terça-feira, 20 de novembro de 2012

Após pressão de defensores, faculdade desiste de matar bois explorados por 11 anos

Por Patrícia Tai (da Redação)

Foto: Care2
Em outubro, uma pequena faculdade de artes em Vermont chamada Green Mountain College decidiu matar dois bois que viviam há 11 anos na fazenda do campus para servir no restaurante da escola, mas houve muitos protestos por parte dos defensores de direitos animais de todo o mundo. As informações são da Care2.
Residindo no campus desde pequenos, os bois Bill e Lou eram explorados para puxar o arado, conforme é possível ver na foto abaixo. No início deste ano, Lou sofreu uma lesão recorrente em uma das pernas traseiras e, como não podia mais ser explorado para trabalhar, foi tomada a decisão de aposentar ambos os animais. Foi agendada uma data para o assassinato – eles seriam mortos e servidos no jantar do campus.
Lou e Bill em seu martírio diário (Foto: The International Society for Cow Protection)
A decisão de assassinar os dois animais chegou ao conhecimento do público e provocou uma tempestade de protestos, que incluiu e-mails para professores e administradores, mensagens online e petições pleiteando que os animais fossem enviados a um santuário.
Mais de 50 mil internautas assinaram uma petição promovida pela Animal Defenders Green Mountain pedindo à faculdade que as vidas dos bois fossem poupadas. Graças ao apelo, a faculdade voltou atrás.
No dia 9 de novembro o Boston.com publicou:
“Uma pequena faculdade de artes em Vermont, cuja decisão de matar um par de bois provocou indignação em todo o mundo eutanasiou um dos animais nesta manhã, de acordo com funcionários da faculdade. A eutanásia do boi Lou, que estava sofrendo de uma lesão, foi realizada por um veterinário de animais de grande antes do amanhecer de hoje, de acordo com Philip Ackerman-Leist, diretor do projeto agrícola da faculdade Green Mountain. Ackerman-Leist disse que, com a chegada do inverno, as coisas só iriam piorar, e que ‘não gostariam de vê-lo sofrer ainda mais’. Segundo o diretor, Lou foi enterrado em um local fora do campus, mas não divulgou onde”.
O outro boi, Bill, recebeu um “indulto” e não será morto. Conforme anunciado pela faculdade, ele continuará na fazenda e receberá cuidados adequados.
Baylee Drown, funcionária da fazenda da Green Mountain College, com Bill, o boi sobrevivente. Foto: The New York Times
Joslin Murphy, uma defensora dos animais e membro do Conselho de Diretores do The Greyhound Project disse: “Eu espero que a lesão de Lou tenha justificado a eutanásia. Estou muito satisfeita com a decisão tomada pela faculdade”. Mas Joslin afirma estar preocupada com Bill.
Ela acha que o boi sobrevivente vai sofrer profundamente com a perda de seu parceiro, e acredita que ele ficaria melhor no santuário, onde poderia formar novos laços com os outros animais.
A Care2, diante da história de Bill e Lou, faz menção a uma imagem do filme “Giant”, de 1956, do momento em que uma família que morava em um rancho no Texas se senta para jantar no Dia de Ação de Graças e é servido o animal que criavam como doméstico, o peru Pedro. As crianças saem correndo e gritando da mesa, muito chateadas, e se recusam a comer.
A eutanásia de Lou é questionável. Animais de grande porte, quando têm lesões e não podem mais “trabalhar”, ou quando seu tratamento demanda custos, geralmente são sacrificados. A lesão de Lou pode ter sido decorrente de esforços no trabalho durante a sua vida.
De acordo com a Care2, esta história é mais uma que deveria provocar a reflexão sobre a nossa relação com os animais. “Enquanto veganos, vegetarianos ou onívoros, precisamos saber onde estamos com relação a esta questão”, coloca a Care2.
fonte: anda


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