"We are Extinked"
Um projeto que une arte e ecologia no Reino Unido reuniu cem voluntários que fizeram tatuagens de espécies raras e ameaçadas de extinção no país, como pássaros, peixes, mamíferos, insetos e plantas britânicas nativas. Batizada de “ExtInked”, a iniciativa foi fotografada e as imagens dos “embaixadores”, como são chamados os voluntários tatuados, vêm sendo exibidas em exposições desde o ano passado.
A exposição está sendo realizada na cidade de Rugby, no interior da Inglaterra, até o dia 10 de novembro deste ano. As fotos já foram exibidas no Museu de Manchester, no Jardim Botânico Real de Edimburgo, na Escócia, e em outras cidades da Grã-Bretanha, e devem continuar a rodar pelo país no próximo ano.
Consideradas raras ou ameaçadas de extinção na Grã-Bretanha, as espécies tatuadas incluem um tipo de cavalo-marinho (Hippocampus hippocampus), uma águia (Haliaeetus albicilla, conhecida na Grã-Bretanha como “águia do rabo branco”), um grande morcego europeu (Nyctalus lasiopterus), um tubarão (Isurus Oxyrinchus) e outros animais, além de plantas.
A seleção dos seres que viraram tatuagens foi feita com base na Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês), e contou com a ajuda de ONGs britânicas que atuam com preservação da fauna e flora. “As espécies que escolhemos são nativas da Grã-Bretanha, mas algumas podem ser encontradas em outros países. Elas são, no entanto, consideradas raras e em risco de extinção por aqui”, disse Kate.
Após a elaboração da lista de animais e plantas, um artista plástico fez gravuras reproduzindo as cem espécies ameaçadas e organizou uma exposição – os visitantes foram convidados a se tornarem “embaixadores” e tatuarem os animais ameaçados. Foram aproximadamente 500 voluntários, dos quais cem acabaram escolhidos, segundo a diretora. Seus retratos integram a exposição “We are Extinked”, que é realizada desde 2011.
A diretora do “ExtInked”, Kate Houlton, disse ter “muito interesse” na hipótese de lançar o projeto no Brasil. “O seu país é certamente um local que gostaríamos de explorar”, afirmou ela.
Fonte: G1
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