa de a pessoa dar carinho e oportunidade a eles de terem um lar”.
Outro exemplo foi da estudante Ingrid de Lima Castro, 17 anos, que ficou sabendo da feira por meio da mídia. “Já temos dois cães em casa. Vou levar uma cadela. Acho um crime quem abandona animal”, ressaltou.
A esterilização de machos e fêmeas é a melhor saída para haver controle de natalidade de cães e gatos. No entanto, a capacidade para castração dos animais é bem inferior a real demanda da cidade. “Estamos caminhando para castrar 4 mil animais e já tem fila para o ano que vem. Teríamos que castrar, por ano, de 20 mil a 30 mil animais para termos um resultado eficaz”, disse Zardo, que é médico veterinário.
Marinete Moura, integrante da ONG Compaixão Animal que trabalha com resgate, cuidados e adoções de cães e gatos, acredita que os governos devem melhorar as políticas públicas para sensibilizar a comunidade sobre a responsabilidade de criar um animal doméstico. “Vejo cachorros espancados, atropelados, mutilados, e até sexualmente abusados. Muitos tutores costumam largar o bicho não rua quando ele está velho não ‘serve’ mais . É triste”, lamentou.
Hospital veterinário em pauta
A exemplo do Estado de São Paulo, que em julho inaugurou o primeiro hospital público do Brasil para animais, no bairro do Tatuapé, Zona Leste, Manaus já discute a ideia de criar uma unidade de saúde semelhante para os ‘amigos de patas’.
O hospital em São Paulo surgiu pela iniciativa vereador Roberto Trípoli (PV) e funciona a partir de um contrato entre prefeitura e Associação Nacional de Clínicos Veterinários de Pequenos Animais de São Paulo (Anclivepa-SP). A entidade será responsável pela gestão do hospital, que vai oferecer tratamento a animais de famílias carentes e servirá de escola para alunos de cursos de especialização veterinária.
O presidente do Centro de Controle de Zoonoses, Francisco Zardo, considera que a ideia de criar um hospital nesses moldes em Manaus ainda é vista com certo receio pelos médicos veterinários. “Grande parte acha que isso retira o público deles nas unidades particulares”, ponderou.
Zardo esclareceu ainda que o objetivo do CCZ é tratar da saúde pública. “Não é função do Centro de Zooneses prestar atendimento veterinário, o foco é a saúde pública”. Por isso, o sacrifício é a “solução” encontrada pela administração pública para controlar o número de animais abandonados e evitar a proliferação de zoonoses (doenças transmitidas por eles).
Nessa esteira, o CCZ realiza periodicamente a campanha de vacinação anti-rábica com intuito de imunizar a população de cães e gatos contra a raiva, doença transmitida entre animais e humanos e pode levar a morte.
Fonte: A Crítica
Os bichinhos são entregues vermifugados e com a primeira dose da vacina profilática. Se forem adultos, já vão castrados. No caso de filhotes, a castração fica agendada.
O diretor do CCZ, Francisco Zardo, estima que a população atual de cães e gatos de rua de Manaus chegue a 80 mil animais. Para reduzir essa estatística, a alternativa mais eficaz é a castração e a posse responsável por meio da adoção.
Gesto nobre que foi posto em prática pela tutora de casa Jucilene da Silva Evangelista, que levou para casa dois cachorrinhos. Ela disse possuir em casa oito cães e dez gatos. “Sempre gostei de animais. Adotar é uma forma muito boa de a pessoa dar carinho e oportunidade a eles de terem um lar”.
Outro exemplo foi da estudante Ingrid de Lima Castro, 17 anos, que ficou sabendo da feira por meio da mídia. “Já temos dois cães em casa. Vou levar uma cadela. Acho um crime quem abandona animal”, ressaltou.
A esterilização de machos e fêmeas é a melhor saída para haver controle de natalidade de cães e gatos. No entanto, a capacidade para castração dos animais é bem inferior a real demanda da cidade. “Estamos caminhando para castrar 4 mil animais e já tem fila para o ano que vem. Teríamos que castrar, por ano, de 20 mil a 30 mil animais para termos um resultado eficaz”, disse Zardo, que é médico veterinário.
Marinete Moura, integrante da ONG Compaixão Animal que trabalha com resgate, cuidados e adoções de cães e gatos, acredita que os governos devem melhorar as políticas públicas para sensibilizar a comunidade sobre a responsabilidade de criar um animal doméstico. “Vejo cachorros espancados, atropelados, mutilados, e até sexualmente abusados. Muitos tutores costumam largar o bicho não rua quando ele está velho não ‘serve’ mais . É triste”, lamentou.
Hospital veterinário em pauta
A exemplo do Estado de São Paulo, que em julho inaugurou o primeiro hospital público do Brasil para animais, no bairro do Tatuapé, Zona Leste, Manaus já discute a ideia de criar uma unidade de saúde semelhante para os ‘amigos de patas’.
O hospital em São Paulo surgiu pela iniciativa vereador Roberto Trípoli (PV) e funciona a partir de um contrato entre prefeitura e Associação Nacional de Clínicos Veterinários de Pequenos Animais de São Paulo (Anclivepa-SP). A entidade será responsável pela gestão do hospital, que vai oferecer tratamento a animais de famílias carentes e servirá de escola para alunos de cursos de especialização veterinária.
O presidente do Centro de Controle de Zoonoses, Francisco Zardo, considera que a ideia de criar um hospital nesses moldes em Manaus ainda é vista com certo receio pelos médicos veterinários. “Grande parte acha que isso retira o público deles nas unidades particulares”, ponderou.
Zardo esclareceu ainda que o objetivo do CCZ é tratar da saúde pública. “Não é função do Centro de Zooneses prestar atendimento veterinário, o foco é a saúde pública”. Por isso, o sacrifício é a “solução” encontrada pela administração pública para controlar o número de animais abandonados e evitar a proliferação de zoonoses (doenças transmitidas por eles).
Nessa esteira, o CCZ realiza periodicamente a campanha de vacinação anti-rábica com intuito de imunizar a população de cães e gatos contra a raiva, doença transmitida entre animais e humanos e pode levar a morte.
Fonte: A Crítica
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