ONG trava guerra contra Circo Ringling Bros. por abuso animal
Elefantes do Circo Ringling Bros. explorados em apresentação na Filadelfia em 18 de fevereiro de 2011 (Foto: Matt Rourke / AP Photo)
Há mais de uma década o PETA vem lutando contra animais em circos. Uma guerra árdua entre o PETA e o Ringling Bros. and Barnum & Bailey, a empresa global de circos que registrou o slogan “O maior espetáculo da Terra”, já chegou até o campo litigioso. As informações são do Thedailybeast.com.
A questão reivindicada pelo PETA e veementemente negada pelo Ringling Bros. é que “O Maior Espetáculo da Terra” tem demonstrado um conspícuo padrão de negligência e crueldade para com seus “animais artistas”, violando a Lei Federal de Bem-Estar Animal e deixando um rastro terrível de elefantes espancados, afogados e maltratados, que supostamente morreram devido ao abuso por parte de seus mantenedores, e um leão que morreu “cozido” a bordo de um trailler da Ringling Bros no deserto de Mojave. O PETA alega que o Ringling Bros escondeu as evidências para tentar encobrir esses crimes.
O PETA tem tido como meta denunciar Kenneth H. Vail, ex-conselheiro geral do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), orgão que regula o tratamento de animais de circos e controla a concessão de licenças de expositores. Nove meses depois de sua aposentadoria do Departamento, Vail apareceu como o responsável pela Feld Entertainment, empresa do grupo Ringling Bros. O PETA está solicitando que o inspetor geral do USDA inicie uma investigação de conflito de interesse sobre Vail.
“Enquanto no USDA, Vail recebia inúmeras recomendações de Serviços de Investigação e Execução do USDA para instaurar um processo contra a Feld Entertainment…pelo abuso e negligência que causaram a morte de animais com inúmeras provas e, no entanto, nenhuma ação significativa foi tomada”, alega o relatório de 41 páginas do PETA a Phyllis K. Fong, inspetor geral do USDA.
A reclamação do PETA contra Vail inclui a alegação de que ele ignorou recomendações para que o Ringling Bros. fosse multado em 11.825 dólares por ter permitido que Clyde, um leão de dois anos de idade, assasse até a morte em um vagão de carga quando o circo viajou pelo deserto de Mojave, no auge do verão. Vail também teria atrasado o tratamento do caso até que começasse a vigorar o estatuto de limitações para a punição.
PETA também afirma que Vail ignorou recomendações da equipe para penalizar o circo por matar Riccardo, um elefante bebê de oito meses de idade. O circo teria forçando-o a subir em um pedestal usando uma corda e um “bullhook” (instrumento de metal pontiagudo utilizado para ameaçar animais em treinamentos). “Durante este exercício de treinamento de circo, Riccardo caiu do pedestal, quebrando as duas pernas traseiras, o que fez com que o matassem (não há informações exatas sobre a forma como foi morto ou eutanasiado)”, acrescenta a denúncia.
Em outro incidente mencionado na denúncia, Vail ignorou evidências de que um elefante bebê chamado Benjamin foi afogado em uma lagoa devido à negligência e abuso por parte de seu treinador, e escondeu o relatório do USDA que concluía que o treinador usou o “bullhook” para controlar o animal, “criando stress e trauma que precipitaram no dano físico e na morte do animal”. Vail também omitiu a testemunha ocular de que Benjamin era regularmente espancado por seu treinador do Ringling Bros.
Em uma entrevista no ano passado à revista Mother Jones para um artigo intitulado “O Mais Cruel Espetáculo da Terra”, Vail reconheceu que a vida de um elefante de circo não é nenhum mar de rosas. “Se eu fosse um elefante, eu não gostaria de estar com a Feld Entertainment”, disse ele à revista. “É uma vida difícil”. Stephen Payne, chefe de Comunicação Corporativa da Feld Entertainment, por sua vez, disse que não concorda. “Eu não me importaria em ser um de nossos elefantes”, afirmou Payne. “Eles são bem tratados”.
fonte: anda
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