segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Gata vítima de psicopata mirim se recupera no Distrito Federal

Por Fátima ChuEcco (Da Redação)

Yasmin, gata que sobreviveu, apesar de ter perdido a visão, a ataque de psicopata mirim em Valparaíso (DF). Foto: Fátima ChuEcco
A gatinha Yasmin ficou cega, mas se recupera bem da brutalidade imensurável que sofreu. Ela tinha apenas três meses de idade quando seus olhos foram arrancados com caneta por um garoto de 11 anos que, aliás, não foi denunciado. O fato ocorreu em 22 de junho deste ano em Valparaíso (DF) e Yasmin foi socorrida no Hospital Veterinário São Francisco de Brasília.
A veterinária Cláudia Godoy ficou chocada com o estado da gatinha que, segundo a testemunha que denunciou o caso, também foi atirada contra a parede. A violência mostrou logo que deixaria sequelas graves. Seus glóbulos oculares estavam completamente destruídos. O Grupo Salvando Vidas – Protetores Independentes de Brasília salvou a gatinha e conseguiu uma adotante que já tinha outros bichinhos portadores de deficiência.
“A Yasmin é a princesa da casa e muito levada. Ninguém diz que é cega, pois, sobe e pula nos móveis, caça insetos,  adora passear no jardim e ama ficar no pescoço da gente! É um amorzinho. Mas, infelizmente, não foi possível localizar o menino que cometeu a atrocidade. Teria sido importante orientar os pais dele, mas a pessoa que pediu ajuda para a gatinha não quis se envolver no caso”, conta Kathia Vieira, tutora da gatinha.
Yasmin ganhará uma página na terceira edição do MI-AU BOOK – Um Livro Pet-Solidário, a ser lançado em 2013. Ela estará na seção dedicada a Sobreviventes como um belo exemplo de superação. Da mesma seção já fez parte a gatinha Penélope (RS) atirada do oitavo andar de um prédio em 2010. A agressora, que por incrível que pareça era pedagoga, teve que se mudar da cidade tal a pressão popular. Penélope teve fraturas, mas nenhuma sequela e foi adotada.
Penélope, que sobreviveu depois de ser jogada de prédio, em Paso Fundo (RS). Foto: Fátima ChuEcco

O monstro de Naviraí
O que um pequeno e desnutrido gatinho da cidade de Naviraí (MS) sofreu no início de outubro só tem uma diferença com o caso de Brasília: a diferença de idade dos psicopatas. Com a mesma frieza do garoto que arrancou os olhos de Yasmin, um morador de rua adulto enfiou um anzol pela boca de um gatinho preto e retirou a peça por um dos olhos.  E ainda o rodopiou pendurado na linha do anzol.
Gatinho vítima de morador de rua psicopata em Naviraí (MS). Foto: Fátima ChuEcco
Não dá pra imaginar a dor que esse animal sentiu. É algo que está fora do alcance de qualquer mortal. Neguinho, como foi batizado, era miudinho, fraquinho e absolutamente indefeso.  Gritou e chamou a atenção dos comerciantes locais. Foi então levado para uma clínica e, inacreditavelmente, sobreviveu sem perder a visão.
“Parece mentira mas, fora o fato dele não andar, comia, brincava e já tinha três pessoas interessadas em adotá-lo. O anzol passou por detrás do globo ocular e por isso ele não ficou cego. Virou um queridinho”, conta Alessandra, presidente da ONG Mãos e Patas de Naviraí, que se empenhou em salvar o gatinho.
Gatinho de Naviraí aparentemente teve patas quebradas. Foto: Fátima ChuEcco
Um milagre? Nem tanto. Alguns dias depois ele teve infecção generalizada e morreu sem antes passar por um exame que diria se suas perninhas tinham sido quebradas. A ONG pretendia também tirar das ruas o psicopata que, poucos dias depois, matou outro gato preto a pancadas. Porém, após passar pela delegacia, o sujeito foi liberado.
Em contato com o Ministério Público da cidade, a ONG já sabe que o agressor tem residência no Paraná e que há um pedido legal de interdição por deficiência mental emitido pela justiça de lá. Espera-se que ele seja internado ou que algum parente assuma a guarda dele. Enquanto isso, ele segue solto colocando em risco a vida de bichos e da comunidade, pois, um indivíduo com agressividade nesse nível não para nunca com seus crimes e, geralmente, também ataca crianças e pessoas indefesas.
Gatinho de Naviraí não andava mais, e acabou falecendo. Foto: Fátima ChuEcco
Fonte: anda

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