terça-feira, 20 de novembro de 2012

Produtora do filme “O Hobbit” é acusada da morte de 27 animais

Por Rafaela Pietra (da Redação)

Foto: Divulgação
As produções do filme O Hobbit que aconteceram em uma fazenda na Nova Zelândia, foram negligentes com os diversos animais que fizeram parte do filme. Alguns trabalhadores do local chegaram a pedir para os agentes de Peter Jackson, para tomarem as providências necessárias para que os animais ficassem protegidos e a salvo, mas nada foi feito. A fazenda, localizada em Wellington, está repleta de barrancos, buracos na terra e outras “armadilhas” que teriam provocado a morte de três cavalos, seis cabras, seis ovelhas e uma dúzia de galinhas. Outros dois cavalos também teriam ficado gravemente feridos, mas sobreviveram.
Segundo informações do Diário Digital, um dos funcionários, chamado Chris Langridge, afirma que foi contratado para treinar cerca de 50 cavalos em novembro de 2010, mas ficou muito preocupado com as condições da fazenda. Ele afirma que tentou, por si mesmo, preencher os buracos resultantes da passagem de canais por baixo da terra, e que teria inclusive trazido as suas próprias cercas para tentar impedir que os cavalos tivessem acesso às áreas mais perigosas.
Foto: Divulgação
O primeiro animal a morrer teria sido um pônei chamado Rainbow (arco-íris, em inglês), que ficou ferido após saltar de um barranco. “Quando cheguei para trabalhar uma manhã, o pónei ainda estava vivo, mas a sua coluna estava partida”, refere. Destinado a tornar-se o cavalo de um hobbit – as pequeninas criaturas, menores que os humanos, que aparecem nas histórias do escritor J.R.R. Tolkien -, Rainbow teve de sofrer eutanásia após o acidente. O cavalo Claire, por sua vez, não resistiu após despencar de uma ribanceira.
Após mais um cavalo, chamado Doofus ficar preso numa cerca e ter as patas feridas, Langridge, pediu demissão em fevereiro de 2011 e enviou um e-mail aos produtores da longa-metragem, a alertar sobre os problemas. Segundo ele, nunca houve resposta.
A American Humane Association (órgão responsável por garantir a segurança dos animais durante a produção de um filme) garante que “nenhum animal foi ferido durante as filmagens”,  mas reconhece as mortes e afirma que esse fato pode ajudá-los a reconhecer falhas no sistema de fiscalização, que monitoriza os sets e estúdios, mas não os locais onde os animais são abrigados e treinados.
Um porta-voz de Peter Jackson, realizador de O Hobbit e dos três filmes da série O Senhor dos Anéis, afirmou no The Daily Mail que cavalos, cabras, galinhas e uma ovelha morreram, mas sustenta que algumas das mortes foram provocadas por causas naturais.  Ainda assim, concorda que as mortes de pelo menos dois cavalos poderiam ter sido evitadas e afirma que, após os episódios, as condições de segurança no local foram melhoradas.
A versão de Jackson
Logo após as acusações, o produtor Peter Jackson negou as mortes. Segundo o portal Terra, o cineasta neozelandês saiu em defesa de sua produção, dizendo que não houve negligência. “Rejeitamos completamente as acusações das mortes devido a maus tratos durantes as filmagens” afirmou em comunicado publicado no site The Hollywood Reporter.
“Medidas extraordinárias foram tomadas para garantir que os animais não fossem usados em sequências de ação ou qualquer outra que criasse um estresse posterior a eles”, prosseguiu, acrescentando que mais de 50% das cenas contaram apenas com animais gerados por computador – incluindo cavalos, pôneis, coelhos, ouriços, pássaros, veados, alces, camundongos, javalis e lobos.
Foto: Divulgação
Ele ainda alegou que lamenta o fato de “baderneiros” levarem à público acusações falsas e alega que as investigações estão sendo realizadas. Para Jackson, o fato de terem sido “dispensados do filme ao longo do ano” foi o motivo para as declarações falsas.
Cabe às autoridades e à própria American Humane Association averiguar as denúncias, sem levar em conta a influência dos poderes hollywoodianos ou a briga humana por tráz da acusação, para tentar preservar as valiosas vidas animais que ainda podem estar correndo perigo.


fonte: anda


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