quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Austrália e UE defendem maior proteção da vida marinha na Antártida


A Austrália e a União Europeia (UE) vão pedir com urgência para a Comissão para a Conservação dos Recursos Vivos Marinhos da Antártida (CCAMLR) para criar uma rede de zonas protegidas, noticiaram os meios de comunicação da Austrália.
A proposta, que visa declarar como protegida uma superfície marinha de 1,9 milhões de quilômetros quadrados no leste da Antártida, vai ser debatida na reunião anual da (CCAMLR), que se realiza a partir de segunda na cidade australiana de Hobart.
“Estas áreas vão proteger as zonas mais vulneráveis às mudanças, as quais desempenham um papel ecológico importante como viveiros e como espaços para a alimentação de mamíferos ou pinguins”, disse o chefe da delegação australiana na Comissão, Tony Fleming, à cadeia ABC.
O plano, que deve ser aprovado pelos 25 membros da Comissão, prevê que três das sete áreas de proteção propostas sirvam de referência científica para medir o futuro impacto das alterações climáticas na produtividade e na ecologia da região.
Iniciado em 2010, o projeto visa alcançar um equilíbrio entre a proteção de zonas de elevado valor para a conservação e a autorização da atividade pesqueira, indicou Tony Fleming, em declarações reproduzidas pela agência noticiosa Efe.
A plataforma ecologista Aliança Oceano Antártico apoia a proposta, mas está contra a autorização de pesca na zona protegida, a qual pede que se estenda até 2,5 milhões de quilómetros quadrados de forma a incluir os principais habitats de pinguins, bacalhaus, baleias, entre outros.
A Comissão, composta por 24 países e a UE, foi criada em 1982, tendo por missão a conservação dos recursos da vida marinha no Antártico, que representam quase dez por cento dos mares do planeta.
Fonte: RTP Notícias

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