Apresentadora virou porta-voz dos movimentos de defesa e ganhou respeito de ativistas, fãs e autoridades
Luisa Mell tem a defesa dos animais como
bandeira de vida, mas não é uma ativista convencional. Ela não faz
discurso para convencer ou cooptar as pessoas para sua causa. Luisa fala
com o coração, emociona-se e encanta seus interlocutores ao contar suas
histórias com os bichos. Essa característica parece explicar o sucesso e
a credibilidade dela como porta-voz dos movimentos que protegem os
animais. Já foi ouvida por importantes setores da sociedade. Fazendo
denúncias à frente de um programa de TV, ajudou a aprovar leis como a
que proíbe matar os bichos abandonados no Centro de Controle de Zoonoses
e o uso deles em espetáculos circenses, na cidade de São Paulo.
“Comecei a gostar de bichos depois de velha”, conta a moça de 33 anos, esclarecendo que geralmente esse amor surge na infância e ela tinha 18 quando foi tocada por ele. Aconteceu assim que adotou sua primeira cachorrinha. “Eu e minha irmã insistíamos para ter um cão, mas nossos pais não deixavam. Até que um dia minha mãe topou, mas disse que ele teria de ser adotado.”
Nuna feira na Faculdade Metodista, em São Bernardo do Campo, ela encontrou a Dino (de Dinossauro, o personagem de “Os Flinstones”). “Nós a levamos para casa. Eu era muito nojenta e, no caminho, no carro, ela fez cocô, vomitou muito, mas eu não fiquei com nojo. Aquilo despertou o melhor de mim.”
Sentença de morte
Assim que chegou em casa, Luisa procurou um veterinário. “Dino estava muito doente e ele me disse que ela não passaria daquela noite. Nunca tinha cuidado de ninguém, mas cuidei dela. Eu dizia: ‘Ela não pode morrer’. Dino está aí. Tem 15 anos e mora com minha mãe.”
Um ano depois, Dino virou a personagem mais importante num episódio triste da vida da família de Luisa. “Minha avó, que morava na casa ao lado da nossa, morreu atropelada. Foi um golpe muito duro para todos nós. Não tivemos nem a chance de nos despedir dela. Meu pai, filho dela, entrou em depressão profunda. E só começou a reagir quando começou a falar com a Dino e teve de levá-la para passear.”
Luta começou na TvA experiência do pai, o jornalista e roteirista Papa Camargo, o inspirou a criar um programa em defesa dos vira-latas como Dino. “Ele entendeu que o cachorro estava saindo do quintal para virar membro das famílias. Mas ninguém aceitava as ideias dele.” Luisa já estava fazendo participações em programas da Rede TV! e, como mãe de Dino (é assim mesmo que ela se define), decidiu abraçar o projeto do pai. “As pessoas me diziam: ‘Como asssim? Falar de vira-lata? Ninguém vai assistir’.” Mas a atração, o “Late Show”, vingou e ficou no ar durante seis anos, de 2002 a 2008.
“Quanto mais eu ia me envolvendo, mais ia descobrindo coisas, aprendendo. Comecei a ter referências do que acontecia lá fora. Via tanta coisa errada praticada contra os animais que prometi mudar isso. Passei a me reunir com as ONGs, a discutir e, quando vi, o ‘Late Show’ tinha virado um programa social. Gostar de cachorro não mudou só a minha vida, mudou o meu jeito de ser”, acredita Luisa.
Ação nas redes sociais
Luisa Mell está preparando sua volta à TV para 2013. Vai ser um programa de defesa dos animais, claro! E quem mais do que ela poderia comandar uma atração assim? Mas ela não revela detalhes, muito menos o nome da emissora. Enquanto isso, segue com seu trabalho de ativista nas redes sociais. Faz a conexão entre as ONGs, ajuda a promover as feiras de adoção, arruma um lar para um cão no Nordeste, no Sul ou onde quer que seja, e participa das manifestações.
“Vou jogando sementes por aí”, diz ela. “Sei que não vou viver para ver muitas questões solucionadas, mas quando consigo ver um frutinho do meu trabalho já fico feliz.”
Ela acredita que a mudança no conceito de adoção seja um desses frutinhos. “Hoje, adotar um cão parece comum mas há 15 anos não se falava disso. Eu saía na rua com a Dino e as pessoas diziam: ‘Tão linda, com um cachorro tão feio’. A Dino era a única vira-lata da Braz Leme (avenida de Santana), onde eu morava. Agora, muita gente adota em vez de comprar.”
Marley, Gisele e Preta
Marley, o labrador fofo das fotos, foi adotado por Luisa junto com Gisele, irmã dele. Os dois haviam sido abandonados num terreno. A vira-lata Preta completava o trio – ela morreu de câncer há dois meses.
Luisa, o marido dela, o empresário Gilberto Zaborowky, de 51 anos, Marley e Gisele dividem um apartamento de cobertura nos Jardins. Tão grande que abriga o que ela chama de mansão dos cães. “Fiz uma casa para eles dentro do quarto onde dormem. De noite, eles se recolhem lá, onde têm camas, cobertores. De dia, ficam onde querem. A casa toda é deles também.”
Com Luisa virou autoridade no assunto, pedimos a ela dicas para ajudar você a cuidar de seu pet ou para se preparar caso ela tenha te convencido a adotar um.
Dicas
PENSE BEM ANTES DE ADOTAR UMCachorro é como filho, mas você não engravida dele. Então, pense mil vezes se quermesmo um. Ele dá trabalho, fica doente, desobedece, faz bagunça, precisa passear.
PARA TODA VIDA
Você será responsável por seu cachorro para sempre. Não pode doá-lo caso se canse dele. Já vi cachorro morrer de saudades do dono.
COMANDOFaça o cão te obedecer. Ele precisa saber que quem dá o comando é você. Se não, vai achar que ele é o seu dono e querer assumir a liderança.
BEBÊ A BORDO
Vai chegar um bebê em casa? Antes de sair da maternidade, mande para ele um paninho com o cheirinho da criança, como uma manta ou fralda. Assim, ele vai se acostumando.
CORTE O CIÚME
Evite mudar os hábitos do cão com a chegada do bebê. Sempre que você ou seu marido pegarem a criança e ele estiver por perto, dê a ele um agradinho, como um petisco. Ou faça um carinho. Ele vai associar o bebê a uma coisa boa e vai gostar dele. Agora, se ele ficava na sala e vai para o quintal, acabará associando o novo morador a coisa ruim e pode não gostar dele.
Tudo por amor
Luisa conta que Marley, quando nasceu, foi rejeitado porque era o patinho feio de uma ninhada. “Ele tinha um galo enorme na cabeça. Hoje é esse galã.” Tão galã que faz pose ao ver uma câmera fotográfica. Luisa o chama de “filhinho da mamãe” e diz que o leva para todo lugar. Ele e a irmã Gisele. Se for preciso, uma empregada vai junto, como aconteceu no dia desta sessão de fotos. Sempre agindo com muita coerência à causa, Luisa não usa nenhum produto que sugira maus-tratos a bichos, seja de culinária, beleza ou moda. Não come carne e ovos, só de galinha criada solta. E leite, ela não toma pois não gosta.
fonte: redebomdia
Marcello Palhais/Diário SP
Luisa com Marley. Sim, ele ganhou esse nome por causa do filme
“Comecei a gostar de bichos depois de velha”, conta a moça de 33 anos, esclarecendo que geralmente esse amor surge na infância e ela tinha 18 quando foi tocada por ele. Aconteceu assim que adotou sua primeira cachorrinha. “Eu e minha irmã insistíamos para ter um cão, mas nossos pais não deixavam. Até que um dia minha mãe topou, mas disse que ele teria de ser adotado.”
Nuna feira na Faculdade Metodista, em São Bernardo do Campo, ela encontrou a Dino (de Dinossauro, o personagem de “Os Flinstones”). “Nós a levamos para casa. Eu era muito nojenta e, no caminho, no carro, ela fez cocô, vomitou muito, mas eu não fiquei com nojo. Aquilo despertou o melhor de mim.”
Sentença de morte
Assim que chegou em casa, Luisa procurou um veterinário. “Dino estava muito doente e ele me disse que ela não passaria daquela noite. Nunca tinha cuidado de ninguém, mas cuidei dela. Eu dizia: ‘Ela não pode morrer’. Dino está aí. Tem 15 anos e mora com minha mãe.”
Um ano depois, Dino virou a personagem mais importante num episódio triste da vida da família de Luisa. “Minha avó, que morava na casa ao lado da nossa, morreu atropelada. Foi um golpe muito duro para todos nós. Não tivemos nem a chance de nos despedir dela. Meu pai, filho dela, entrou em depressão profunda. E só começou a reagir quando começou a falar com a Dino e teve de levá-la para passear.”
Luta começou na TvA experiência do pai, o jornalista e roteirista Papa Camargo, o inspirou a criar um programa em defesa dos vira-latas como Dino. “Ele entendeu que o cachorro estava saindo do quintal para virar membro das famílias. Mas ninguém aceitava as ideias dele.” Luisa já estava fazendo participações em programas da Rede TV! e, como mãe de Dino (é assim mesmo que ela se define), decidiu abraçar o projeto do pai. “As pessoas me diziam: ‘Como asssim? Falar de vira-lata? Ninguém vai assistir’.” Mas a atração, o “Late Show”, vingou e ficou no ar durante seis anos, de 2002 a 2008.
“Quanto mais eu ia me envolvendo, mais ia descobrindo coisas, aprendendo. Comecei a ter referências do que acontecia lá fora. Via tanta coisa errada praticada contra os animais que prometi mudar isso. Passei a me reunir com as ONGs, a discutir e, quando vi, o ‘Late Show’ tinha virado um programa social. Gostar de cachorro não mudou só a minha vida, mudou o meu jeito de ser”, acredita Luisa.
Ação nas redes sociais
Luisa Mell está preparando sua volta à TV para 2013. Vai ser um programa de defesa dos animais, claro! E quem mais do que ela poderia comandar uma atração assim? Mas ela não revela detalhes, muito menos o nome da emissora. Enquanto isso, segue com seu trabalho de ativista nas redes sociais. Faz a conexão entre as ONGs, ajuda a promover as feiras de adoção, arruma um lar para um cão no Nordeste, no Sul ou onde quer que seja, e participa das manifestações.
“Vou jogando sementes por aí”, diz ela. “Sei que não vou viver para ver muitas questões solucionadas, mas quando consigo ver um frutinho do meu trabalho já fico feliz.”
Ela acredita que a mudança no conceito de adoção seja um desses frutinhos. “Hoje, adotar um cão parece comum mas há 15 anos não se falava disso. Eu saía na rua com a Dino e as pessoas diziam: ‘Tão linda, com um cachorro tão feio’. A Dino era a única vira-lata da Braz Leme (avenida de Santana), onde eu morava. Agora, muita gente adota em vez de comprar.”
Marley, Gisele e Preta
Marley, o labrador fofo das fotos, foi adotado por Luisa junto com Gisele, irmã dele. Os dois haviam sido abandonados num terreno. A vira-lata Preta completava o trio – ela morreu de câncer há dois meses.
Luisa, o marido dela, o empresário Gilberto Zaborowky, de 51 anos, Marley e Gisele dividem um apartamento de cobertura nos Jardins. Tão grande que abriga o que ela chama de mansão dos cães. “Fiz uma casa para eles dentro do quarto onde dormem. De noite, eles se recolhem lá, onde têm camas, cobertores. De dia, ficam onde querem. A casa toda é deles também.”
Com Luisa virou autoridade no assunto, pedimos a ela dicas para ajudar você a cuidar de seu pet ou para se preparar caso ela tenha te convencido a adotar um.
Dicas
PENSE BEM ANTES DE ADOTAR UMCachorro é como filho, mas você não engravida dele. Então, pense mil vezes se quermesmo um. Ele dá trabalho, fica doente, desobedece, faz bagunça, precisa passear.
PARA TODA VIDA
Você será responsável por seu cachorro para sempre. Não pode doá-lo caso se canse dele. Já vi cachorro morrer de saudades do dono.
COMANDOFaça o cão te obedecer. Ele precisa saber que quem dá o comando é você. Se não, vai achar que ele é o seu dono e querer assumir a liderança.
BEBÊ A BORDO
Vai chegar um bebê em casa? Antes de sair da maternidade, mande para ele um paninho com o cheirinho da criança, como uma manta ou fralda. Assim, ele vai se acostumando.
CORTE O CIÚME
Evite mudar os hábitos do cão com a chegada do bebê. Sempre que você ou seu marido pegarem a criança e ele estiver por perto, dê a ele um agradinho, como um petisco. Ou faça um carinho. Ele vai associar o bebê a uma coisa boa e vai gostar dele. Agora, se ele ficava na sala e vai para o quintal, acabará associando o novo morador a coisa ruim e pode não gostar dele.
Tudo por amor
Luisa conta que Marley, quando nasceu, foi rejeitado porque era o patinho feio de uma ninhada. “Ele tinha um galo enorme na cabeça. Hoje é esse galã.” Tão galã que faz pose ao ver uma câmera fotográfica. Luisa o chama de “filhinho da mamãe” e diz que o leva para todo lugar. Ele e a irmã Gisele. Se for preciso, uma empregada vai junto, como aconteceu no dia desta sessão de fotos. Sempre agindo com muita coerência à causa, Luisa não usa nenhum produto que sugira maus-tratos a bichos, seja de culinária, beleza ou moda. Não come carne e ovos, só de galinha criada solta. E leite, ela não toma pois não gosta.
fonte: redebomdia
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