Transformando vidas
Por Josiele Souza (da Redação)
O abandono de animais, principalmente de cães, é uma triste realidade presente em todas as cidades. A motivação para o ato pode ocorrer por diversas razões, entre elas a falta de disciplina e educação, e até agressividade do animal. Além de ser um crime, não há motivos que justifiquem um abandono. Mas atitudes podem ajudar a melhorar o relacionamento com seu melhor amigo. Popularmente conhecida como adestramento, a educação do comportamento é uma ótima aliada na resolução dessas situações.
Com a educação é possível ensinar os cachorros a serem mais calmos, responsáveis e atendam aos comandos do seu tutor. Porém é necessário salientar que há modalidades que destacam o reforço negativo, ou seja, utilizam o medo e a agressão para que o animal aprenda os comandos. O reforço positivo, ao contrário, usa estímulos positivos e recompensas, valorizando as atitudes desejadas, sempre visando a qualidade de vida dele.
Exemplo de que a educação do comportamento funciona, sem deixar que o animal perca sua identidade, é a realizada com pit bulls. Massacrados pela grande mídia e pela sociedade, os pits são naturalmente dóceis. Mas por serem fortes e muito inteligentes, são geralmente usados para atividades que reforçam o preconceito existente, como nas rinhas.
Os pit bulls são de origem europeia e foram criados no século XIX. A principal diversão da sociedade naquele período eram os jogos sangrentos, principalmente entre os animais. Com o banimento da principal raça usada para atacar touros nas arenas, os criadores voltaram suas atenções para a criação de cães fortes destinados as brigas. Assim, surgiu os Bull and Terriers, o que mais tarde derivou-se em Staffordishire Bull Terrier, o Bull Terrier, o Irish Staffordishire Bull Terrier e o Pit Bull.
Max Azevedo é educador canino há 10 anos e já trabalhou muito com pit bulls. O profissional destaca que não é a raça que define o comportamento do animal, mas sim o temperamento do cão (dominante, submisso,…) e a metodologia usada por quem vai educar. “Os pit bulls sofrem preconceito. Muita gente resolve tê-los como auto-afirmação e acabam ensinando o que não deveria para os animais. Os cães são como espelhos, eles devolvem exatamente o que a gente dá para eles”, afirma Max.
De acordo com ele, os pit bulls possuem três qualidades que definem bem a personalidade deste animal, mas em mãos erradas podem virar grandes problemas:”Primeiro: os pits são cães de aprendizado muito rápido. Segundo: agilidade e força desproporcional ao tamanho. Não é difícil ver um pit bull de 20 quilos e 40 centímetros pulando muros de mais de dois metros. E terceiro: esses cães são muito fiéis aos seus tutores”.
A história de Max com os pit bulls ultrapassa a zona de trabalho, envolvendo a vida pessoal. Há cerca de 10 anos, quando Azevedo cursava Medicina Veterinária, sofreu um acidente sério e entrou em depressão. Depois disso não sentia mais vontade de viver. Queria apenas acabar com a dor e dar um fim naquele sofrimento. “Um dia, sem me dar conta, fui para a sacada, morava no 10º andar. Estava subindo no parapeito, a Aloha (minha companheira pit bull) segurou na calça de uma das pernas e puxou, claro que a calça não aguentou e rasgou. Ela foi na outra, pegou-me pela perna e puxou até dentro de casa. Quando eu senti a dor, acordei, olhei pra ela, os olhos brilhavam, como se ela estivesse chorando, pedindo-me para não fazer aquilo. E eu lembro até hoje, a sensação de ouvi-la falando: ‘Não faz isso, eu preciso de ti, só tenho você pra cuidar de mim’”, desabafa.
Assim como aconteceu com Max, inúmeras pessoas já viveram alguma situação que o animal os ajudou. Os animais não-humanos amam os animais-humanos de forma incondicional. Em troca, muitos não valorizam essa dedicação. Se você tem ou conhece alguém que tem um “cão problema” primeiro reavalie seus atos ou os atos do tutor do cachorro. Lembre-se: os animais são como espelhos.
fonte: anda
O abandono de animais, principalmente de cães, é uma triste realidade presente em todas as cidades. A motivação para o ato pode ocorrer por diversas razões, entre elas a falta de disciplina e educação, e até agressividade do animal. Além de ser um crime, não há motivos que justifiquem um abandono. Mas atitudes podem ajudar a melhorar o relacionamento com seu melhor amigo. Popularmente conhecida como adestramento, a educação do comportamento é uma ótima aliada na resolução dessas situações.
Com a educação é possível ensinar os cachorros a serem mais calmos, responsáveis e atendam aos comandos do seu tutor. Porém é necessário salientar que há modalidades que destacam o reforço negativo, ou seja, utilizam o medo e a agressão para que o animal aprenda os comandos. O reforço positivo, ao contrário, usa estímulos positivos e recompensas, valorizando as atitudes desejadas, sempre visando a qualidade de vida dele.
Exemplo de que a educação do comportamento funciona, sem deixar que o animal perca sua identidade, é a realizada com pit bulls. Massacrados pela grande mídia e pela sociedade, os pits são naturalmente dóceis. Mas por serem fortes e muito inteligentes, são geralmente usados para atividades que reforçam o preconceito existente, como nas rinhas.
Os pit bulls são de origem europeia e foram criados no século XIX. A principal diversão da sociedade naquele período eram os jogos sangrentos, principalmente entre os animais. Com o banimento da principal raça usada para atacar touros nas arenas, os criadores voltaram suas atenções para a criação de cães fortes destinados as brigas. Assim, surgiu os Bull and Terriers, o que mais tarde derivou-se em Staffordishire Bull Terrier, o Bull Terrier, o Irish Staffordishire Bull Terrier e o Pit Bull.
Max Azevedo é educador canino há 10 anos e já trabalhou muito com pit bulls. O profissional destaca que não é a raça que define o comportamento do animal, mas sim o temperamento do cão (dominante, submisso,…) e a metodologia usada por quem vai educar. “Os pit bulls sofrem preconceito. Muita gente resolve tê-los como auto-afirmação e acabam ensinando o que não deveria para os animais. Os cães são como espelhos, eles devolvem exatamente o que a gente dá para eles”, afirma Max.
De acordo com ele, os pit bulls possuem três qualidades que definem bem a personalidade deste animal, mas em mãos erradas podem virar grandes problemas:”Primeiro: os pits são cães de aprendizado muito rápido. Segundo: agilidade e força desproporcional ao tamanho. Não é difícil ver um pit bull de 20 quilos e 40 centímetros pulando muros de mais de dois metros. E terceiro: esses cães são muito fiéis aos seus tutores”.
A história de Max com os pit bulls ultrapassa a zona de trabalho, envolvendo a vida pessoal. Há cerca de 10 anos, quando Azevedo cursava Medicina Veterinária, sofreu um acidente sério e entrou em depressão. Depois disso não sentia mais vontade de viver. Queria apenas acabar com a dor e dar um fim naquele sofrimento. “Um dia, sem me dar conta, fui para a sacada, morava no 10º andar. Estava subindo no parapeito, a Aloha (minha companheira pit bull) segurou na calça de uma das pernas e puxou, claro que a calça não aguentou e rasgou. Ela foi na outra, pegou-me pela perna e puxou até dentro de casa. Quando eu senti a dor, acordei, olhei pra ela, os olhos brilhavam, como se ela estivesse chorando, pedindo-me para não fazer aquilo. E eu lembro até hoje, a sensação de ouvi-la falando: ‘Não faz isso, eu preciso de ti, só tenho você pra cuidar de mim’”, desabafa.
Assim como aconteceu com Max, inúmeras pessoas já viveram alguma situação que o animal os ajudou. Os animais não-humanos amam os animais-humanos de forma incondicional. Em troca, muitos não valorizam essa dedicação. Se você tem ou conhece alguém que tem um “cão problema” primeiro reavalie seus atos ou os atos do tutor do cachorro. Lembre-se: os animais são como espelhos.
fonte: anda
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