Com dó dos animais, alguns alunos não participaram da aula de biologia.
Docente alega que se baseou no procedimento usado nas universidade
Uma aula de biologia para turmas do 2º e 3º anos do ensino médio provocou polêmica na Escola Estadual Edmundo Pinheiro de Abreu, no Bairro São Francisco, em Goiânia. O professor Ricardo Marques matou e dissecou dois coelhos dentro da sala para ensinar anatomia. A aula foi fotografada e filmada pelos estudantes, mas nem todos quiseram participar.
Muitos ficaram com dó dos dois animais usados no estudo. “Eu achei que não era do meu interesse e preferi sair. Fiquei com um pouco de dó dos animais”, afirma a estudante Bianca Larissa, de 17 anos. Os alunos que não quiseram participar não vão perder nota nem ganhar falta.
O professor disse que se baseou nos procedimentos adotados por universidades para sacrificar animais usados neste tipo de estudo. “O coelho é bom por causa da altura e formato dos órgãos, que são os mesmos em um mamífero humano. Ele tem praticidade de manuseio”, explicou. O ensino prático para cada turma durou cerca de uma hora e foi realizado na própria sala de aula, já que na unidade não tem laboratório.
Lei federal
A Secretaria Estadual de Educação informou que uma lei federal permite esse procedimento apenas em escolas de níveis superior e técnico, mas, como cada instituição de ensino em Goiás tem seu próprio regimento, isso dificulta a fiscalização. Por isso, o governo está elaborando orientações pedagógicas padrão que devem entrar em vigor no ano que vem. Segundo a secretaria, o professor recebeu ordem para não fazer mais esse tipo de aula.
A Secretaria Estadual de Educação informou que uma lei federal permite esse procedimento apenas em escolas de níveis superior e técnico, mas, como cada instituição de ensino em Goiás tem seu próprio regimento, isso dificulta a fiscalização. Por isso, o governo está elaborando orientações pedagógicas padrão que devem entrar em vigor no ano que vem. Segundo a secretaria, o professor recebeu ordem para não fazer mais esse tipo de aula.
O professor Ricardo Marques alega que quis dar aos estudantes da rede pública a mesma oportunidade que ele teve quando cursou o ensino médio na rede particular. “Eu tive esse tipo de aula. Foi fundamental para a minha formação e hoje eu sou biólogo. Deveria ter laboratório ou um local adequado. Só que eu não vou parar minha aula porque não tem e eu quero continuar desenvolvendo trabalhos diferenciados com os meus alunos”, afirma Ricardo Marques.
A diretora da escola, Racib Rosa, afirmou que a aula estava no plano apresentado pelo professor e admitiu que concordou por achar que seria uma oportunidade rara para os alunos. “Ele mostrou para os meninos onde ficavam o apêndice, os rins, para que eles entendessem”, alegou. Contudo, ela confessa que agora tem o receio de não ter sido a melhor escolha. “Achei que não ia causar esse transtorno”
fonte: g1.globo
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A ignorância nem a bomba atômica extermina
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