sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Mais de 800 mil animais explorados pela pecuária já morreram com a seca em Pernambuco

Caminhões carregados de milho vêm socorrer rebanhos que estão passando fome por causa da seca. Foto: Rede Globo Nordeste

Intempéries como secas, alterações severas de temperatura e epidemias mostram como a pecuária vulnera bilhões de animais perante situações de sofrimento intenso e morte dolorosa. É o caso de Pernambuco, onde a seca já causou a morte lancinantemente sofrida de mais de 800 mil animais aprisionados em granjas e cercados.
Em audiência pública realizada com o governo pernambucano na última quarta, pecuaristas que exploram animais para produção de carne e leite e também agricultores que fornecem ração para esses animais cobraram a agilização das providências governamentais para remediar os efeitos da seca, como distribuição de ração, as quais têm sido lentas e não têm chegado a todos.
O presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados (Sindileite) de Pernambuco, Albérico Bezerra, afirmou ao G1: “A ajuda que o governo está nos dando tem que ser bastante ampliada, porque se não houver ampliação o rebanho vai padecer de uma forma vergonhosa para nós”, apontando para uma crise em que milhares ou mesmo milhões de animais ainda vão sofrer muito até a morte sem a assistência devida do governo.
Apesar da situação dos animais, o que preocupa mais os pecuaristas não é o sofrimento deles e a perda de vidas enquanto vidas, mas sim o prejuízo financeiro que eles e seu setor vêm sofrendo. Não lhes importa se os animais estão sofrendo com a fome e a alta de temperaturas, mas sim que não estejam produzindo carne, leite e ovos como “deveriam”. Afinal, para os pecuaristas, eles nada mais são do que máquinas produtoras de alimentos de origem animal que devem continuar funcionando, nada mais são que números de produção.
Essa ordem de coisas, na qual animais são tratados como coisas e seu sofrimento é relegado a nada, precisa ser combatida, de modo que os animais não humanos passem a ter o direito de não ser propriedade e assim deixem de ser submetidos a toda a sorte de privações, explorações e vulnerabilidades. E cada pessoa pode fazer isso começando por se tornar vegana, visto que a pecuária só existe com todos os seus abusos éticos porque há pessoas que consomem alimentos de origem animal.
fonte: anda

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