Dono do imóvel disponibilizou propriedade para aluguel nesta sexta (19).
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O presidente da comissão de defesa dos animais, o vereador Aluísio Freita, informou ao RJ TV 1º edição desta sexta-feira (19) que a comissão da Câmara de Vereadores vai solicitar a cassação definitiva do alvará de funcionamento do Pet Shop Quatro Patas, que fica na Rua Pernambuco, Engenho de Dentro, no Subúrbio do Rio, onde foram registradas cenas de agressões aos bichos.
A Prefeitura do Rio determinou a suspensão temporária do alvará de funcionamento do pet shop. Na tarde desta quinta-feira (18), policiais civis e fiscais da Secretaria de Promoção e Defesa dos Animais estiveram na loja, que já estava fechada. Com base nos vídeos das agressões, a prefeitura tomou a medida.
Agentes da Vigilância Sanitária também estiveram no local nesta sexta-feira (19), para fazer uma vistoria, que nunca havia sido feita, segundo eles. Como o local estava fechado, no entanto, eles não conseguiram entrar para realizar o procedimento.
Letreiro no lixo
O letreiro do Pet Shop Quatro Patas amanheceu nesta sexta-feira (19) no lixo. Conforme mostrou reportagem do RJ TV 1º edição, ele foi arrancado e jogado no lixo durante a madrugada pelos donos do imóvel.
O letreiro do Pet Shop Quatro Patas amanheceu nesta sexta-feira (19) no lixo. Conforme mostrou reportagem do RJ TV 1º edição, ele foi arrancado e jogado no lixo durante a madrugada pelos donos do imóvel.
Para realizar uma inspeção no local, a Vigilância Sanitária chegou ao pet shop nesta sexta por volta de 10h25, mas, o estabelecimento estava fechado, o que impediu que a fiscalização fosse realizada. A Polícia Militar também estava no local por volta deste horário.
Aluguel do imóvel
O imóvel onde funcionava o Pet Shop Quatro Patas foi disponibilizado para aluguel na manhã desta sexta-feira (19). O filho do dono da propriedade, Fabiano da Costa, informou que precisou vigiar o local durante toda a madrugada para evitar que a loja fosse destruída.
O imóvel onde funcionava o Pet Shop Quatro Patas foi disponibilizado para aluguel na manhã desta sexta-feira (19). O filho do dono da propriedade, Fabiano da Costa, informou que precisou vigiar o local durante toda a madrugada para evitar que a loja fosse destruída.
“Tive que ficar aqui de prontidão na madrugada toda. Peço, por favor, para que as pessoas não destruam este imóvel que meu pai tanto lutou e batalhou para conseguir. Eles precisam entender que era um patrimônio alugado, que nós não temos nada com isso e nem sabíamos que rolava agressão aqui dentro”, declarou.
Segundo Fabiano, ele e o pai não tinham qualquer contato com a dona do pet shop, Solange Barroso, entretanto, muitas pessoas estiveram no local nesta madrugada para pichar e quebrar o imóvel. Conforme informou, a cobrança do aluguel era realizada pelo intermédio de uma advogada.
Donos de cães revoltados
Donos de cães agredidos, clientes e vizinhos do Pet Shop Quatro Patas, que fica na Rua Pernambuco, se reuniram revoltados, na tarde desta quinta-feira (18), em frente a loja onde uma testemunha gravou imagens de maus-tratos contra os animais. Eles pediram por justiça e explicações dos donos do estabelecimento, que funcionava há três anos.
A gravação foi exibida no RJTV. Ao término do telejornal, houve uma mobilização na rua onde fica a loja. A polícia foi chamada para fazer segurança no local. Equipes da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) revistaram o estabelecimento, com a presença de um veterinário da Prefeitura. O caso foi registrado na 26ª DP (Todos os Santos).
A professora Ana Paula Siqueira Santos estava aos prantos. Ela é dona da primeira cadela que aparece nas imagens, um vira-lata, chamada Pink. “Nunca desconfiei, a dona é um amor, foi ela que me deu a cachorra”, contou ela, chorando. “Eu vou acionar eles judicialmente”, completou.
saiba mais
As imagens foram feitas há cinco meses. A testemunha, que não foi identificada e gravou o vídeo, ficou indignada com as agressões. De acordo com ela, os maus-tratos eram constantes e os animais chegavam a gritar de dor. Alguns até saíam machucados e traumatizados com as pancadas. Nas imagens, o filho da dona da loja foi identificado como o agressor dos bichos. Ele pode responder por maus-tratos aos animais, um crime previsto por lei federal, com pena de três meses a um ano de prisão e multa.
SurpresaProcurada pela equipe do RJTV, a dona do estabelecimento, Solange Barroso, ficou surpresa com as denúncias. Ela disse que nunca recebeu reclamações de maus-tratos.
Solange reconheceu o agressor dos animais como o próprio filho — Daniel, de 20 anos. No entanto, mesmo aparecendo nas imagens, ela negou que soubesse das agressões. Na falta de funcionários, ele chegou a trabalhar na loja alguns meses atrás. Atualmente, tem a função de levar e buscar os cachorros em casa.
"Isso não era do meu conhecimento. São coisas que acontecem no momento e que não dar você controlar. É so isso que posso dizer. Pedir mil desculpas porque realmente, eu não tenho nem o que dizer", contou Solange.
Sequência de socosAs agressões também aconteceram com cachorros pequenos e tranquilos. As cenas mais chocantes, no entanto, são com um cachorro da raça labrador. O animal, mesmo dominado, recebe uma sequência de socos na cabeça. Ele apanha praticamente durante todo o banho, que dura 15 minutos.
Pelas imagens, é possível observar que o funcionário usa uma garrafa de plástico para agredir o cachorro. Em seguida ele pega outro frasco de xampu para bater no animal. As agressões não param. O cachorro não reage, está aparentemente calmo, mas continua recebendo socos.
Como denunciar
Quem quiser denunciar os maus tratos, pode tomar três atitudes: procurar a delegacia mais próxima ou Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente, em São Cristóvão, na Zona Norte da cidade, além de poder ligar para o número 1746. Após a denúncia, agentes da Secretaria especial de Defesa dos Animais vão até o local para fazer uma vistoria. Caso a denúncia seja comprovada, o dono da loja pode ser notificado e o pet shop tem um prazo para se adequar. No entanto, se o erro persistir, o alvará de funcionamento do estabelecimento pode ser suspenso.
Quem quiser denunciar os maus tratos, pode tomar três atitudes: procurar a delegacia mais próxima ou Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente, em São Cristóvão, na Zona Norte da cidade, além de poder ligar para o número 1746. Após a denúncia, agentes da Secretaria especial de Defesa dos Animais vão até o local para fazer uma vistoria. Caso a denúncia seja comprovada, o dono da loja pode ser notificado e o pet shop tem um prazo para se adequar. No entanto, se o erro persistir, o alvará de funcionamento do estabelecimento pode ser suspenso.
fonte:g1.globo
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