Por Helena Barradas (da Redação)
Morgan, a orca de um parque em Tenerife, continuará presa por causa da pressão de alguns deputados do PP e PSOE, partidos europeus.
A Comissão de Petições do Parlamento Europeu, em uma reunião alguns dias atrás, negou a solicitação de várias organizações científicas e protetoras dos animais, que pediam que devolvessem Morgan ao mar. As informações são do Partido Animalista (Pacma).
Os deputados Gabriel Mato e Pilar Ayuso (do Partido Popular) e Miguel Ángel Martínez (do PSOE) estiveram à frente da oposição à petição dos cientistas, ecologistas e defensores dos animais. Esses deputados defendem a manutenção de ambientes em que seja possível alocar golfinhos e orcas, algo totalmente ultrapassado pelo sofrimento e maus tratos a que são submetidos os animais nesses locais.
As orcas são animais nômades e migratórios, e percorrem mais de 700 km para manter suas funções vitais. Colocar em uma piscina um animal que nasceu e viveu vários anos em liberdade, como é o caso de Morgan, a fim de utilizá-lo como palhaço de circo, sendo obrigado a realizar atividades totalmente antinaturais, está muito longe de ser considerado como algo ético e natural. Além disso, esses mamíferos marinhos possuem características anatômicas e fisiológicas que requerem espaços abertos para garantir sua sobrevivência. Seu complexo sistema de biosonar (ou ecolocalização), pelo qual se localizam geograficamente e mantêm relações sociais, transmite frequências que enlouqueceriam o animal se ele ficasse em um espaço tão pequeno.
Morgan, uma fêmea jovem, foi encontrada nadando sozinha, desidratada e muito debilitada em junho de 2010, no mar de Wadden, na Holanda. O animal foi resgatado e mantido até o final de novembro do último ano em um aquário para recuperar-se. Tempos depois, o Governo Holandês, avalizado por um tribunal de Amsterdam, decidiu enviá-la ao Aquário de Parque Tenerife, onde está até hoje. Em todo esse tempo, não levaram em conta os especialistas, que aconselham soltar o animal no mar, ainda mais quando se sabe a qual grupo familiar pertence.
O Partido Animalista se uniu ao grupo que tem realizado as petições em favor do fechamento gradativo dessas instalações, pedindo que os animais que estejam em cativeiro e que não possam ser liberados também não sejam explorados como atração e, acima de tudo, que se busque um local adequado visando o bem-estar dos animais. Infelizmente, a Espanha é o país da União Europeia que mantém o maior número de aquários dessa natureza.Caso Morgan: o fim dos parques aquáticos está próximo?
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fonte: anda
Morgan, a orca de um parque em Tenerife, continuará presa por causa da pressão de alguns deputados do PP e PSOE, partidos europeus.
A Comissão de Petições do Parlamento Europeu, em uma reunião alguns dias atrás, negou a solicitação de várias organizações científicas e protetoras dos animais, que pediam que devolvessem Morgan ao mar. As informações são do Partido Animalista (Pacma).
Os deputados Gabriel Mato e Pilar Ayuso (do Partido Popular) e Miguel Ángel Martínez (do PSOE) estiveram à frente da oposição à petição dos cientistas, ecologistas e defensores dos animais. Esses deputados defendem a manutenção de ambientes em que seja possível alocar golfinhos e orcas, algo totalmente ultrapassado pelo sofrimento e maus tratos a que são submetidos os animais nesses locais.
As orcas são animais nômades e migratórios, e percorrem mais de 700 km para manter suas funções vitais. Colocar em uma piscina um animal que nasceu e viveu vários anos em liberdade, como é o caso de Morgan, a fim de utilizá-lo como palhaço de circo, sendo obrigado a realizar atividades totalmente antinaturais, está muito longe de ser considerado como algo ético e natural. Além disso, esses mamíferos marinhos possuem características anatômicas e fisiológicas que requerem espaços abertos para garantir sua sobrevivência. Seu complexo sistema de biosonar (ou ecolocalização), pelo qual se localizam geograficamente e mantêm relações sociais, transmite frequências que enlouqueceriam o animal se ele ficasse em um espaço tão pequeno.
Morgan, uma fêmea jovem, foi encontrada nadando sozinha, desidratada e muito debilitada em junho de 2010, no mar de Wadden, na Holanda. O animal foi resgatado e mantido até o final de novembro do último ano em um aquário para recuperar-se. Tempos depois, o Governo Holandês, avalizado por um tribunal de Amsterdam, decidiu enviá-la ao Aquário de Parque Tenerife, onde está até hoje. Em todo esse tempo, não levaram em conta os especialistas, que aconselham soltar o animal no mar, ainda mais quando se sabe a qual grupo familiar pertence.
O Partido Animalista se uniu ao grupo que tem realizado as petições em favor do fechamento gradativo dessas instalações, pedindo que os animais que estejam em cativeiro e que não possam ser liberados também não sejam explorados como atração e, acima de tudo, que se busque um local adequado visando o bem-estar dos animais. Infelizmente, a Espanha é o país da União Europeia que mantém o maior número de aquários dessa natureza.Caso Morgan: o fim dos parques aquáticos está próximo?
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fonte: anda
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