Apesar disso, os exames que comprovam a doença vêm sendo feitos após eles serem sacrificados. “Nos cães, realizamos o teste por meio do sangue, porém, nos gatos, não há como realizar o mesmo procedimento. Isso porque o sangue do gato é diferente do sangue dos felinos”, disse.
Segundo Empke, o CCZ passou a se preocupar com os casos de leishmaniose em gatos em outubro do ano passado, quando foram identificadas as suspeitas nesses animais. Na época, 42 gatos foram sacrificados e as orelhas do lado direito foram encaminhadas à Universidade Estadual Paulista (Unesp), de Botucatu. “Uma aluna do curso de medicina veterinária defendia a tese de um trabalho justamente sobre os casos da doença em gatos”, destacou.
O estudo, segundo o veterinário, veio a calhar. Foram realizados exames parasitológicos, por meio de raspagens realizadas nas orelhas dos animais. “Surpreendentemente, a doença foi confirmada em 32 bichos”, disse. O trabalho da acadêmica foi apresentado no Instituto Biológico de São Paulo, em novembro do ano passado. “Três Lagoas acabou se tornando referência em todo o país quanto à importância dada aos gatos também”, salientou.
No próximo mês, Empke viaja a Botucatu para realizar novos testes junto à Unesp, para encontrar uma maneira de realizar o teste nos animais ainda vivos. “Eu acredito que daqui para frente o próprio Ministério da Saúde vai passar a olhar diferente para os casos da doença em gatos e deverá propor exames”, disse.
Sintomas
Os sintomas da leishmaniose em gatos são os mesmos dos encontrados nos cães. Escamação nas orelhas e focinho, emagrecimento, queda de pelo, vômitos, apatia, febre e aumento das unhas.
Cães
Os casos de leishmaniose canina no município também são bastante expressivos. Segundo Empke, todos os meses chegam, em média, 350 desses animais no CCZ com os sintomas. Desses, pelos menos 245 são diagnosticados com a doença e sacrificados. No ano passado, mais de 3 mil cachorros passaram pela eutanásia no município.
Apesar de existir tratamento para a leishmaniose, não há cura. “Mesmo durante o tratamento, o animal pode transmitir a doença para o ser humano”, completou.
Fonte: Midiamax
Nota da Redação: Já é comprovado que a política de extermínio de cães e gatos com leishmaniose, além de não ser nem um pouco ética, não é sequer eficaz no combate à doença, tanto que, no geral, as cidades acometidas pela doença que exterminam os animais portadores não tiveram qualquer redução na incidência da doença em humanos. O agravante é que o mesmo raciocínio lógico de que cães e gatos com a doença “precisam” ser mortos para evitar a transmissão para seres humanos serviria para justificar o assassinato em massa de seres humanos com doenças infecto-contagiosas incuráveis, para que outras pessoas sejam salvas da morte. E justificaria também que qualquer outra espécie animal que se descubra ser “reservatório” do agente patológico causador da leishmaniose também passe a ser alvo da matança. O que se precisa não é de extermínio, mas sim de políticas públicas de combate à leishmaniose e de saneamento básico e higiene.
Fonte:.anda
Nenhum comentário:
Postar um comentário
verdade na expressão