terça-feira, 16 de outubro de 2012

Após salvar tutora de estupro, cão torna-se herói no DF

Isabel Ferreira e o cão Rec, que impediu que a tutora fosse estuprada no último sábado (13) (Foto: Raquel Morais/G1)
O cão vira-lata Rec, que evitou que a tutora dele, Isabel Ferreira, de 43 anos, fosse estuprada durante um assalto à chácara onde mora em São Sebastião, no Distrito Federal, no último sábado (13), vai ser recompensado pela lealdade. Segundo a tutora, o animal avançou e assustou o homem que tentou molestá-la.
“Ele e a outra cadela começaram a latir, me deram o alerta. Meu marido tinha saído e eu estava sozinha em casa. Quando saí é que vi o vulto e logo o cara pôs a toalha na minha cara e ficou me enforcando. O Rec ficou latindo, indo para cima”, conta. “O cara pediu para eu tocar o cachorro, mas eu falei: ‘Se você não me soltar, ele vai avançar em você. E eu vou mandar ele te rasgar inteiro’.”
O medo do cachorro foi, para Isabel, o que evitou que a situação fosse ainda pior. O jovem de 19 anos que invadiu a residência dela levou R$ 4 em moedas e um celular. Ele já havia furtado outra chácara próxima. Enquanto esteve no local, o rapaz ameaçou matar a mulher, agarrou-a e chegou a tirar parte da roupa dela.
“Eu falo que o Rec foi o meu herói, porque o cara desistiu de medo do cachorro. Acho que ele estava até com mais medo que eu. Não gosto nem de lembrar do que aconteceu, porque vem na minha mente a imagem do rapaz certinha. O cão foi o meu companheiro, que nem ele é sempre. Estranha todo mundo, desconfia de todo mundo, não deixa dar carinho. Só comigo que ele fica nessa, sempre me protege”, afirma.
Presente de um amigo há sete anos, o cachorro se tornou o preferido entre os seis, disse Isabel. Ela conta que pretende comprar uma roupa de super-herói ou de policial para o animal quando tiver dinheiro. Antes disso, ainda nesta semana, o marido dela prometeu dar a Rec uma refeição especial.
Preso em flagrante, o rapaz que invadiu a casa de Isabel foi levado para o Departamento de Polícia Especializada. De acordo com o delegado Érito Cunha, apesar de o ato sexual não ter se concretizado, o homem vai responder por estupro. Ele também foi autuado por roubo e furto e pode pegar até 33 anos de prisão pelos três crimes.
fonte: G1

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