sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Ajude a acabar com o planeta

      Você que está lendo este artigo deve ver com indignação todas as atrocidades e falta de respeito com que alguns pseudos seres humanos tratam o planeta e a natureza.
      A destruição da Amazônia, as queimadas, a total incompetência dos chamados dirigentes ou políticos.
      Centenas de árvores estão sendo destruídas nesse exato momento e como todos sabem, as árvores são responsáveis pelo oxigênio do planeta e sem elas não poderíamos viver. Quando destruímos as árvores estamos também matando os animais que vivem nelas e liberando o dióxido de carbono, acelerando o efeito estufa e conseqüentemente destruindo nosso futuro.
      Porque destruímos tanto as árvores? É para criar mais moradias? Não. É para criar pastos para a criação de gado. Todas as florestas estão sendo destruídas no ritmo de meio hectare a cada 5 segundos, para que muitos comam cadáveres (carne de gado).
      Quando alguém come um hambúrguer é responsável pela destruição de 5 metros quadrados de floresta tropical.
      As pessoas que vêem as florestas sendo destruídas e comem carne, também são responsáveis por isso, além disso todos sabemos que a falta de água será um problema tão grande que poderá haver guerras por água e também, por isso é que hoje milhares de pessoas morrem. Por falta d’água.
      Você sabe quanto de água é necessário para se criar um único bezerro? O suficiente para fazer flutuar um navio médio. Uma vaca, num gole bebe até 2 litros de água. Num dia, bebe 100 litros. Para produzir 1 Quilo de carne, gastam-se 43.000 litros de água. 1 kg de tomate com 200 litros de água.
      Pode se pensar no incompetente "Governo" que te diz para não lavar o carro ou não tomar banho - Isso também é importante mas para você poupar realmente água, NÃO coma bicho morto (carne). Você sabia também que a indústria que mais consome energia elétrica é a do gado?
      Você se preocupa com a fome no planeta? Se preocupa que hoje 980 milhões de pessoas vivem num estado de miséria absoluta, que 70 milhões de pessoas morreram no ano passado por inanição e que isso deve piorar se não mudarmos nossos hábitos?
      O mesmo acre que produz 120 quilos de carne de boi pode produzir 20.000 quilos de batata; meio quilo de carne produziria 8 quilos de cereais. Isso é a diferença entre alimentar 1 pessoa e 160 pessoas.
      Um acre pode alimentar vinte vezes mais pessoas se todas fossem vegetarianas.
      Cerca de 70 crianças morrem de fome todos os dias e nós temos condições de mudar isso se os comedores de putrefatos (carne) diminuíssem em 10% sua DIETA assassina. Isso seria suficiente para alimentar crianças, homens e mulheres que no momento em que você lê esse artigo estão morrendo de fome com dores terríveis.
      Sabia ainda que a quantidade de solo arável está diminuindo numa velocidade assustadora, devido a produção de carne e isso pode até acabar com a nossa capacidade de vivermos no planeta?
      Se você vai naquela coisa nojenta chamada açougue, saiba que por trás do que se compra lá, está escondida a destruição de florestas, o alimento e a água dos nossos filhos e a extinção de várias espécies.
      Não pense que sua decisão não fará diferença - fará muito - as pequenas mudanças no planeta hoje, tem conseqüências gigantes a longo prazo. Divulgue esse texto. Coloque-o na Internet. Faça algo.
      Pense ainda nos animais. Será justo de nossa parte dar morte violenta e cruel a animais pacíficos?
      Se você acredita que eles não tem morte violenta não leia mais este artigo pois você não tem cultura para entender nada do que estou escrevendo. Vá ler a revista Caras ou assistir ao Big Brother. Se você acredita que os animais são inferiores a nós deve acreditar também que a Terra não é redonda.
      Os porcos são, por exemplo, criados em total confinamento, no meio do lixo, presos, sem higiene e engordados artificialmente, inclusive recebendo HORMÔNIOS e antibióticos. Quanto ao gado eles são mantidos em jaulas, sem liberdade. Mais de 80% dos abates ocorrem sem nenhum tipo de fiscalização sanitária; há pouco tempo no Rio Grande do Sul descobriu-se patas e rabos de rato em lingüiças.
      Olhe nos olhos dos animais quando eles são assassinados, marretados nos abatedouros que são do 50% no Brasil ( os outros são sangrados vivos) por "homens covardes" e veja um raio de luz através do qual a vida deles olha para fora e para cima, em direção ao grande poder do nosso domínio sobre eles, e pede por amizade.
      Como você pode aceitar colocar dentro de você um animal que viajou centenas de quilômetros a pé ou apertado na carreta de um caminhão (dirigido por um "homem") , sem água ou qualquer alimento. Ao chegar no local do abate ficam de 2 a 4 dias no pátio do matadouro, recebendo apenas água e sofrendo por antever o futuro...
      Na hora do sacrifício, os animais são empurrados por um longo corredor apertado e ficam desesperados, horrorizados, tentam fugir, tentam lutar pela própria vida, mas no final do corredor lhe espera um "homem" que lhe golpeia com uma marreta na cabeça ou um disparo na testa com um pistola de ar comprimido o animal fica fraco, tonto, cai com os olhos abertos, mas logo é suspenso por um guindaste enquanto ele ainda se debate por liberdade saem lágrimas nos olhos quando é finalmente degolado vivo. Seus olhos ficam vazios.
      Nesse ponto os "homens" usam as facas e o animal deixa de existir, para que poucos comam sua carne e para as fezes e o sangue poluírem os rios.Visite um matadouro. Pense que se os animais falassem, diriam:
      - Deixem-me vivo. Parem de me matar. Olhem nos meus olhos.
      Você quer então ajudar a salvar o planeta? Não quer se sentir responsável pela morte de crianças? Quer preservar as árvores e o solo? Então mude sua alimentação. O seu poder de fazer a diferença está em suas mãos quando for no supermercado, restaurantes ou na sua cozinha. Você não precisa sair por ai e salvar a vida de alguém. Você pode fazer isso somente alterando sua alimentação e é claro tendo muito mais saúde e disposição. Quanto aos benefícios de uma DIETA sem carniça (carne vermelha), leia a respeito mais já saiba de antemão que cientistas confirmam ser a carne responsável por doenças do coração, câncer no intestino, diminuição do apetite sexual e muito mais.

As consequências de comer carne

O total anual de cereais que alimenta o gado no mundo inteiro é de cerca de 735 bilhões de quilos.
Para transportar esta quantidade por comboio seriam necessários 12.3 milhões de vagões cheios de cereal. Este comboio facilmente poderia circuncidar o equador 6 vezes.
A maioria dos países ocidentais usa para além do seu próprio território grandes extensões do território de países em desenvolvimento para pastagens. O uso do território estrangeiro chega a ser seis vezes maior do que o próprio. Países como a Tailândia (cassave) Malásia, Brasil (soja) e a Argentina contribuem enormemente para a produção de rações para gado, e quase um terço destas é produzido em países do Terceiro Mundo. Por exemplo, para alimentar a população holandesa há no país e fora dele por pessoa cerca de 1,20 hectares de terra cultivada em uso, enquanto que de facto por cada indivíduo no planeta só há 0,2 hectares de terra disponível (1 hectare equivale a 10.000 m²).
Cada indivíduo utiliza uma certa porção do espaço do planeta, e quanto espaço ele usa depende do seu padrão individual de consumo.

 
Por meio do Impacto Global é possível traduzir este espaço em números, expressos em hectares.
   
A produção de carne custa vidas
No ocidente consume-se agora muito mais carne do que antigamente. Os veganistas que se abstêem totalmente do consumo de carne e da utilização de animais, poupam cada um a vida de (aproximadamente) 6 vacas, 45 porcos e de centenas de frangos (números aplicáveis aos Países Baixos).
A indústria pecuária intensiva condena os animais nasexplorações a um sofrimento enorme. Diminuindo o consumo de carne, diminuimos também o seu sofrimento.

 
A produção de carne é energia mal gasta
Durante a transformação de proteína vegetal em proteína animal são desperdiçados uma grande quantidade de nutrientes. São necessários 4 quilos de proteínas vegetais (raçõe para o gado) para produzir apenas 1 quilo de proteína animal.
A produção de carne custa aproximadamente 14,7 vezes mais energia do que a produção de vegetais. Um quilo de carne de vitela é comparável a 100 quilos de batata em valor energético. Uma campo de pasto normal produz 330 quilos de carne. O mesmo campo pode alternativamente chegar a produzir 40.000 quilos de batata. Além disso, para produzir um quilo de carne são necessários uns 111.250 litros de água.
É necessária muito menos água para alimentar um vegetariano estrito durante um ano do que a necessária para alimentar um carnívoro durante apenas um mês. Um país como a Holanda usa por ano tanta água para a produção bovina como a que poderia abastecer de água a terça parte da população mundial.
Produção de carne = poluição
No ocidente os maiores contribuintes para a chuva ácida que afecta as florestas são a indústria pecuária intensiva e o trânsito. Uma vez que os fertilizantes são um dos maiores contribuintes, o a
mbiente beneficiaria enormemente duma dimi

Impacto da pecuária bovina – Parte 1



INTRODUÇÃO
Atualmente temos visto nos diversos canais de comunicação a divulgação de uma crescente preocupação com as questões ambientais. A natureza tem dado a resposta aos muitos anos de exploração, devastação e poluição produzidos pelo homem que vão além dos níveis aceitáveis. As respostas a esta atitude humana foram demonstradas com o aumento do nível dos oceanos, da temperatura da Terra e com um número cada vez maior de furacões. As previsões para um futuro breve não têm sido nada otimistas. Cientistas do mundo inteiro se reúnem, como o IPCC (Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas), a fim de estudar estes fenômenos e sua relação com as ações antrópicas.
Uma pesquisa feita pela AC Nielsen concluiu que os internautas brasileiros são os “mais preocupados” com os efeitos do aquecimento global. A pesquisa via internet foi feita em 46 países e 81% dos brasileiros consideraram o assunto “muito sério”. Já os internautas dos Estados Unidos se mostraram os menos preocupados e familiarizados com o assunto, embora o país contribua com um quarto das emissões dos gases do efeito estufa.
Quando pensamos em mudanças climáticas, efeito estufa e emissões de gases poluentes associamos a fontes causadoras como indústrias poluidoras e meio de transporte como CARROS com seus escapamentos liberando uma enorme quantidade de monóxido de carbono.
Entretanto, poucas vezes podemos associar a nossa alimentação com problemas ambientais tão graves assim. Afinal de contas, como um simples hábito de se alimentar poderia ter a ver com mudanças tão complexas na natureza? O que um prato de carne ou um churrasco causam ao meio ambiente até chegar ao consumidor final?
A FAO  (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura) declarou no final de 2006 que a criação de animais é mais danosa ao meio ambiente do que os automóveis.
As emissões antrópicas de carbono geradas pelo setor pecuário são maiores do que o de transportes e isto se deve à uma crescente demanda por carne e laticínios, informa a FAO.
O consumo de água é outro fator de relevância e que tem causado grandes preocupações. A população mundial, ou pelo menos 60% dela, enfrentará problemas com a escassez de água nos próximo 20 anos. Este alerta vem de um comunicado da FAO. Atualmente mais de 1 bilhão de pessoas sofrem com a falta de água potável e em 2025 serão, segundo os cálculos da entidade, cerca de 1,8 bilhão de pessoas.
O consumo de água cresceu duas vezes mais rápido do que o aumento da população mundial no último século, sendo o setor agropecuário o maior consumidor de água doce disponível. O uso de água na produção de alimentos é da ordem de 70% do total utilizado pelo homem e em países em desenvolvimento chega a 90%.
A devastação das florestas e ocupação de terras são outras questões ambientais relevantes tratadas atualmente e que têm gerado conflitos. No Brasil a pecuária bovina foi uma das principais causas da destruição da Mata Atlântica que hoje se encontra apenas com cerca de 7% de sua formação original. Atualmente vemos a diminuição da Floresta Amazônica e a degradação do Pantanal Matogrossense intimamente ligados com o aumento da atividade pecuária no país.
Estes são alguns dos temas ambientais que serão tratados a seguir e estão relacionados diretamente ao hábito de consumir carne.
Das terras produtivas brasileiras, 75% têm a pecuária como sua atividade de renda. O Brasil desponta com números ainda mais audaciosos: 15% do total do rebanho bovino comercial do planeta encontra-se em nossas terras, a maior porcentagem de gado comercial do mundo num só país, e além disto, detém a primeira colocação na produção de carne bovina mundial. Estes dados mostram a grande importância de se conhecer todos os aspectos relacionados com esta atividade, quais são os recursos naturais que ela utiliza para sua produção e quais são as conseqüências implícitas.
USO DA ÁGUA
O relatório da FAO (Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação) diz que os efeitos da produção pecuária exercem grande peso na oferta de água, pois utiliza 8% do que é consumido pelo homem, principalmente pela irrigação dos cultivos de alimentos para o gado.
Embora a Terra seja chamada de planeta azul, 97,5% da água é salgada e encontra-se nos oceanos e mares, 2,493% é doce, mas está localizada em geleiras ou regiões subterrâneas (aqüíferos) de difícil acesso e somente 0,007% é doce e está disponível em rios, lagos e na atmosfera sendo de fácil acesso para o consumo humano.
Um relatório que está sendo produzido pela CETESB informa que um frigorífico grande e completo (inclui abate, desossa, fabricação de carne cozida e subprodutos como a farinha de carne, osso e sebo)  em São Paulo, com um abate de 1.100 cabeças de gado por dia, com práticas de conservação e uso racionalizado de água chega a utilizar 4.250.000 litros de água por dia, ou seja, cerca de 3.900 litros de água por cabeça.
Se considerarmos 160 litros de água o consumo médio diário de uma pessoa em São Paulo, a totalidade gasta em um dia por este frigorífico abasteceria de água pelo mesmo período 26.562 pessoas.
Conforme pesquisa de Primavesi da EMBRAPA, a variação de consumo de água de um bovino é de 15 a 53 litros de água por animal/dia. As vacas em lactação consomem de 80 a 162 L/ animal, pois além de terem uma ingestão maior do líquido, ainda temos que contabilizar o que é utilizado para seu asseio.
Com o propósito de termos um esclarecimento maior sobre o consumo de água na pecuária, podemos comparar alguns produtos agropecuários e qual a necessidade hídrica de cada um.  Por exemplo, para a produção de 1 quilo de arroz são necessários 2.182 L/água, batata 262 L/água, tomate 60 L/água, trigo 1.500 L/água, soja 2.000 L/água e a carne 20.000 L/água (ver tabela a seguir).
         
grafico1
Fonte : Agência Nacional de Águas (ANA – MMA) e Christofidis (2001)
Podemos observar assim que a eficiência na obtenção de 1 kg de carne é muito menor quando comparamos com outros produtos agrícolas.
         
O consumo de água tanto na pecuária como na agricultura pode variar um pouco conforme a região onde a cultura é plantada, o sistema de irrigação, bem como o tipo de alimentação do gado. Entretanto esta diferença entre as culturas agrícolas e pecuárias sempre mantém aproximadamente a proporção indicada no gráfico.
Adriana da Conceição tem bacharelado e licenciatura em Ciências Biológicas e pós-graduação em Gestão Ambiental com ênfase em didática do ensino superior. Participou como diretora e secretária de ONGs ambientalistas de defesa animal e educativas. Atualmente é graduanda em engenharia civil.

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

É preciso fazer um ‘esforço de guerra’ contra o desmatamento da Amazônia, afirma cientista

Em 40 anos, o desmatamento da Amazônia atingiu 763.000 km², o equivalente a três Estados de São Paulo ou a duas Alemanhas. Desapareceram 20% da cobertura original. Um relatório do pesquisador Antonio Donato Nobre, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), revela que a destruição da maior floresta tropical do mundo pode ter um efeito devastador sobre o clima na América do Sul.
Isso ocorrerá porque a floresta exporta verdadeiros rios aéreos de vapor que levam umidade para regiões muito distantes. A floresta joga na atmosfera 20 bilhões de toneladas de água por dia, mais do que o volume despejado no Oceano Atlântico pelo rio Amazonas. A umidade é empurrada pelo vento em direção ao oeste, esbarra na Cordilheira dos Andes e segue em direção ao sul do subcontinente.
“Não fosse a língua de vapor que, no verão hemisférico, pulsa da Amazônia para longe, levando chuvas essenciais e outras influências benéficas, muito provavelmente teriam clima inóspito as regiões Sudeste e Sul do Brasil (onde hoje se encontra sua maior infraestrutura nacional) e outras áreas, como o Pantanal e o Chaco, as regiões agrícolas na Bolívia, Paraguai e Argentina”, afirma o relatório.
A seca atual em São Paulo pode já ser resultado da redução da floresta. Da mesma forma, as regiões andinas deverão ser afetadas num futuro próximo, já que o vapor gerado na Amazônia é a matéria-prima de suas geleiras, que já estão sendo reduzidas por conta do aquecimento global e podem sofrer ainda mais por falta de precipitações sobre elas.
Com o título “O Futuro Climático da Amazônia”, o trabalho de Nobre revisa mais de 200 estudos científicos sobre o tema e defende a necessidade de um “esforço de guerra” para que a destruição da floresta não atinja um ponto em que seja impossível evitar sua transformação em savana. Lembra que, além dos 20% que já foram desmatados, outros 20% da cobertura original já estariam em processo de degradação ambiental.
Esse “esforço de guerra” precisa ter como objetivo que o desmatamento seja zerado no curto prazo. Mais do que isso, é necessário e inevitável desenvolver um amplo esforço para replantar e restaurar a floresta destruída, afirma o pesquisador. Na opinião de Nobre, “as elites governantes podem, devem e precisam tomar a dianteira na orquestração da grande mobilização de pessoas, recursos e estratégias que possibilitem recuperar o tempo perdido”.
O atual governo não dá mostras de que pretende enfrentar esse desafio. Em setembro passado, a presidente Dilma Rousseff se recusou a assinar documento que propõe reduzir pela metade a derrubada das florestas do mundo até 2020 e zerar por completo o desmatamento até 2030. A “Declaração de Nova York sobre Florestas”, apresentada durante a Cúpula do Clima, foi assinada por 28 países, segundo a ONU (Organização das Nações Unidas).
Clique aqui e leia a íntegra do relatório de Antonio Nobre, feito para a ARA (Articulación Regional Amazônica).
O programa Fantástico (Rede Globo) abordou o tema em sua edição de 31 de agosto. Clique aqui e assista à reportagem de Marcos Losekann.

Relatório da ONU pede fim de combustíveis de petróleo, gás e carvão até 2100



Da ONU vem a informação de que temos, agora, que salvar o século XXII. Quem pensa que isso é conversa que pode ficar para depois, deve dar uma lida nos textos sobre o relatório de mudanças climáticas. No clima, é preciso fazer algo urgente agora em favor das futuras gerações.
O relatório aprovado pelo Grupo Intergovernamental de Especialistas em Mudança Climática da ONU (IPCC), neste domingo (2), em Copenhague, defende o fim do uso de combustíveis fósseis até 2100 e cortes substanciais do uso até 2050.
Combustíveis fósseis são os responsáveis pelo emissões de gases de efeito estufa que aquecem o planeta.O relatório é claro: o culpado pela elevação da temperatura da Terra é do homem.
Embora o relatório do IPCC não estipule metas, o objetivo da ONU é limitar a elevação da temperatura da Terra em 2ºC até 2100. De acordo com o documento, há viabilidade econômica para evitar que isso ocorra: o impacto representaria o comprometimento de apenas 0,06% a cada ano no PIB global.
O secretário-geral Ban Ki-moon, descreveu o relatório do IPCC como a avaliação mais abrangente das mudanças climáticas já elaborado e pede urgência e mobilização mundial pelo combate aos gases de efeito estufa. “Os líderes devem agir. O tempo não está do nosso lado”, disse ele.
Em 2015, representantes dos principais países devem se reunir na Conferência das Nações Unidas das Partes sobre Mudança Climática (COP21) de Paris. A esperança é que finalmente a assinatura de um acordo global sobre redução das emissões em 2015 resultem em ações concretas e imediatas para conter o aquecimento global.
No Brasil estamos entrando na contramão. Basta dar uma olhada nas reportagens que o Globo trouxe domingo e segunda sobre como o Brasil tem subsidiado do uso do carro e dos combustíveis fósseis. O governo incentiva as emissões de gases de efeito estufa, com sua política de incentivo ao carro e à gasolina, como se não houvesse amanhã. O amanhã pode estar mais perto do que se imagina.

A estratégia do governo contra o desmatamento da Amazônia se esgotou?



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Vista área da floresta amazônica em Altamira, Pará (Foto: Mario Tama/Getty Image)
A queda das taxas de desmatamento da Amazônia é a maior vitrine das políticas ambientais do Brasil. Ninguém questiona o sucesso dessa política. Em 2004, mais de 27 mil quilômetros quadrados de florestas foram derrubados. Uma década depois, essa taxa está em 5 mil quilômetros quadrados por ano. Porém, desde 2009 o ritmo das sucessivas quedas vem diminuindo, sugerindo uma estabilização do desmatamento anual na Amazônia. Em 2013, a taxa até mesmo aumentou, e há o temor que volte a aumentar em 2014. Será que a estratégia para combater o desmatamento da Amazônia se esgotou?
Uma nova pesquisa publicada na semana passada na revista científica PNAS investigou essa situação. O estudo cruza os dados oficiais do desmatamento da Amazônia, monitorados pelo Inpe, com os setores censitários do IBGE. Como os setores são menores do que municípios, é possível criar um quadro mais detalhado do que está acontecendo na Amazônia, identificando o tipo de propriedade que está ou não desmatando: se são grandes fazendeiros, assentamentos da reforma agrária, desmatamento ilegal, entre outros. Ao analisar esses setores, a pesquisa identificou que todos os tipos de propriedades reduziram o desmatamento. Mas a queda nas grandes propriedades foi proporcionalmente muito maior do que nas pequenas, fazendo com que o papel do desmatamento de pequenos produtores aumentasse.
Javier Godar, pesquisador do Stockholm Environment Institute, da Suécia, e um dos autores do estudo, explica que as grandes propriedades ainda são as que mais desmatam. Mas a porcentagem dos pequenos produtores aumentou. Essa mudança é simples de explicar. Uma parte muito importante da estratégia brasileira para controlar o desmatamento foi a política de comando e controle. Monitorar o desmatamento por satélite, fiscalizar a derrubada de árvores e punir. "O foco do governo com controle e punição foi muito mais efetivo com os grandes proprietários. É mais fácil e mais barato mandar a fiscalização para uma grande propriedade que desmata muito do que para vários pequenos produtores que, individualmente, desmatam pouco", diz Godar.
Segundo ele, essa estratégia funcionou bem enquanto o desmatamento era muito alto. Mas a política começa a dar sinais de cansaço. "Focar nos municípios que mais desmatam foi uma boa ideia, mas agora o desmatamento está mais pulverizado, em áreas que não são detectadas pelos satélites". Além disso, Godar identifica uma mudança no contexto da Amazônia. Segundo ele, muita coisa mudou na região em dez anos: há mais infraestrutura, como estradas e barragens, houve uma mudança na legislação que aumentou as possibilidades do desmatamento legalizado, e a Moratória da Soja, que impedia o uso de áreas desmatadas para plantar, acabará no ano que vem. Todo esse contexto dificulta a meta brasileira de reduzir em 80% o desmate até 2020.
 
Desmatamento anual da Amazônia segundo o sistema Prodes, do Inpe. O desmatamento caiu de mais de 27 mil km2, em 2004, para cerca de 5,8 mil km2 em 2013 (Foto: Reprodução / Inpe)
O Ministério do Meio Ambiente (MMA), no entanto, discorda desse diagnóstico. Francisco Oliveira, diretor do Departamento de Políticas de Combate ao Desmatamento do MMA, acredita que a estratégia do governo ainda está funcionando e que os dados do Inpe não indicam uma estabilidade das taxas anuais de desmate. "Nós não olhamos para os dados do desmatamento só nos últimos anos. É preciso ver desde 2004. Claro que nos anos mais recentes as quedas não são tão acentuadas, mas o que nós estamos vendo em campo, nas fiscalizações, indica que os dados de 2014 mostrarão nova queda no desmatamento, mantendo a redução", diz.
Para Oliveira, as ações de comando e controle ainda são efetivas no combate ao desmatamento. Ele cita uma recente operação na região da BR-163, no Pará, onde o governo identificou uma relação entre garimpos ilegais e desmatamento. "O ouro extraído de forma ilegal financia as atividades de grilagem e desmatamento na BR-163, na região de Novo Progresso. Por isso, concluímos uma grande operação no final de agosto, junto com a Polícia Federal e o Exército, desmantelando uma quadrilha de crime organizado e prendendo criminosos. Só com essa ação, conseguimos reduzir em 65% o desmatamento naquela região".
Um dos pontos que o MMA concordou com os resultados da pesquisa é na pulverização dos desmatamentos. Segundo Oliveira, os desmatadores ilegais "espalham" os desmatamentos para burlar o sistema, já que o sistema Deter, que monitora a Amazônia por satélite, não consegue capturar desmatamentos pequenos. O diretor do MMA explica que o governo está tentando resolver esse problema com parcerias com outros países. Uma delas, com a Índia, permitirá usar um satélite de melhor resolução a cada cinco ou seis dias. Outra, com o Japão, colocará a disposição um satélite que enxerga através de nuvens, diminuindo as limitações do sistema atual.
O estudo do instituto sueco não pede o fim das políticas de fiscalização. Pelo contrário, elas devem continuar. Mas defende que é hora de colocar outras políticas em prática, para evitar os pequenos desmatamentos. Um dos pontos é a governança. A pesquisa identificou que pelo menos 20% da Amazônia ainda é considerada como "área remota", sem a presença do Estado. Os resultados do estudo mostram que o governo precisa ampliar sua presença na Amazônia, levando apoio à população local e às empresas para que a economia seja mais eficiente.
Outro ponto importante são os incentivos para produzir sem desmatar. O Brasil precisa encontrar uma forma de inserir os pequenos produtores no mercado, de uma forma que seja ao mesmo tempo economicamente viável e que mantenha a floresta em pé. Programas como os que preveem Pagamentos para Serviços Ambientais (PSA) ou créditos para redução do desmatamento (Redd) podem ajudar. Mas Godar faz um alerta. "Não é só pegar um dinheiro aqui e fazer um projeto ali. São várias políticas de incentivos juntas e coordenadas".

Amazônia: Saqueadores de terra pública sonegam R$ 270 milhões por ano só no Pará

Queimada para limpar o solo em desmatamento na Amazônia (Foto: Valter Campanato/ABr)

desmatamento ilegal na Amazônia soma uma série de prejuízos ao país. Além do desastre ambiental de jogar fora recursos naturais, estragar o clima e destruir o ciclo de água. Parte dessa destruição é feita por especuladores que se apropriam de terras públicas, derrubam a floresta para dar uma aparência de atividade produtiva e forjam documentos para vender a área. Uma das maneiras de coibir esse do avanço predatório é a cobrança de um imposto que penaliza quem usa mal a terra.
O Imposto Territorial Rural (ITR) surgiu com uma boa intenção. O ITR deve ser pago anualmente pelos proprietários ou posseiros de terras rurais com base no valor de mercado da terra, no grau de utilização do imóvel e o tamanho da propriedade. Em tese, a taxa seria maior para grandes propriedades com baixa produtividade. Isso levaria a um melhor aproveitamento do solo. Também deveria inibir a ocupação irregular de terras públicas e o desmatamento para especular com a terra. Mas não é o que acontece, segundo um novo estudo do Instituto do Homem e do Meio Ambiente da Amazônia (Imazon). O estudo avaliou a cobrança do imposto em 56% da área desmatada no Pará. Concluiu que são sonegados R$ 270 milhões por ano só no estado do Pará. Os especuladores e grileiros que não pagam o imposto ficam mais livres para saquear terras públicas impunemente.
O pesquisador Paulo Barreto, que coordenou o levantamento, diz que o imposto ainda pode funcionar para reduzir o desperdício de terra. Mas se a cobrança for mais rigorosa. É o que ele explica na entrevista a seguir:
ÉPOCA: Como a especulação com as terras está ligada ao desmatamento na Amazônia?
Paulo Barreto: Ainda existem muitas florestas na Amazônia em terras públicas sem uma destinação. Só o governo federal aponta 38 milhões de hectares de terras não destinadas. Como o governo não toma conta destas áreas apropriadamente, os especuladores ganham dinheiro tomando posse ilegalmente destas terras para vender no futuro. Para sinalizar que a área é ocupada, eles desmatam. Mas como o objetivo é especular, eles não se preocupam eminvestir para tornar a área produtiva. Este é um dos motivos para a existência de cerca de 12 milhões de hectares de pastos sujos (subutilizados) na Amazônia.
ÉPOCA: Por que o Imposto Territorial Rural (ITR) inibe a especulação com as terras?
Barreto: O ITR é apurado com base no valor da terra, no tamanho da propriedade e no grau de uso. O grau de uso é a porção da área utilizável (por exemplo, a área desmatada para pasto) que é efetivamente usada. Se o sujeito desmata para especular e não usa efetivamente a área a alíquota do imposto será mais alta. Pode chegar a 20% do valor da terra para um imóvel maior do que cinco mil hectares e com grau de uso menor do que 30%. Como a fiscalização é ineficaz, o especulador mantém uma grande área pagando um baixo valor (como se fosse produtivo ou sonegando o valor da terra). Assim, ele pode aguardar vários anos pela valorização da terra. A cobrança efetiva do ITR aumentaria o custo de manter uma área grande desmatada sem produzir. Assim, a tendência seria o especulador vender ou arrendar a terra para quem quer de fato produzir ou até abandonar a terra pública que esteja em uma área onde ainda é inviável economicamente produzir.
ÉPOCA: O imposto deveria ser menor para terras com alta produtividade. O que é essa alta produtividade? Isso não induziria o proprietário a desmatar mais para usar uma maior porção de sua terra?
Barreto: Aumentar a produtividade é aumentar a produção na mesma área. Portanto, para pagar uma alíquota menor do ITR, o dono da terra vai se esforçar para produzir mais na área já desmatada. Ou seja, aumentar a produtividade em vez de aumentar a desmatada.
Além disso, o proprietário é isento de pagar ITR das áreas florestadas do imóvel.
ÉPOCA: O estudo foi feito considerando o Pará. A cobrança mais eficaz do ITR teria o mesmo impacto em outros estados da Amazônia Legal?
Barreto: Há vários registros de que a cobrança do ITR é baixa em quase todo o Brasil, especialmente pela defasagem do valor da terra considerado para a fiscalização. Assim, todo o Brasil deveria melhorar a fiscalização com potencial de aumentar muito a arrecadação.
ÉPOCA: Um dos problemas para impor qualquer política na Amazônia é a bagunça fundiária. O ITR teria efeito mesmo num estado onde boa parte das terras está em situação irregular? Como cobrar o imposto sobre uma terra invadida ou grilada?
Barreto: O ITR é cobrando tanto de proprietários que possuem títulos da terra quanto de posseiros, ou seja aqueles que ocupam terras sem ter comprado a terra e sem ter recebido o título do governo. Por isso, muitos posseiros e grileiros fazem questão de pagar o ITR, pois é uma forma de mostrar que a posse tem algum vínculo oficial. Fazer isso até agora tem sido barato, pois tem sido fácil sonegar a informação e pagar um imposto baixo. Portanto, a fiscalização efetiva impactaria os posseiros que já declararam alguma vez o ITR.

ÉPOCA: Alguns produtores rurais podem alegar que não tem condições financeiras para pagar o imposto devido. O que fazer?
Barreto: Os produtores mais pobres já são isentos ou pagam um valor muito baixo de ITR. Por exemplo, os assentamentos de reforma agrária são isentos. E as alíquotas são regressivas conforme o tamanho do imóvel – ou seja, são menores quanto menor é o imóvel. Por exemplo, para imóveis entre 200 e 500 hectares que sejam produtivos, a alíquota é de apenas 0,1% do valor do terra. No caso dos especuladores grandes, o objetivo é de fato tornar o imposto caro. Assim, para evitar pagar um imposto alto eles teriam que investir para aumentar a produtividade ou teriam que vender ou alugar a terra para alguém que quisesse investir e aumentar a produtividade. No caso do invasor de uma área onde ainda é inviável economicamente aumentar a produção, uma consequência da cobrança efetiva seria ele abandonar a área pública, pois deixaria de ser atrativo ser detentor da área sem produzir. Isso seria positivo, pois o governo poderia retomar a área sem ter o custo de processos administrativos ou judiciais para retomar a posse da área ilegalmente ocupada.
ÉPOCA: Boa parte do desmatamento hoje ocorre em assentamentos do Incra ou do Iterpa. A cobrança do ITR faria alguma diferença nesses casos?
Barreto: O ITR não afetaria os assentamentos, pois estes são isentos. Cerca de 30% do desmatamento na Amazônia tem ocorrido nos assentamentos. Assim, a redução de desmatamento ilegal nestas áreas teria que ser conseguida por outros meios como a fiscalização ambiental e pagamentos pela conservação que foram autorizados pelo novo Código Florestal. Resta ainda o governo criar os programas com recursos para estes pagamentos. Parte do ITR arrecadado pelo governo federal  poderia ser alocado para estes pagamentos.

37 milhões abelhas encontradas morto em Ontário, Canadá, após o plantio de OGM grande campo de milho

Milhões de abelhas caiu morto depois de milho OGM foi plantado há algumassemanas atrásem Ontário, Canadá. O apicultor local, Dave Schuit quem produzmel em Elmwood perdeu aproximadamente 37 milhões de abelhas que sãocerca de 600 colméias.

"Uma vez que o milho começou a ser plantado nossas abelhas morreram aosmilhões," disse Schuit. Enquanto muitos apicultores culpam neonicotinóides, ou"neonics." para colônia colapso das abelhas e muitos países UE proibiramneonicotinóides classe de pesticidas, o departamento de agricultura dos EUAfalha a proibição de inseticidas conhecidas como neonicotinóides, fabricado pelaBayer CropScience Inc.

Dois dos pesticidas mais vendidas da Bayer, Imidacloprid e clotianidina, sãoconhecidos por entrar pólen e néctar e podem prejudicar insetos benéficoscomo abelhas. A comercialização dessas drogas também coincidiu com aocorrência de mortes de abelha em larga escala em muitos países europeus enos Estados Unidos.



Usar o Nathan Carey outro agricultor local diz que esta Primavera percebeu quenão havia abelhas suficientes em sua fazendae ele acredita que  uma fortecorrelação entre o desaparecimento de abelhas e inseticida.

No passado, muitos cientistas têm dificuldades para encontrar a causa exata damortandade maciça de, um fenômeno que se referem como "colony collapsedisorder" (CCD). Nos Estados Unidos, por sete anos consecutivos, as abelhasestão em declínio terminal.