A população humana cresce e a leonina diminui. Ao haver cada vez mais pessoas ocupando territórios reconhecidos como habitats tradicionais de leões na África, o número destes animais diminui. O novo estudo The size of savannah Africa: a lion’s (Panthera leo) view publicado na revista científica Biodiversity and Conservation, alerta para a diminuição de leões de perto de 100 mil para cerca de 32 mil e a perda de 75% do habitat nos últimos 50 anos em África.
O estudo, da responsabilidade de investigadores da Duke University (Estados Unidos), sublinha que o crescimento da população humana levou a esta diminuição de população dos animais nas savanas de África, outrora prósperas, e agora com problemas.
Perto de 100 mil viviam no continente africano. Agora, mesmo quando a densidade populacional é baixa e as áreas são parques nacionais, a espécie está ausente de muitas dessas áreas da região, como se pode ler no relatório. O documento refere que a situação é particularmente terrível na África Ocidental, de que fazem parte países como Guiné-Bissau, Nigéria, Burkina Faso e Senegal.
Pode ler-se no relatório que “as áreas da savana africana com baixa densidade populacional encolheram consideravelmente nos últimos 50 anos e projecções sobre o aumento demográfico sugerem que estas zonas provavelmente diminuirão significativamente nos próximos 40 anos”.
“Utilizando imagens de satélite de alta-resolução e dados de densidade populacional humana, definimos áreas de leões, lugares que provavelmente têm populações de leões residentes”, dizem os investigadores.
Nos últimos anos, a ocupação por populações humanas de territórios reconhecidos como habitats de leões provocou a diminuição do número destes animais, não só porque são impedidos de utilizar estas áreas como vêem os seus zonas de caça e reprodução fragmentados, sublinharam os investigadores.
Cinco países africanos teriam perdido totalemente as suas populações de leões desde 2002, ano em que o estudo começou a ser desenvolvido.
Apenas nove países abrigam pelo menos mil leões atualmente. A Tanzânia detém mais de 40% dos leões existentes no continente africano.
O relatório apela a mais mapeamento e investigação para assegurar a proteção dos leões.
Fonte: Público
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