Por Natalia Cesana (da Redação)
Foto: Reprodução/La Stampa
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Na tarde do dia 22 de outubro, cerca de oitenta galgos das regiões italianas de Piemonte e da Liguria estiveram reunidos com seus tutores no parque Valentino, em Turim. A iniciativa, que chamou a atenção de todos que passavam pelo local, foi organizada por quatro associações italianas, a SOS Galgo, a European Greyhound Network (EGN), o Centro de Adoção de Galgos na Itália e o Projeto Animalista para a Vida, que salvam os galgos da morte na Irlanda e na Espanha e permitem que novas famílias os adotem.
“O objetivo da passeata é que todos conheçam a história dos cães da raça galgo. Na Irlanda, a cada ano, milhares deles são mortos porque não estão mais adequados para correr. Na Espanha, eles são mortos porque não conseguem mais caçar”, afirmam Layla Charriere e Arianna Sopegno, organizadoras do protesto.
Os galgos correm em cinódromos, campos de corridas voltados para cães, e são treinados desde cedo para se tornarem campeões. Alguns são mortos logo que nascem, outros durante o treinamento ou devido a alguma lesão, e os mais afortunados sobrevivem até o fim da “carreira”.
Eles são explorados também como cães de caça. Na Espanha, são usados para capturar lebres sem que armas de fogo sejam empregadas. Quando não servem mais, são mortos.
Na Itália, existem associações que trabalham exclusivamente para mudar o destino desses cães. Pela primeira vez, SOS Galgo, European Greyhound Network (EGN), o Centro de Adoção de Galgos na Itália e o Projeto Animalista para a Vida atuam juntas a favor da causa.
Anna e Rossanna vieram de juntas de Spotorno, na região de Savona, Liguria, para participar da caminhada. “Não podíamos faltar. Sibilla veio da Espanha e foi adotada por nós há quatro anos. Mas ela ainda tem medo das pessoas”, disse Rossanna.
Já Anna não conhece a história de Bonny, mas a cicatriz que a cadela ainda carrega nas costas permite supor um passado de maus tratos. “Assim que ela chegou em casa, não subia as escadas porque nunca tinha visto uma na vida. Mas ela se apegou a mim muito velozmente”, conta.
Dina Migarone, da EGN, é tutora de cinco galgos. Ela e o marido estão aposentados e têm o dia todo para se dedicarem aos animais. “Os galgos são gentis, discretos, não cheiram mal, perdem pouco pelo, adoram crianças e vivem muito bem em apartamentos”, relata. “Não há necessidade de um jardim para que corram. Uma caminhada por dia é suficiente. Além disso, são muito silenciosos.”
“O único conselho para quem quer adotar um galgo é o de não andar com o animal sem uma guia, pois o instinto de caçador eles ainda possuem”, explica Carlo Cesarato, da SOS Galgo.
Cristina Barbareschi foi ao protesto com os inseparáveis Harry e Maggie. “Ser tutora de um galgo é como uma doença, você se apaixona por estes doces animais e não consegue fazer por menos.”
As informações são do jornal italiano La Stampa.
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