itação ao especismo
Padre inferioriza animais em texto de jornal de paróquia católica de São Paulo
18 de outubro de 2012 às 15:05
Por Robson Fernando de Souza (da Redação)
Em texto profundamente especista, na página 6 do Jornal São Judas, da Paróquia Santuário São Judas Tadeu em São Paulo, publicado no último dia 10 de outubro, o padre Gilberto Heleno incitou a discriminação moral contra os animais não humanos, considerando-os inferiores aos olhos de Deus em comparação aos seres humanos.
Seu artigo já começa com uma indignação reacionária, em que ele comenta que ficou “de queixo caído” ao ver uma charge, também reacionária, da Folha de S. Paulo do último 10 de setembro em que um cão “lamenta” estar sendo tratado com a mesma dignidade de um ser humano.
Inspirado na charge, o padre afirma que o antiespecismo é “um equívoco sem precedentes”. E, ao falar do enrijecimento das penas contra crimes de violência contra animais pela reforma do Código Penal, cai na mesma falsa dicotomia que formadores de opinião especistas vêm usando: criticar esse enrijecimento como se anulasse a possibilidade de enrijecer também o abandono e omissão de socorro de crianças humanas.
Em seguida, usa ensinamentos de São Tomás de Aquino para tentar justificar religiosamente o especismo, já que, segundo a doutrina católica, os animais não humanos, ao contrário dos humanos, não teriam alma e portanto teriam sua existência aniquilada ao morrerem. Desconhece ele o que Tom Regan afirma no livro Jaulas Vazias: se um animal não tem alma e por isso terá sua existência encerrada na sua morte corporal, esse é um motivo a mais para fazê-lo viver o melhor possível sua única vida.
O padre segue insistindo na tese de que animais não humanos seriam seres inferiores ao falar de “distinguir a diferença entre um cão e um ser humano” e manifestar a vontade de discriminar pessoas que tratam animais domésticos com a mesma dignidade com que tratariam filhos humanos.
Fala a seguir: “Qualquer cão, por mais engraçadinho que seja, será sempre inferior à pessoa humana, simplesmente porque o ser humano é feito a imagem e semelhança de Deus. Jesus
veio ao mundo não por causa de um cachorro, por melhor que este cachorro seja, mas sim por causa do ser humano, por pior que este ser humano seja”, insinuando que Deus trata os animais não humanos como seres inferiores e incondicionalmente lhes reserva um tratamento por parte dos humanos sempre pior e mais precário do que o dado aos seres humanos.
Seu texto encerra dizendo: “Então, vamos combinar: bicho é bicho e gente é gente”, como se houvesse alguma necessidade de tratar mal os animais não humanos, negar-lhes direitos básicos e nunca acolhê-los com a mesma dignidade que se acolhe seres humanos desamparados.
Textos assim desmerecem o difícil trabalho que os protetores animais vêm tendo, na tentativa de diminuir os danos causados por gente que nutre esse mesmo pensamento especista e disciriminatório. Não agrada nem um pouco ao protetor, que investe grande parte de sua vida e renda no esforço de salvar a vida e dar dignidade a cães, gatos e outros animais, ser discriminado “em nome de Deus” por um texto que segrega e diz que animais “devem” continuar sendo tratados de maneira inferior aos humanos.
Esse tipo de incitação à discriminação de animais e de seus protetores deve ser denunciado e repudiado sempre que aparecer. Protestos devem ser enviados ao e-mail saojudas@saojudas.org.br. Uma forma mais criativa de protestar é encaminhando, à página de pedido de oração no site da Paróquia Santuário São Judas Tadeu, um pedido para orarem pelos animais que são maltratados e abandonados por pessoas que pensam parecido com o padre Gilberto Heleno – que os animais não humanos são seres inferiores aos olhos de Deus e jamais deveriam ser tratados com a mesma dignidade de seres humanos.
fonte: anda
Em texto profundamente especista, na página 6 do Jornal São Judas, da Paróquia Santuário São Judas Tadeu em São Paulo, publicado no último dia 10 de outubro, o padre Gilberto Heleno incitou a discriminação moral contra os animais não humanos, considerando-os inferiores aos olhos de Deus em comparação aos seres humanos.
Seu artigo já começa com uma indignação reacionária, em que ele comenta que ficou “de queixo caído” ao ver uma charge, também reacionária, da Folha de S. Paulo do último 10 de setembro em que um cão “lamenta” estar sendo tratado com a mesma dignidade de um ser humano.
Inspirado na charge, o padre afirma que o antiespecismo é “um equívoco sem precedentes”. E, ao falar do enrijecimento das penas contra crimes de violência contra animais pela reforma do Código Penal, cai na mesma falsa dicotomia que formadores de opinião especistas vêm usando: criticar esse enrijecimento como se anulasse a possibilidade de enrijecer também o abandono e omissão de socorro de crianças humanas.
Em seguida, usa ensinamentos de São Tomás de Aquino para tentar justificar religiosamente o especismo, já que, segundo a doutrina católica, os animais não humanos, ao contrário dos humanos, não teriam alma e portanto teriam sua existência aniquilada ao morrerem. Desconhece ele o que Tom Regan afirma no livro Jaulas Vazias: se um animal não tem alma e por isso terá sua existência encerrada na sua morte corporal, esse é um motivo a mais para fazê-lo viver o melhor possível sua única vida.
O padre segue insistindo na tese de que animais não humanos seriam seres inferiores ao falar de “distinguir a diferença entre um cão e um ser humano” e manifestar a vontade de discriminar pessoas que tratam animais domésticos com a mesma dignidade com que tratariam filhos humanos.
Fala a seguir: “Qualquer cão, por mais engraçadinho que seja, será sempre inferior à pessoa humana, simplesmente porque o ser humano é feito a imagem e semelhança de Deus. Jesus
veio ao mundo não por causa de um cachorro, por melhor que este cachorro seja, mas sim por causa do ser humano, por pior que este ser humano seja”, insinuando que Deus trata os animais não humanos como seres inferiores e incondicionalmente lhes reserva um tratamento por parte dos humanos sempre pior e mais precário do que o dado aos seres humanos.
Seu texto encerra dizendo: “Então, vamos combinar: bicho é bicho e gente é gente”, como se houvesse alguma necessidade de tratar mal os animais não humanos, negar-lhes direitos básicos e nunca acolhê-los com a mesma dignidade que se acolhe seres humanos desamparados.
Textos assim desmerecem o difícil trabalho que os protetores animais vêm tendo, na tentativa de diminuir os danos causados por gente que nutre esse mesmo pensamento especista e disciriminatório. Não agrada nem um pouco ao protetor, que investe grande parte de sua vida e renda no esforço de salvar a vida e dar dignidade a cães, gatos e outros animais, ser discriminado “em nome de Deus” por um texto que segrega e diz que animais “devem” continuar sendo tratados de maneira inferior aos humanos.
Esse tipo de incitação à discriminação de animais e de seus protetores deve ser denunciado e repudiado sempre que aparecer. Protestos devem ser enviados ao e-mail saojudas@saojudas.org.br. Uma forma mais criativa de protestar é encaminhando, à página de pedido de oração no site da Paróquia Santuário São Judas Tadeu, um pedido para orarem pelos animais que são maltratados e abandonados por pessoas que pensam parecido com o padre Gilberto Heleno – que os animais não humanos são seres inferiores aos olhos de Deus e jamais deveriam ser tratados com a mesma dignidade de seres humanos.
fonte: anda
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