Dezenas de ursos resgatados de fazendas voltadas para extração de bile
poderão ser despejados do santuário onde estão atualmente, de acordo com o grupo
de resgate animal Animals Asia, que opera no Vietnã. A suspeita é que o diretor
do parque nacional, onde fica o santuário, e sua filha estejam envolvidos no
esquema, cuja finalidade é, supostamente, transformar a região num ponto de
ecoturismo. As informações são da NBC News.
O pedido de despejo veio do Ministério da Agricultura, que por sua vez
afirmou que havia sido o Ministério da Defesa do Vietnã quem emitiu tal ordem. A
Animals Asia lançou uma campanha na terça-feira. “O apoio que o Vietnã estava
oferecendo ao centro de resgate está sendo minado pelo diretor do parque e sua
influência no Ministério da Defesa”, denuncia Tuan Bendixsen, do grupo em defesa
aos animais, em comunicado à imprensa. “Esta não é uma questão de defesa, é uma
questão de lucro”.
O grupo disse que Dinh Tien, diretor do Parque Nacional Tam Dao, já havia
pressionado o ministério a declarar a área como sendo de “importância nacional
de defesa”. O centro de resgate está dentro do parque nacional.
“Acredita-se que ele pretenda entregar a terra para a empresa Tam Dao Giang
Truong Joint Stock Company, onde sua filha possui investimentos”, afirma o
representante da Animals Asia. “A empresa apresentou uma proposta para
desenvolver um parque de ecoturismo e hotéis.”
“Pediram-nos para realocar os animais, mas demorará ao menos dois anos para
que um novo santuário seja construído”, disse o fundador da Animal Asia, Jill
Robinson, à rede NBC News.
A grande preocupação é que se realmente esses 104 ursos saiam de onde estão
sem que um novo local esteja pronto, eles voltarão a viver em jaulas como as que
eles eram mantidos nas fazendas de extração de bile.
“Transferir nossos ursos da vida ao ar livre e de seus grupos já
estabelecidos para colocá-los de volta em jaulas e em um local novo trará
consequências muito negativas no comportamento e no bem-estar deles”, explica a
veterinária do Animals Asia, Kirsty Officer. “Isso desmanchará muito do trabalho
que temos feito para que eles se sintam seguros e relaxados em nosso
santuário.”
“Um exemplo é a jovem ursa Sassy”, acrescenta Annemarie Weegenaar, gerente do
grupo responsável por cuidar dos ursos. “Sempre que há ruídos altos ou
alterações no ambiente dela, como novos ursos entrando em sua toca, ela fica
abatida. O apetite dela diminui rapidamente e ela fica assim por longos
períodos. Estamos há dois anos trabalhando para dessensibilizá-la, mas neste
momento colocá-la em uma jaula e mudar o mundo dela de lugar causará um estresse
inimaginável.”
A Animals Asia estima que mais de 10 mil ursos ainda estejam aprisionados em
fazendas na China, algumas vezes por até 30 anos, enquanto a bile é extraída por
meio de cateteres. No Vietnã, a estimativa é de 2.400 ursos.
A bile dos ursos possui um ácido que a medicina tradicional chinesa considera
como medicinal e indicado para várias doenças, inclusive para proteger o
fígado.
“Estamos preocupados em garantir que o centro de resgate não seja fechado e
mudado de lugar”, disse Robinson. “O bem-estar de 104 ursos, que já sofreram o
bastante, seria seriamente comprometido e as doações que chegam a US$ 2 milhões
seriam perdidas.”
fonte: anda
“Pediram-nos para realocar os animais, mas demorará ao menos dois anos para que um novo santuário seja construído”, disse o fundador da Animal Asia, Jill Robinson, à rede NBC News.
A grande preocupação é que se realmente esses 104 ursos saiam de onde estão sem que um novo local esteja pronto, eles voltarão a viver em jaulas como as que eles eram mantidos nas fazendas de extração de bile.
“Transferir nossos ursos da vida ao ar livre e de seus grupos já estabelecidos para colocá-los de volta em jaulas e em um local novo trará consequências muito negativas no comportamento e no bem-estar deles”, explica a veterinária do Animals Asia, Kirsty Officer. “Isso desmanchará muito do trabalho que temos feito para que eles se sintam seguros e relaxados em nosso santuário.”
“Um exemplo é a jovem ursa Sassy”, acrescenta Annemarie Weegenaar, gerente do grupo responsável por cuidar dos ursos. “Sempre que há ruídos altos ou alterações no ambiente dela, como novos ursos entrando em sua toca, ela fica abatida. O apetite dela diminui rapidamente e ela fica assim por longos períodos. Estamos há dois anos trabalhando para dessensibilizá-la, mas neste momento colocá-la em uma jaula e mudar o mundo dela de lugar causará um estresse inimaginável.”
A Animals Asia estima que mais de 10 mil ursos ainda estejam aprisionados em fazendas na China, algumas vezes por até 30 anos, enquanto a bile é extraída por meio de cateteres. No Vietnã, a estimativa é de 2.400 ursos.
A bile dos ursos possui um ácido que a medicina tradicional chinesa considera como medicinal e indicado para várias doenças, inclusive para proteger o fígado.
“Estamos preocupados em garantir que o centro de resgate não seja fechado e mudado de lugar”, disse Robinson. “O bem-estar de 104 ursos, que já sofreram o bastante, seria seriamente comprometido e as doações que chegam a US$ 2 milhões seriam perdidas.”
fonte: anda
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