Foto: RIA Novosti
Os integrantes da expedição à Khakássia (Sul da Sibéria) foram em busca do manul. Este gato selvagem e ameaçado de extinção habita também o Cazaquistão, Quirguistão, Mongólia e China e foi incluído no Livro Vermelho desses países.
Voz da Rússia
Até recentemente considerava-se que na
Khakássia não havia gatos selvagens. Entretanto as últimas fotografias e
foto-armadilhas convenceram os cientistas do contrário.
Os especialistas observam há alguns
anos o senhor dos montes Sayanes – o leopardo – nos parques nacionais do sul da
Sibéria mas, repentinamente, viram algo que não se parecia absolutamente nada
com ele. Um gato pequeno muito peludo, com patas curtas e cauda grossa. Parecia
incrível mas era um manul.
Nos últimos dez anos este animal foi praticamente
exterminado. De repente, essa sensação! Entretanto é muito difícil ver o manul
com os próprios olhos e até mesmo encontrar vestígio dele – explica o biólogo
Serguei Istomov:
"Este gato selvagem sabe não
deixar sinais de sua existência. Ele nunca pisa na neve, para não deixar
pegada. Ele espera, por exemplo, a passagem de cabritos monteses e segue pelos
vestígios de suas patas. Além disso ele engorda muito para passar o inverno,
torna-se preguiçoso e pode simplesmente ficar deitado até duas semanas."
O refúgio dos manuls são as fendas das
rochas, covas, buracos em árvores caídas. Ele corre mal, não resiste à
perseguição. Este gato selvagem tem muitos inimigos – os lobos e cães grandes.
Tem também concorrentes nos alimentos – a raposa, muito glutona, a marta, que,
tal como o manul, se alimentam de roedores e aves. A aparência e a conduta
permitem-lhe permanecer sem ser visto pelos inimigos e presas – o manul não as
persegue, mas arma-lhes emboscada. Os participantes da expedição também
decidiram armar uma emboscada original, para atrair esse gato com uma isca –
explica o diretor do parque nacional da Khakássia, Viktor Nepomniaschi:
"Para isto nos locais de seu
habitat é realizado um conjunto de medidas biotécnicas. Nós inicialmente
engordamos pequenos mamíferos, que servem de alimento para o manul. Quando a
base de ração se concentra, o animal dá atenção a esse local e aparece ali com
freqüência. Consequentemente cai na objetiva das foto-armadilhas."
Além disso, os biólogos pretendem
colocar coleiras com rádio nos gatos-de-pallas para determinar os locais de
habitação do animal. Se tudo der certo, os cientistas obterão informação
inestimável sobre este animal.
Nos últimos tempos o manul tornou-se
herói na blogosfera: ele é debatido, querem adquiri-lo como animal doméstico.
Os biólogos não aconselham, não se pode domesticar o manul, é um animal
selvagem. Segundo dados dos cientistas, na região dos montes Sayane o número
desses gatos raros não ultrapassa duas-três dezenas.
Fonte: Voz da Rússia De: jornalanimais.blogspot.com.br
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