Segundo a organização Friends of Animals (FoA), na cidade de Holley, no estado de Nova York, acontece a “Squirrel Slam” (matança do esquilo) um evento anual para angariar fundos, promovido pelo Departamento de Corpo de Bombeiros. O concurso premia os adultos e crianças que matarem os esquilos mais pesados. “Esta é a nossa cidade, vocês não podem nos mudar”, dizia um cartaz de um patrocinador da matança.
Mas a FoA não apenas tenta mudar a mentalidade dos participantes do horrível evento ou dos membros do Corpo de Bombeiros da cidade – a ONG adverte que ”não descansaremos até que a legislação que faz com que todos os concursos de caça de animais sejam proibidos em todo estado de Nova York tenha sido aprovada, para que nenhum animal tenha que morrer.”
“Este tipo de concurso insensibiliza as crianças levando-as a matar e, em seguida, elas se voltam para animais maiores, como cervos”, disse Priscilla Feral, presidente da FoA.
Uma das cenas mais perturbadoras do dia foi a de uma menina andando na rua com uma caixa de pizza cheia de esquilos mortos que ela estava levando para ser pesada pelo Corpo de Bombeiros de Holley. Um pouco depois, adolescentes em um Jeep andavam pela frente e por trás dos manifestantes, agitando os cadáveres dos animais mortos para fora das janelas.
O chefe dos Bombeiros, Pete Hendrickson, disse que está dividido sobre se deve ou não sediar outra matança de esquilo, depois que a ONG entregou mais de 5.500 assinaturas de pessoas de todo o mundo que se opunham ao evento em uma petição online. Os moradores que estavam com a FoA se sentiam envergonhados com o fato de que este episódio esteja colocando Holley no mapa.
Carol Beaton, uma das manifestantes, ergueu seu cartaz que dizia “Apoio aos que levantam fundos sem violência” de um lado e “Os bombeiros salvam vidas, não as tiram”, do outro. ”É de cortar o coração, mas eu sinto como se não fosse parte da solução, mas sim parte do problema”, ela disse à mídia que se reuniu para cobrir o evento controverso, enquanto os caçadores passavam com esquilos mortos em sacos de plástico .
Estima-se que 400 caçadores participaram da “Squirrel Slam” e cada um podia levar seis esquilos, o que chega potencialmente até 2.400 animais mortos. Enquanto os adultos se orgulham de ensinar seus filhos sobre o manuseio de “arma responsável”, se esquecem de ensiná-los sobre o respeito pela vida selvagem e responsabilidade com o meio ambiente.
Mas a FoA não está sozinha no protesto contra concursos de matança de animais. Em Nova York, foram introduzidos no ano passado um projeto de lei no Senado e um na Assembléia que visam por um fim a todas as competições que têm por base atirar e matar animais. Os projetos estão ganhando apoio, mas mais trabalho precisa ser feito.
“Concursos de matança como o Squirrel Slam fornecem um incentivo para crianças e adultos matarem animais para ganhar prêmios – uma atividade perturbadora, irracional que é fora de sintonia com a cultura de Nova York e deve terminar em todo o estado”, disse o senador Tony Avella, que criou uma das propostas.
“Eu acredito que é uma obrigação e honra avançar em uma legislação que irá proteger e manter a beleza e a saúde da fauna do estado”, acrescentou o membro da Assembleia estadual de Nova York, Deborah J. Glick, que apóia o projeto de lei.
No final do evento, Edita Birnkrant, diretora local da FoA, agradeceu aos apoiadores por terem comparecido ao protesto. “Nós temos que fazer isso, temos que colocar este evento no centro das atenções”, disse Birnkrant. “Quando fomos até Albany fazer lobby para os projetos do ano passado, vários políticos nem sabiam sobre estes concursos de matança de animais e que eles eram legais. Isto mostra como podemos fazer mudanças”.
fonte:.anda.jor
Nenhum comentário:
Postar um comentário
verdade na expressão