Uma nova modalidade de vaquejada substitui o cavalo do peão por motocicleta e ganhou oposição das entidades de proteção aos animais no Ceará. A presidente da União Internacional Protetora dos Animais (Uipa) no estado denunciou no Ministério Público do Ceará a realização da “motojada'' prevista para ocorrer no dia 29 de julho em um sítio da cidade de Pacoti, a 95 km de Fortaleza. Para a Uipa, a "motojada" agride os animais.
Segundo a presidente da Uipa no Ceará, Geuza Leitão, a instituição deu entrada em representação no dia 19 de junho, após ela tomar conhecimento do evento por meio de uma postagem no Facebook. “Vimos um cartaz mostrando um motociclista com uma mão no veículo e outra segurando o rabo do boi. É uma prática horrível e cruel porque coloca em risco tanto a vida dos animais quanto das próprias pessoas”, explica.
A presidente da Uipa diz que é o primeiro registro do caso feito pela instituição: “Nunca tinha ouvido falar sobre isso. Depois de ver o cartaz, soube que esse evento havia sido realizado em Pernambuco e na Paraíba. Se eu tivesse tomado conhecimento, já havia tomado as providências necessárias”.
O episódio mobilizou também uma campanha nas redes sociais para pressionar os órgãos a cancelarem o evento. “Estamos confiantes porque é uma coisa que está chocando todo mundo. Está havendo um calor da sociedade em relação a isso”, afirma.
O organizador do evento, Lucas Sousa, da L&C Produções disse ao G1 que esse é o segundo evento do tipo realizado pela produtora no Ceará e garante que não há agressão contra os animais. “Também realizamos a Motojada Gado dos Ferros em 2011 e foi um sucesso. A previsão para este ano é de reunir um público de 10.000 pessoas para assistir à Motojada e aos shows no dia 29 de julho”, afirma.
O produtor disse ainda não ter recebido notificação judicial sobre o evento. “É uma vaquejada que substitui o cavalo pela moto e não agride de jeito nenhum o boi. De 40 participantes, apenas 4 ou cinco conseguem pegar os animais. É só um motoqueiro em uma moto contra o boi. O público, inclusive, vibra quando o motoqueiro cai”, afirma.
Sobre a representação feita pela Uipa no Ministério Público, o produtor afirma que entende a preocupação do órgão, mas pede prudência aos defensores na hora de fazer acusações. “A Uipa está correta em querer defender os animais, mas não pode dizer que estamos agredindo os animais, deixando bois morrerem na pista e outras acusações sem provar. Nunca recebemos nenhuma represália de algum órgão como Polícia Militar ou Corpo de Bombeiros sobre isso”, afirma.
Ministério Público
O Ministério Público estadual informou, por meio da assessoria, que o o promotor titular dePacoti está de férias e que promotor André Barreira Rodrigues, da 2ª Promotoria da Comarca de Baturité está respondendo interinamente por Pacoti. O promotor informou que ainda não foi oficialmente comunicado sobre o assunto.
Ministério Público
O Ministério Público estadual informou, por meio da assessoria, que o o promotor titular dePacoti está de férias e que promotor André Barreira Rodrigues, da 2ª Promotoria da Comarca de Baturité está respondendo interinamente por Pacoti. O promotor informou que ainda não foi oficialmente comunicado sobre o assunto.
No setor de protocolo da Procuradoria Geral de Justiça (PGJ) a assessoria verificou que o pedido da Uipa foi protocolado e enviado para o Centro de Apoio Operacional de Proteção à Ecologia, Meio Ambiente, Urbanismo, Paisagismo e Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural (Caomace). O Caomace informou que enviou nesta segunda-feira (9) a solicitação para a Promotoria de Pacoti.
De acordo com o MP, o Caomace não é órgão de execução, portanto não pode entrar com ação. Ele tem outras atribuições, por isso está encaminhando o pedido para Pacoti. André Barreira disse que vai se pronunciar na tarde desta terça-feira (10) sobre o assunto.
fonte:g1.glob
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