segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Nelson Motta fala do sucesso de gatos na música, cinema e teatro


Nelson Motta costuma dizer que ele é o humano doméstico de seu gato, Max. Max não topou aparecer na coluna, mas Nelson fala do sucesso de outros gatos na música, no cinema e no teatro.
Cientificamente batizado de Félix Catus, o popular gato doméstico começa sua história cultuado como divindade do Egito antigo, mas o gato favorito de Cleópatra era Marco Antonio.
De deuses, os gatos passaram a demônios na Idade Média, quando foram associados à magia negra, malditos e perseguidos. Enquanto isso, os ratos espalhavam a peste bubônica que dizimou metade da Europa medieval. Mas os gatos riram por último.
Glorificados por um dos maiores poetas do século 20, o irlandês TS Eliott, eles inspiraram o musical Cats, um dos maiores sucessos da história da Broadway.
No cinema, o gato Félix foi o primeiro a fazer sucesso com crianças e adultos. Mas a ascensão da Disney foi desastrosa para os gatos: a grande estrela passava a ser um rato. Começava o reinado de Mickey.
Com Hanna e Barbera, os gatos foram ainda mais esculachados. O pobre Tom era mostrado como um vilão, mas sempre acabava humilhado e feito de gato e sapato pelo ratinho Jerry.
A reação felina no cinema só começou nos anos 70, com os quadrinhos de Robert Crumb inspirando o devasso Fritz, The Cat. Vagabundo e pornográfico, Fritz se tornou um herói do underground.
Nos anos 80, finalmente os gatos ganharam um intérprete perfeito para a sua verdadeira natureza com preguiçoso, guloso e irônico Garfield, que faz de Jon um escravo que pensa que é seu tutor. Todo o charme, a malandragem e a sedução dos felinos encontrou no gato de botas de Shrek a sua mais completa tradução.
Mas apesar de todo o sucesso, os gatos ainda continuam sendo maltratados e usados pejorativamente em expressões como gatonet e gaturama, e no absurdo de “comprar gato por lebre”, quando é obvio que os gatos são muito mais inteligentes do que as lebres.
Assista a vídeo aqui.
Fonte: Jornal da Globo

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