quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Governo de Michigan pretende matar milhares de cisnes que vivem nos canais

Por Natalia Cesana (da Redação)

                                         Foto: Wendy Torello/Times Herald

Algumas pessoas consideram os cisnes brancos como embelezadores dos canais de Michigan (EUA). Outras, por sua vez, querem que eles saiam de lá. O Estado diz que as aves devem ir para outro lugar, já os grupos em defesa dos animais têm tentado parar os planos de matar mais de 13 mil aves. As informações são do jornal Times Herald.
A Sociedade Humanitária dos Estados Unidos pediu a funcionários públicos a suspensão da remoção letal dos animais. Russ Mason, chefe do Departamento de Divisão de Recursos Naturais da Vida Silvestre, disse que o escritório está revendo a proposta, mas que não pretende suspender os planos de remover as espécies não-nativas da maioria dos canais de Michigan.
“Acreditamos que existam alternativas melhores que reunir todos os cisnes e matá-los”, disse Kevin Hatman, coordenador de relações públicas da Sociedade Humanitária de Michigan.
Mason afirmou que o departamento continuará a utilizar todas as ferramentas disponíveis para limitar a população cisnes brancos. Essas ferramentas incluem a destruição de ninhos e ovos até a captura e morte dos pássaros.
Cisnes brancos são grandes e territorialistas. As “aves invasoras” atrapalham a recuperação dos cisnes-trombeteiros, naturais de Michigan, além de consumirem grandes quantidades de vegetação úmida, reduzindo assim a oferta de suprimentos para a fauna nativa.
 Foto: Wendy Torello/Times Herald
Isto é muito restrito à administração de um sistema de vida selvagem”, disse Mason. “Precisamos diminuir os números a um nível que não cause impacto às espécies nativas.” Existem aproximadamente 15 mil cisnes brancos em Michigan e o departamento espera diminuir esse número para 2 mil até 2030.
Michelle Gabriel, moradora de Clay Township, contou que quatro cisnes vivem perto de sua casa. “Eles estão sempre por perto e as crianças vão lá fora alimentá-los. Eu nunca soube de nenhum problema que eles tenham causado.”
A permissão em controlar a população de cisnes brancos também permite aos proprietários privados que livrem seus terrenos da presença das aves. De acordo com Mason, 70% dos moradores do município concordam com a remoção.
Nota da Redação: É muito comum observarmos que, quando determinado “problema” envolve a presença de animais, os seres humanos consideram rapidamente a matança como a solução mais fácil: matam-se todos os animais e está resolvido o problema. Se aplicássemos essa mesma lógica perversa e cruel para solucionar o problema da superpopulação de humanos, por exemplo, e de tudo que disso decorre, como a fome e escassez de recursos no planeta? A verdadeira solução está em assumir novos comportamentos perante a natureza e os animais, de forma que tudo possa coexistir pacificamente. Problemas como esse citado na matéria são consequência do comportamento humano equivocado, que ocupa habitats expulsando a fauna que ali morava e destruindo os ambientes naturais, para dar lugar a vias e cidades. Em decorrência disso, começam muitos desequilíbrios. A culpa não é dos animais, que por instinto agem em total harmonia com o meio ambiente – bem ao contrário da maioria dos humanos. Portanto, se há um culpado a se redimir, não são os animais: os humanos é que teriam, no mínimo, a obrigação de salvá-los, encontrando soluções alternativas, preservando a vida e restaurando o equilíbrio do que foi bagunçado pela própria espécie humana.
 Fonte: anda

 

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