Com 700 jazigos, local deve receber 250 visitantes durante o feriado.
Médica gastou pelo menos R$ 8 mil para enterrar bichos de estimação.
"É como se fosse da família." O bordão que soa exagerado aos ouvidos de muitas pessoas explica a motivação que leva tantos outros a comprarem túmulos de luxo em um cemitério de animais, em Campinas (SP). No feriado de Finados, nesta sexta-feira (2), o espaço, que possui pelo menos 700 sepulturas, deve atrair 250 visitantes no Jardim Santa Cândida.
A médica Nilza Pereira, de 65 anos, é proprietária do jazigo mais antigo no espaço, para onde foram levados os 12 cães que lhe fizeram companhia durante a vida. "São os filhos que não tive, achei que mereciam um espaço adequado", ressaltou. O túmulo foi construído em 1996.
Por gostar de raças de grande porte, ela explica que teve de pagar por enterros individuais, até que pudesse reunir no mesmo local os restos de todos os animais. "Eu gastei pelo menos R$ 8 mil durante esse processo", lembra.
Sobre o feriado de Finados, celebrado nesta sexta-feira, diz que não deixará de realizar uma visita aos antigos amigos. "Quando dá, vou na véspera, mas com esse calor infernal foi impossível. Vou até levar algumas florzinhas, após visitar o túmulo dos meus pais", planeja.
Até R$ 3 mil
Aposentado da carreira de investigador da Polícia, Radir Ruiz, de 69 anos, disse que gastou R$ 3 mil para construção de um túmulo de mármore para a cachorra Dara, da raça yorkshire, que criou no período de oito anos. "Eu tinha 39 anos de casado quando nos separamos. Depois disso, ela foi minha companheirinha durante dois anos. Eu não saía para não deixá-la sozinha... Acho que merecia até mais", contou.
Até R$ 3 mil
Aposentado da carreira de investigador da Polícia, Radir Ruiz, de 69 anos, disse que gastou R$ 3 mil para construção de um túmulo de mármore para a cachorra Dara, da raça yorkshire, que criou no período de oito anos. "Eu tinha 39 anos de casado quando nos separamos. Depois disso, ela foi minha companheirinha durante dois anos. Eu não saía para não deixá-la sozinha... Acho que merecia até mais", contou.
A perda ocorrida há quatro anos prejudicou a saúde de Ruiz. Ele passou por tratamento médico e foi recomendado a não ter outros animais. "Ah meu amigo, você tem animal? A minha era gente... Sou o tipo de pessoa que acha que a gente se encontra no futuro".
Corretor de imóveis durante 17 anos, Carlos Megda decidiu criar o primeiro cemitério de animais na região após perder três cães na mesma época. A dificuldade para encontrar um espaço adequado para enterrá-los motivou a criação do espaço, que reúne 700 túmulos e cerimônia de cremação. "Eu adoro cachorros, tenho 14. A morte de um animal de estimação é horrível para todos", disse. Por mês, o cemitério de animais São Francisco de Assis realiza 150 enterros e inclui animais como gato, coelho e pássaros.
fonte:g1.globo
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