segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Tutores de animais no Distrito Federal estão de olho no banho em pet shops


A aposentada Elizabeth da Silva Prudente com a poodle Sakurá, de 7 anos, que voltou do petshop com ferimentos na barriga: lâmina estragada. Foto: Correio Braziliense
As imagens que mostram cães maltratados por funcionário de um pet shop no Rio de Janeiro, divulgadas na última quinta-feira por uma emissora de televisão local, causaram comoção entre os tutores de animais domésticos do Distrito Federal. Eles temem que os bichos tutelados também sejam alvos de agressões durante banho e tosa, serviços oferecidos por esses estabelecimentos. Por isso, todo cuidado é pouco ao escolher o local onde seu cão ou gato será higienizado.
Antes de deixá-lo sob responsabilidade de um pet shop, a pessoa deve se certificar de que o espaço atende às exigências das vigilâncias sanitária e ambiental, se possui alvará de funcionamento e um profissional credenciado ao Conselho de Medicina Veterinária do DF.
No Distrito Federal, a Polícia Civil registrou 49 casos de maus-tratos contra animais de janeiro a junho deste ano. No mesmo período do ano passado, foram 19 episódios. Acompanhar de perto a hora em que o animal recebe banho e tosa é proibido na maioria dos pet shops do DF. Os funcionários alegam que os animais à espera da higienização ficam ofegantes e começam a latir, o que dificulta o trabalho. Mas uma empresa do setor, na 315 Sul, teve a ideia de implementar uma espécie de Big Brother virtual. Graças a essa modernização, os tutores conseguem assistir ao vivo o momento em que os bichos passam pelo procedimento.
A poodle Sakurá, de 7 anos, sofreu nas mãos de um tosador há três anos. Ao chegar em casa, a tutora da cadela, a aposentada Elizabeth da Silva Prudente, 58 anos, percebeu que o animal estava com ferimentos na barriga. “Acredito que eles tenham feito a tosa com uma lâmina estragada. Fui lá no pet shop, reclamei e não a levei mais lá, porque perdi a confiança”, lamentou a moradora da Asa Sul. Desde que a poodle ficou ferida, Elizabeth toma cuidados redobrados na hora em que Sakurá sai do pet shop. “Tenho receio. Estou sempre de olho. Porque ela é igual a um filho”, comparou a aposentada.

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