Por Robson Fernando de Souza (da Redação)
A indisponibilidade de alimento está matando de fome milhares de frangos em granjas pelo estado de Santa Catarina. Por causa da queda na safra de milho e soja, inúmeros frangos estão morrendo à inanição, e os sobreviventes estão praticando canibalismo, agredindo-se uns aos outros no desespero pela sobrevivência.
O acontecido vem ocorrendo por uma insensatez dos latifundiários que produzem milho e soja para os granjeiros: a safra caiu em função da seca na região, e os produtores estão exportando os grãos e deixando de atender as demandas regionais.
Na região de Maravilha (SC), quase cinco mil frangos já morreram, e mais de 30 mil devem ser exterminados, já que estão desesperados promovendo canibalismo e sofrendo feridas por isso. Até o último dia 15, havia animais passando fome desde quatro dias antes.
Essa tragédia reflete uma das facetas do modelo perverso existente de agricultura latifundiária para exportação, casada com a pecuária. Os animais explorados pela pecuária em sistemas não extensivos dependem de grãos para viver suas curtas e precárias vidas, mas são preteridos pelos latifundiários da soja, do milho e de outros alimentos vegetais quando a safra seca e surge o dilema entre alimentar os animais na pecuária brasileira e exportar o produto das plantações.
É um modelo agrícola totalmente descompromissado com a vida animal humana e não humana e com o meio ambiente. Além de destruir ecossistemas e ameaçar pessoas que se posicionam contra o crescimento do agronegócio, brinca com a vida dos bilhões de animais explorados em fazendas, granjas e fazendas-fábricas, tudo isso pela manutenção ou aumento dos lucros.
Situações assim não aconteceriam se a humanidade aderisse ao veganismo e as leis considerassem os animais não humanos sujeitos de direitos básicos, como o de não ser propriedade humana.
fonte: anda
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