sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Gatos usados em aula também eram levados por alunos, diz polícia

Por Gabriel Cardoso 



  Escola suspendeu as aulas práticas esta semana (Foto: Reprodução/RBS TV)

A investigação conduzida pela Polícia Civil aponta que os próprios alunos levaram gatos mortos para as aulas práticas envolvendo dissecação de animais no Colégio Luterano Concórdia, em Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre. Após ouvir alunos, professores e representantes do colégio, a delegada Sabrina Deffente vai concluir o inquérito sobe o caso até a próxima semana. O assunto gerou polêmica após os estudantes publicarem fotos no Facebook em que aparecem segurando partes dos animais. As aulas foram suspensas esta semana.
“Pessoas já foram ouvidas, estamos concluindo o inquérito e vamos encaminhar semana que vem. Uma professora confirmou que ela utilizava os animais caso algum aluno encontrasse um gato morto e levasse”, disse ao G1 a delegada.
Segundo ela, não há como comprovar qual a origem dos animais. Após as experiências em sala de aula, os restos eram descartados. “Conseguimos a palavra da professora de que os gatos eram da rua, não existem mais os gatos para saber a origem deles. Nas aulas eles estavam mortos, mas a forma com que morreram não tem como comprovar”.
A delegada confirma que houve infração no caso, pois a escola não tem licença para realizar atividades de ensino com animais mortos. O uso de animais para atividades de ensino e pesquisa passou a ser permitido para instituições de nível médio apenas para cursos técnicos da área Biomédica a partir de aprovação da lei 11.794/2008, chamada Lei Arouca, sancionada em outubro de 2008. Mesmo assim, sob supervisão do Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal (Concea), órgão ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.
“Estava em desacordo com as normas estabelecidas, os alunos não tinha autorização dos pais, embora a escola afirme que a presença não era obrigatória. Houve uma infração administrativa do colégio. Agora vou verificar a legislação para ver qual a penalidade pela manipulação dos animais”.
Estudante exibe pele de gato durante aula no laboratório (Foto: Reprodução/ Facebook)

A direção do Colégio Luterano Concórdia já se comprometeu a não repetir as atividades. O laboratório do colégio segue sendo utilizado, mas para outras disciplinas. O inquérito foi aberto pela 3º Delegacia de Polícia da cidade. As imagens de estudantes segurando partes de gatos mortos – como cabeça, patas e pele – foram publicadas pelos próprios alunos no Facebook na última sexta-feira (19) e causaram revolta entre internautas e entidades de proteção aos animais.
Fonte: G1



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