Os moradores de Patos de Minas, no Alto Paranaíba, dizem que os animais abandonados nas ruas da cidade para eles são um grande problema. A dona de casa Luiza da Cunha, por exemplo, disse que o motivo de maior preocupação é o contato dos cães com os filhos. “Aqui esses cachorros ficam amontoados e junto com as crianças, o que pode transmitir muitas doenças”, comentou.
A população afirma que convive com a situação desde 2009 e que já deveria ter sido solucionada. No mesmo ano, a Câmara Municipal aprovou uma lei que obrigava a Prefeitura a recolher e castrar os animais abandonados. A lei ainda determinava a identificação dos animais por meio da implantação de um microchip eletrônico. Mas por falta de funcionário e local para abrigar os cães, o serviço está parado há meses.
De acordo com Onaldo Nunes, coordenador de Vigilância e Saúde de Patos de Minas, a Prefeitura já tomou duas providências para minimizar o problema da cidade. “Já contratamos mais dois veterinários para atuar em cima da castração dos animais e levá-los para a adoção. A segunda medida foi um projeto de ampliação do Centro de Controle da Zoonoses, que já foi aprovado e ainda neste ano será concluído”, explicou.
Em relação à identificação por microchip, a questão ainda não é prioridade. “Assim que a gente terminar as etapas de castrações e adoções, partiremos para a próxima etapa, que é o microchip”, disse Onaldo. Assim que as medidas vigorarem serão efetuadas cerca de 15 castrações por dia e os animais serão levados para a adoção.
A Associação de Proteção Animal e Ambiental de Patos de Minas (ASPAA) defende a causa animal e contribui para diminuição da superpopulação de animais abandonados nos perímetros urbanos. A ONG trabalha em parceria com o Centro de Controle da Zoonoses nas feiras mensais de adoção, que adotam cerca de 30 cães por feira. Para a secretária da ONG, Izabel Alcântara, a construção do canil municipal e as novas contratações auxiliarão no trabalho da organização. “A gente recebe essa notícia com grande alegria porque vai amenizar nosso problema com relações a esses animais”, acrescentou.
Mas enquanto nenhuma medida ainda é tomada, a população é obrigada a se conformar com os animais tomando conta das ruas e contar com a conscientização. “Eu acho que é muita tristeza ver esses animais assim. Os tutores deveriam cuidar e não largar na rua. Os cães se apegam ao tutor da mesma forma que os tutores deveriam se apegar a eles. Então quando são abandonados, estes animais sentem falta”, concluiu Neide Peixoto.
Assista à reportagem aqui.
Fonte: G1
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