Depois de terem quase extinto a população local de atuns, navios
pesqueiros japoneses estão promovendo nas águas territoriais
brasileiras, disputando com barcos nacionais, a matança desse gênero de
peixes. Não bastasse que a população de espécies como o atum-azul tenha
sido reduzida a 5% da população que outrora existia, os restaurantes
japoneses pelo mundo não param de demandar a carne desses peixes.
A matança de peixes como os atuns ainda tem um valor econômico e cultural forte no Japão, de modo que os corpos de atuns excepcionalmente grandes são leiloados, no mercado pesqueiro de Tsukiji, em Tóquio, a preços considerados altos. Além disso, restaurantes e churrascarias no Brasil também estão comprando a carne desses peixes.
A FAO avisa que 6,6 milhões de toneladas de corpos de atum vêm anualmente da pesca em alto-mar, e apenas nove toneladas vêm de aquicultura, já que o atum é um peixe selvagem que é totalmente adverso ao aprisionamento em criadouros.
E uma verdadeira coalizão de ambientalistas, oceanógrafos, defensores dos animais e também muitos dos próprios sushimen está começando a se movimentar para que os atuns sejam salvos da pesca predatória. Afirma-se que os atuns estão se tornando as baleias do século 21, em referência às campanhas pela proibição da pesca comercial de baleias na década de 1980.
Porém, por outro lado, o próprio governo brasileiro, em outra de suas trapalhadas em termos de política (anti)ambiental, dá sinal verde para essa matança de animais no mar territorial nacional, através do Ministério da Pesca e Aquicultura, um ministério criado exclusivamente para incentivar a matança e objetificação de animais das águas do país. O ministério vem facilitando o arrendamento de navios pesqueiros estrangeiros por empresas brasileiras, numa completa irresponsabilidade ambiental que acompanha realizações desastrosas como a usina de Belo Monte e a sanção da maioria dos artigos do novo Código Florestal pela presidente Dilma Rousseff.
Isso vem fazendo a “festa” de grandes empresas que ganham dinheiro sobre a morte dos animais do mar, como a Atlântico Tuna e a Norpeixe. Só a Atlântico Tuna arrendou 16 navios pesqueiros japoneses em 2010, quando foram concedidas pelo ministério 17 licenças para a matança dos atuns.
No mar, navios brasileiros, como o Gera 8, e japoneses, como o Kinei Maru 108, se aproveitam das correntes marinhas que vêm do sul entre maio e agosto e trazem plânctons para os atuns comerem.
Os próprios pescadores brasileiros afirmam, segundo a Folha de S. Paulo, que as embarcações japonesas devastam os cardumes de atuns no Brasil a uma taxa que supera a capacidade de reprodução desses peixes. Isso tem causado uma diminuição na estatura dos peixes e também já o declínio na população deles – pescadores afirmam que se está capturando menos de um terço do que se pescava há quinze anos.
O empresário da pesca Gabriel Calzavara, envolvido na pesca de atuns, afirma à Folha que trouxe ao Brasil “a melhor tecnologia de pesca de atum” e que os japoneses estariam “ensinando ao país como aproveitar os imensos e ainda inexplorados recursos pesqueiros”, num total desprezo aos direitos dos atuns à vida e à integridade física e à situação delicada da fauna marinha.
Ou seja, os japoneses estão na costa brasileira matando atuns em profundidades que nenhum pescador brasileiro havia alcançado, o que é mais um indicativo de uma política de pesca predatória que trata os peixes como se fossem meros “minérios de carne” e os mares como se fossem uma jazida mineral.
E o desprezo dos pescadores de atuns pela vida é tamanho que, numa conversa a rádio flagrada pela Folha, gravou-se uma fala em português de um observador do navio Kinei Maru: “[Problema] judicial de c… é r…, meu irmão. O ano que vem eu vou vir aqui com o Rocky 2 [barco de Gabriel Calzavara] por cima do comando e uma trupe de nordestinos com faca no bucho. Não estou nem aí. A gente está pondo peixe para cima, mais de cem peças por lançamento. Por mim, eu quero que esses caras [os japoneses] pesquem até o peixe voar pela janela. Eu não tô nem aí, brother. O oceano não tem dono não, meu compadre.”
E, reiterando, tudo isso acontece sob o aval do governo brasileiro, que vem demonstrando ao longo de seu governo um completo descaso com a vida animal e também com a questão ambiental.
Os defensores dos animais precisam se juntar com os ambientalistas de modo que essa matança seja interrompida de uma vez por todas, antes que os atuns brasileiros também fiquem à beira da extinção. E algo deve ser lembrado: quem come peixes como atuns está necessariamente contribuindo para que essa atividade continue matando tais peixes. O vegetarianismo, cronologicamente seguido do veganismo, é disparadamente a melhor maneira individual de fazer com que esse massacre nos mares pare.
fonte:anda
A matança de peixes como os atuns ainda tem um valor econômico e cultural forte no Japão, de modo que os corpos de atuns excepcionalmente grandes são leiloados, no mercado pesqueiro de Tsukiji, em Tóquio, a preços considerados altos. Além disso, restaurantes e churrascarias no Brasil também estão comprando a carne desses peixes.
A FAO avisa que 6,6 milhões de toneladas de corpos de atum vêm anualmente da pesca em alto-mar, e apenas nove toneladas vêm de aquicultura, já que o atum é um peixe selvagem que é totalmente adverso ao aprisionamento em criadouros.
E uma verdadeira coalizão de ambientalistas, oceanógrafos, defensores dos animais e também muitos dos próprios sushimen está começando a se movimentar para que os atuns sejam salvos da pesca predatória. Afirma-se que os atuns estão se tornando as baleias do século 21, em referência às campanhas pela proibição da pesca comercial de baleias na década de 1980.
Porém, por outro lado, o próprio governo brasileiro, em outra de suas trapalhadas em termos de política (anti)ambiental, dá sinal verde para essa matança de animais no mar territorial nacional, através do Ministério da Pesca e Aquicultura, um ministério criado exclusivamente para incentivar a matança e objetificação de animais das águas do país. O ministério vem facilitando o arrendamento de navios pesqueiros estrangeiros por empresas brasileiras, numa completa irresponsabilidade ambiental que acompanha realizações desastrosas como a usina de Belo Monte e a sanção da maioria dos artigos do novo Código Florestal pela presidente Dilma Rousseff.
Isso vem fazendo a “festa” de grandes empresas que ganham dinheiro sobre a morte dos animais do mar, como a Atlântico Tuna e a Norpeixe. Só a Atlântico Tuna arrendou 16 navios pesqueiros japoneses em 2010, quando foram concedidas pelo ministério 17 licenças para a matança dos atuns.
No mar, navios brasileiros, como o Gera 8, e japoneses, como o Kinei Maru 108, se aproveitam das correntes marinhas que vêm do sul entre maio e agosto e trazem plânctons para os atuns comerem.
Os próprios pescadores brasileiros afirmam, segundo a Folha de S. Paulo, que as embarcações japonesas devastam os cardumes de atuns no Brasil a uma taxa que supera a capacidade de reprodução desses peixes. Isso tem causado uma diminuição na estatura dos peixes e também já o declínio na população deles – pescadores afirmam que se está capturando menos de um terço do que se pescava há quinze anos.
O empresário da pesca Gabriel Calzavara, envolvido na pesca de atuns, afirma à Folha que trouxe ao Brasil “a melhor tecnologia de pesca de atum” e que os japoneses estariam “ensinando ao país como aproveitar os imensos e ainda inexplorados recursos pesqueiros”, num total desprezo aos direitos dos atuns à vida e à integridade física e à situação delicada da fauna marinha.
Ou seja, os japoneses estão na costa brasileira matando atuns em profundidades que nenhum pescador brasileiro havia alcançado, o que é mais um indicativo de uma política de pesca predatória que trata os peixes como se fossem meros “minérios de carne” e os mares como se fossem uma jazida mineral.
E o desprezo dos pescadores de atuns pela vida é tamanho que, numa conversa a rádio flagrada pela Folha, gravou-se uma fala em português de um observador do navio Kinei Maru: “[Problema] judicial de c… é r…, meu irmão. O ano que vem eu vou vir aqui com o Rocky 2 [barco de Gabriel Calzavara] por cima do comando e uma trupe de nordestinos com faca no bucho. Não estou nem aí. A gente está pondo peixe para cima, mais de cem peças por lançamento. Por mim, eu quero que esses caras [os japoneses] pesquem até o peixe voar pela janela. Eu não tô nem aí, brother. O oceano não tem dono não, meu compadre.”
E, reiterando, tudo isso acontece sob o aval do governo brasileiro, que vem demonstrando ao longo de seu governo um completo descaso com a vida animal e também com a questão ambiental.
Os defensores dos animais precisam se juntar com os ambientalistas de modo que essa matança seja interrompida de uma vez por todas, antes que os atuns brasileiros também fiquem à beira da extinção. E algo deve ser lembrado: quem come peixes como atuns está necessariamente contribuindo para que essa atividade continue matando tais peixes. O vegetarianismo, cronologicamente seguido do veganismo, é disparadamente a melhor maneira individual de fazer com que esse massacre nos mares pare.
fonte:anda
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