sábado, 30 de julho de 2011

Pesquisadores temem que estudos científicos resultem em macacos falantes

O receio de alguns cientistas é que os experimentos com transplante de células acabem criando anomalias, como macacos com a capacidade de pensar e falar como seres humanos (Foto: AFP)

Há países em que os experimentos com macacos de grande porte como gorilas, chipanzés e orangotango são proibidos

Os limites das pesquisas científicas estão sendo questionados pela Academia de Ciências Médias da Grã-Bretanha que pede ao governo regras mais estritas em pesquisas que envolvem animais.

Segundo o portal IG, o temor de alguns cientistas é que os experimentos com transplante de células acabem criando anomalias, como macacos com a capacidade de pensar e falar como seres humanos.

A academia ressalta que os avanços das técnicas de estudos com animais em laboratório resultam em novos temas que precisam ser debatidos e regulados.

Experimentos Científicos

Os benefícios dos avanços da ciência para compreensão de algumas doenças são visíveis, como os estudos com implante de cromossomo humano no genoma de ratos com síndrome de Down para a compreensão da doença, aponta o site.

Mesmo que a maioria dos estudos seja feita com ratos, a preocupação dos cientistas é com os testes em macacos. Há países em que os experimentos com macacos de grande porte como gorilas, chipanzés e orangotango são proibidos.

O professor Thomas Baldwin, membro da academia, disse que o temor “é que se comece a introduzir um grande número de células cerebrais humanas no cérebro de primatas e que isso, de repente, faça com os que os primatas adquiram algumas das capacidades que se consideram exclusivamente humanas, como a linguagem". Para ele, essas possibilidades são muito usadas na ficção, mas é hora de começar a pensar nelas no mundo real.

Anomalias

O receio dos cientistas, apontado no relatório, diz respeito a três áreas principais: a cognitiva, a de reprodução, e a criação de características visuais semelhantes a dos humanos.
Para o professor Martin Bobrow, principal autor do relatório, se um macaco que recebeu material genético humano começa a adquirir capacidades similares a de um chimpanzé, é hora de frear os experimentos, o que ele chama de "prova do grande símio", destaca o IG.

A polêmica maior está na probabilidade de os animais terem características “singularmente humanas”.  O relatório destaca ainda que "criar características como a linguagem ou a aparência humana nos animais, como forma facial ou a textura da pele, levanta questões éticas muito fortes".

Redação O POVO Online

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