Maus tratos e abandono mobilizam pessoas e ONGs, que chegam a acionar Justiça para proteger os bichinhos
É considerado crime praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos. Esta definição legal, que consta no artigo 32 da Lei Federal nº. 9.605/98 (Lei de Crimes Ambientais), não impede que, diariamente, sejam registrados casos de crueldade e abandono de animais, que deixa indignada boa parte da população.
A falta de provas, no entanto, muitas vezes garante a impunidade dos agressores. Com o objetivo de combater o problema, a ONG bauruense Naturae Vitae criou projetos que vão além do simples socorro aos animais. Eles lutam por justiça.
O advogado e representante da entidade, José Hermann Schroeder, explica que eles pregam o caminho oposto ao adotado por muitas ONGs atualmente. “Nós somos os primeiros em Bauru que buscamos recolher provas e dados para punir o cidadão que faz mal ao animal. Achamos que recolher compulsivamente e fazer depósito de animais não ajuda a mudar a história”, diz.
O trabalho da equipe funciona da seguinte forma: por meio de testemunhas e denúncias, eles levam o acusado até a polícia, e registram um boletim de ocorrência. Em seguida, um inquérito policial é formulado e remetido ao Ministério Público, que decide move ou não uma ação penal contra o acusado.
Durante o processo, eles se responsabilizam pelo animal, cuidam e procuram lares ideais para criá-lo.
Hermann conta que o objetivo da ONG é alcançado quando há as condenações e que a organização não lucra com isso. “É claro, que muitas vezes, a pena (de multa) é revertida em investimentos para a ONG e/ou ao animal. Mesmo com a verba pequena, nós assumimos os gastos financeiros e contamos com parcerias e até doações”, ressalta.
Há oito anos em Bauru, o projeto surgiu no meio universitário, quando estudantes, principalmente do curso de biologia da Unesp, queriam inovar essa área. Hoje, o trabalho conta com mais de 100 voluntários.
Internacional /O intercâmbio e a tendência dos alunos buscarem experiência no exterior fizeram com que pessoas de outros países se encontrassem por conta do mesmo ideal. A troca de informações e as leis diferentes fizeram com que a ONG criasse o termo “correspondente”.
Atualmente, eles têm correspondentes na Argentina, Canadá, Inglaterra, Irlanda e Taiwan. “Em 2004, quando foi sancionada definitivamente a lei contra a caça à raposa, dois integrantes da ONG estavam lá, apoiando a causa. Indiretamente, participamos de um ato histórico, que vinha acontecendo desde o século 16”, enfatiza o advogado.
Gatos no quintal /Outros casos de solidariedade são reconhecidos na cidade. No Jardim Ferraz, a paixão por gatos da professora Nádia Barnes fez com que desconhecidos abandonassem filhotes em seu quintal.
“Sempre tive o costume de pegar gatos abandonados, alguns em estados deploráveis, e cuidar deles. As pessoas tomaram conhecimento disso e começaram a deixar os animais em meu quintal. Tive até que ‘fechar o meu portão’, porque tinha medo de sair com o carro e acabar atropelando um deles”, afirma.
Ela também conta que no começo aceitava todos os animais, mas que hoje já tem 11 gatos e que é difícil dar a assistência necessária a todos.
Na Vila Giunta, a história se repete com a costureira Aparecida Rosa Barrocalli. Com o mesmo número de gatos que Nádia, ela relata que a principio as pessoas abandonavam os filhotes no terreno ao lado de sua casa e que ficava com pena. “Eu tenho dois cachorros dóceis e, inconscientemente, eles acolhiam os animais, e eu ficava com dó. Com o tempo foram largando os animais direto em meu quintal”, explica.
Em busca de soluções para ajudar os bichinhos, as duas chegaram à mesma ferramenta de luta: a internet.
Nádia se refere à rede como uma aliada. “Eu amo gatos, faço de tudo por eles. Banco do próprio bolso os remédios e castrações. Agora eu divulgo tudo, principalmente no Facebook, e busco novos donos para eles”, revela.
A costureira Cida, como é conhecida, fala que antes tentava dividir a criação dos animais com sua vizinha, mas que agora seu sobrinho colabora com o compartilhamento online. “Além disso, também conseguimos a ajuda de uma veterinária que sempre busca os gatos e os leva para que sejam adotados”, finaliza.
Fonte: redebomdia
É considerado crime praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos. Esta definição legal, que consta no artigo 32 da Lei Federal nº. 9.605/98 (Lei de Crimes Ambientais), não impede que, diariamente, sejam registrados casos de crueldade e abandono de animais, que deixa indignada boa parte da população.
A falta de provas, no entanto, muitas vezes garante a impunidade dos agressores. Com o objetivo de combater o problema, a ONG bauruense Naturae Vitae criou projetos que vão além do simples socorro aos animais. Eles lutam por justiça.
O advogado e representante da entidade, José Hermann Schroeder, explica que eles pregam o caminho oposto ao adotado por muitas ONGs atualmente. “Nós somos os primeiros em Bauru que buscamos recolher provas e dados para punir o cidadão que faz mal ao animal. Achamos que recolher compulsivamente e fazer depósito de animais não ajuda a mudar a história”, diz.
O trabalho da equipe funciona da seguinte forma: por meio de testemunhas e denúncias, eles levam o acusado até a polícia, e registram um boletim de ocorrência. Em seguida, um inquérito policial é formulado e remetido ao Ministério Público, que decide move ou não uma ação penal contra o acusado.
Durante o processo, eles se responsabilizam pelo animal, cuidam e procuram lares ideais para criá-lo.
Hermann conta que o objetivo da ONG é alcançado quando há as condenações e que a organização não lucra com isso. “É claro, que muitas vezes, a pena (de multa) é revertida em investimentos para a ONG e/ou ao animal. Mesmo com a verba pequena, nós assumimos os gastos financeiros e contamos com parcerias e até doações”, ressalta.
Há oito anos em Bauru, o projeto surgiu no meio universitário, quando estudantes, principalmente do curso de biologia da Unesp, queriam inovar essa área. Hoje, o trabalho conta com mais de 100 voluntários.
Internacional /O intercâmbio e a tendência dos alunos buscarem experiência no exterior fizeram com que pessoas de outros países se encontrassem por conta do mesmo ideal. A troca de informações e as leis diferentes fizeram com que a ONG criasse o termo “correspondente”.
Atualmente, eles têm correspondentes na Argentina, Canadá, Inglaterra, Irlanda e Taiwan. “Em 2004, quando foi sancionada definitivamente a lei contra a caça à raposa, dois integrantes da ONG estavam lá, apoiando a causa. Indiretamente, participamos de um ato histórico, que vinha acontecendo desde o século 16”, enfatiza o advogado.
Gatos no quintal /Outros casos de solidariedade são reconhecidos na cidade. No Jardim Ferraz, a paixão por gatos da professora Nádia Barnes fez com que desconhecidos abandonassem filhotes em seu quintal.
“Sempre tive o costume de pegar gatos abandonados, alguns em estados deploráveis, e cuidar deles. As pessoas tomaram conhecimento disso e começaram a deixar os animais em meu quintal. Tive até que ‘fechar o meu portão’, porque tinha medo de sair com o carro e acabar atropelando um deles”, afirma.
Ela também conta que no começo aceitava todos os animais, mas que hoje já tem 11 gatos e que é difícil dar a assistência necessária a todos.
Na Vila Giunta, a história se repete com a costureira Aparecida Rosa Barrocalli. Com o mesmo número de gatos que Nádia, ela relata que a principio as pessoas abandonavam os filhotes no terreno ao lado de sua casa e que ficava com pena. “Eu tenho dois cachorros dóceis e, inconscientemente, eles acolhiam os animais, e eu ficava com dó. Com o tempo foram largando os animais direto em meu quintal”, explica.
Em busca de soluções para ajudar os bichinhos, as duas chegaram à mesma ferramenta de luta: a internet.
Nádia se refere à rede como uma aliada. “Eu amo gatos, faço de tudo por eles. Banco do próprio bolso os remédios e castrações. Agora eu divulgo tudo, principalmente no Facebook, e busco novos donos para eles”, revela.
A costureira Cida, como é conhecida, fala que antes tentava dividir a criação dos animais com sua vizinha, mas que agora seu sobrinho colabora com o compartilhamento online. “Além disso, também conseguimos a ajuda de uma veterinária que sempre busca os gatos e os leva para que sejam adotados”, finaliza.
Fonte: redebomdia
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