domingo, 23 de fevereiro de 2014

Animais são vítimas constantes de maus-tratos no Egito

(da Redação)
aya“Os direitos animais não me interessam até que os direitos humanos sejam respeitados”. Esta é a opinião de muitos, se não, da maioria dos egípcios. Os direitos animais são parte integrante dos direitos humanos, porque a violência é um ciclo. A violência contra os animais chegou a um nível assombroso na sociedade. O artigo é do Daily News Egypt.
Em vez de encontrar soluções para o problema, por longos anos, tudo que o governo tem feito foi matar animais abandonados com veneno (estricnina) ou baleados, em algumas ocasiões errando o alvo e disparando várias vezes. De qualquer maneira, o animal sofre uma morte lenta e dolorosa.
Na Escola de Veterinária da Universidade do Cairo, os animais utilizados são tratados com crueldade. Um filhote de burro foi eletrocutado e dois estudantes testemunharam cães vivos sendo jogados de uma janela do terceiro andar da faculdade.
Em locais turístico cavalos e camelos não são alimentados de maneira adequada ou recebem cuidados de saúde, além de serem submetidos a abusos físicos extremos. Trabalhadores exploram o máximo desses seres antes de deixá-los morrerem sozinhos no deserto. Burros são tratados da mesma forma, enquanto transportam mais carga do que suas costas podem suportar. Normalmente, eles são atingidos com pedaços de pau para se mover mais rápido.
“As pessoas tendem a ser criativas em como fazer cachorros abandonados sofrerem, eu mesmo vi alguns deles sendo esfolados vivos”, disse Mohammad Shebl, um ativista de direitos animais da Egyptian Society for Mercy to Animals. Como uma brincadeira, as crianças ateiam fogo na cauda dos gatos e jogam filhotes de cachorros no rio Nilo para que eles se afoguem. Outros métodos de tortura são espancá-los com paus e varas, estrangulá-los com cordas e fios, jogar ácido neles e colocar vidro quebrado em alimentos, rasgando seu estômago.
No jardim zoológico de Gizé, animais são espancados e acorrentados. Eles sofrem de desnutrição em pequenas gaiolas, sujas e fétidas. Doenças se espalham, mesmo entre espécies raras, e muitos parecem severamente deprimidos. Há seis outros zoológicos no Egito, em diferentes províncias, em nenhum deles a condição é melhor do que a de Gizé.
Além dos jardins zoológicos, tem o Circo Nacional Egípcio. Sem comida, de circulação restrita. Os treinadores drogam ou espancam os animais para que eles se tornem submissos. O circo não é lugar adequado para nenhum animal.
Nos matadouros, animais vêem os outros sendo mortos, com a visão e o cheiro do sangue os deixando loucos. Para impedi-los de fugir, os tendões de suas pernas traseiras são esfaqueados e seus olhos são furados.
Em 5 de dezembro de 1979, o Conselho de Bem-Estar Animal na Grã-Bretanha declarou as cinco liberdades para os animais: a liberdade de fome e sede; livre de desconforto; ausência de dor, lesão ou doença; liberdade para expressar comportamento normal e ausência de medo e angústia. Apesar do fato de que há cerca de dez organizações de direitos animais no Egito e campanhas nas mídias sociais, nenhuma dessas liberdades são oficialmente aplicadas no país (na verdade, em nenhum país).
O professor de psicologia social Dr. Amy Carillo diz que “no Egito, as crianças podem estar testemunhando outros abusando de animais e, portanto, sentem que isso é um comportamento apropriado.”
“Os seres humanos podem obter os seus próprios direitos, mas os animais não podem fazer isso”, diz Amina Abaza, ativista e dono de um abrigo. “Eles não têm advogados, não têm polícia, e nem mesmo mãos para se defenderem sozinhos ou língua para exigirem seus direitos.”
O veterinário Dr. Mina George, diz que a solução é a boa educação, implantar valores e princípios desde a infância, e observar o comportamento das crianças. Ele também diz que os veterinários precisam ter interesse nesta questão, e também devem ser organizadas campanhas de sensibilização nos meios de comunicação.
Em termos de economia, é melhor para o governo aplicar programas de castração para reduzir o número de animais abandonados, em vez de gastar milhares e milhares de libras em venenos e balas. Se um país com tanta pobreza como a Índia pode fazer isso, então não é tão caro ou difícil. As organizações privadas não devem ser as únicas a desempenharem este importante papel.
Porém, a ação mais básica é deixá-los em paz e impedir qualquer forma de abuso que possa acontecer. Nascer humano não faz de uma pessoa, humana. Ser humano significa não tratar outras criaturas como se fosse o dono de sua alma.
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