Por Patrícia Tai (da Redação)
Todo verão, centenas de tartarugas marinhas ameaçadas de extinção aparecem na ilha mediterrânea do Chipre. Ambientalistas estimam que a ilha é o local que concentra de mais de 30% dos ninhos da espécie de tartaruga loggerhead (ou “caretta caretta”), e mais de 20% de ninhos das tartarugas “green”. As informações são da Care2.
Somente uma a cada mil tartarugas chega à vida adulta. Organizações como a SPOT (Society for Protection of Turtles) estão buscando aumentar estes números através da certeza de que os bebês tartarugas consigam entrar no oceano. Conforme reportagem da AFP via Raw Story:
“Nem todos os recém-nascidos têm a mesma força. Alguns lançam-se energeticamente ao Mar Mediterrâneo, enquanto outros ficam imóveis até que as ondas os levem.
À noite, os filhotes de tartaruga sabem o caminho graças ao reflexo da luz da lua no mar. Quando não há lua, eles são guiados por um voluntário mergulhado no mar até a cintura, segurando uma tocha”.
Membros da SPOT e outros grupos conservacionistas também colocam grades de metal sobre ninhos de tartarugas, como proteção contra as raposas e outros predadores; caso contrário, cerca de 60 por cento dos ovos são comidos. Estes esforços para proteger as praias onde as tartarugas fazem os seus ninhos levaram ao que o ambientalista Andreas Demetropoulos chama de “uma verdadeira explosão” na população de tartarugas do Chipre para outros locais do Mediterrâneo.
Os perigos do turismo
Após ter estado sob controle do império otomano por três séculos e ter se tornando território britânico em 1878, o Chipre conquistou a independência em 1960, mas em seguida sofreu várias invasões e divisões territoriais, sendo que atualmente é dividido em Norte e Sul, e grande parte do território pertence à Turquia.
A ilha é destino turístico popular para os europeus. Os ativistas de ambas as partes da ilha têm pressionado as autoridades para limitar o desenvolvimento, no sentido de proteger as praias onde as tartarugas depositam os seus ovos. Desde 1971, a parte sul tem sido protegida por leis governamentais, mas tais esforços foram mais lentos na parte norte.
Recentemente, o Chipre – que pertence à comunidade do euro, juntou-se a Portugal, Irlanda e Grécia no pedido de ajuda à União Européia para salvar os seus bancos. A ilha está em crise financeira.
Por isso, o turismo tornou-se a âncora para tentar salvar a economia da região. Conforme a AFP noticiou, os turistas sentem-se interessados em ver a eclosão dos filhotes de tartaruga e isso motiva o turismo. Esse é o grande dilema atual para a ilha: manter o habitat seguro, ao mesmo tempo em que promove o turismo para manter a economia, e são coisas que parecem não conciliáveis.
Vale lembrar que a presença de humanos em locais turísticos próximos a mares, além de intimidar os animais em seu habitat natural ou mesmo causar sua morte pelo mero contato, também leva ao acúmulo de lixo que, muitas vezes, é ingerido pelas tartarugas no oceano, principalmente sacolas plásticas.
fonte: anda
Todo verão, centenas de tartarugas marinhas ameaçadas de extinção aparecem na ilha mediterrânea do Chipre. Ambientalistas estimam que a ilha é o local que concentra de mais de 30% dos ninhos da espécie de tartaruga loggerhead (ou “caretta caretta”), e mais de 20% de ninhos das tartarugas “green”. As informações são da Care2.
Somente uma a cada mil tartarugas chega à vida adulta. Organizações como a SPOT (Society for Protection of Turtles) estão buscando aumentar estes números através da certeza de que os bebês tartarugas consigam entrar no oceano. Conforme reportagem da AFP via Raw Story:
“Nem todos os recém-nascidos têm a mesma força. Alguns lançam-se energeticamente ao Mar Mediterrâneo, enquanto outros ficam imóveis até que as ondas os levem.
À noite, os filhotes de tartaruga sabem o caminho graças ao reflexo da luz da lua no mar. Quando não há lua, eles são guiados por um voluntário mergulhado no mar até a cintura, segurando uma tocha”.
Membros da SPOT e outros grupos conservacionistas também colocam grades de metal sobre ninhos de tartarugas, como proteção contra as raposas e outros predadores; caso contrário, cerca de 60 por cento dos ovos são comidos. Estes esforços para proteger as praias onde as tartarugas fazem os seus ninhos levaram ao que o ambientalista Andreas Demetropoulos chama de “uma verdadeira explosão” na população de tartarugas do Chipre para outros locais do Mediterrâneo.
Os perigos do turismo
Após ter estado sob controle do império otomano por três séculos e ter se tornando território britânico em 1878, o Chipre conquistou a independência em 1960, mas em seguida sofreu várias invasões e divisões territoriais, sendo que atualmente é dividido em Norte e Sul, e grande parte do território pertence à Turquia.
A ilha é destino turístico popular para os europeus. Os ativistas de ambas as partes da ilha têm pressionado as autoridades para limitar o desenvolvimento, no sentido de proteger as praias onde as tartarugas depositam os seus ovos. Desde 1971, a parte sul tem sido protegida por leis governamentais, mas tais esforços foram mais lentos na parte norte.
Recentemente, o Chipre – que pertence à comunidade do euro, juntou-se a Portugal, Irlanda e Grécia no pedido de ajuda à União Européia para salvar os seus bancos. A ilha está em crise financeira.
Por isso, o turismo tornou-se a âncora para tentar salvar a economia da região. Conforme a AFP noticiou, os turistas sentem-se interessados em ver a eclosão dos filhotes de tartaruga e isso motiva o turismo. Esse é o grande dilema atual para a ilha: manter o habitat seguro, ao mesmo tempo em que promove o turismo para manter a economia, e são coisas que parecem não conciliáveis.
Vale lembrar que a presença de humanos em locais turísticos próximos a mares, além de intimidar os animais em seu habitat natural ou mesmo causar sua morte pelo mero contato, também leva ao acúmulo de lixo que, muitas vezes, é ingerido pelas tartarugas no oceano, principalmente sacolas plásticas.
fonte: anda
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