segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Abandono de animais tem antídoto

Toda semana tem uma feirinha de adoção de animais em um ponto de Ribeirão, organizada por ONGs


Problema comum em grandes centros urbanos, o abandono e a superpopulação de animais também são observadas em Ribeirão Preto. Segundo a presidente da ONG Cão Paixão, Ana Cláudia Garcia Vicente, não existe um levantamento oficial, mas estima-se que a população de animais na cidade seja de um para cada grupo de quatro pessoas - ou seja, 150 mil animais atualmente.
Para minimizar o abandono, três ONGs ribeirão-pretanas - além da Cão Paixão, a Murilo Pretinho e a Associação Vida Animal (AVA) -, em parceria com o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), mantêm uma agenda mensal de feiras de adoções de animais, que ocorrem sempre aos sábados, em pontos fixos.
Segundo a presidente da AVA, Maria Cristina Dias, cerca de 50 animais são adotados por mês em feiras organizadas por entidades. "Elas [feiras] são a ‘porta’ de entendimento para todos os outros problemas relacionados à causa animal", explica Cristina.
Uma boa notícia é que cada vez mais a questão da raça deixa de ser um pré-requisito para a adoção. "Contudo, apesar de mais lares disponíveis, o número de cães e gatos abandonados continua a crescer desordenadamente", afirma Maria Cristina.
De acordo com ela, entre tantos desafios para garantir os direitos dos animais, o principal ainda é conscientizar as pessoas sobre a posse responsável. Sem isso, todos os outros problemas são gerados. "É preciso frear o impulso e a carência de simplesmente ter um animal de estimação e considerar a expectativa de vida dele, se há estrutura física para acomodá-lo, características e necessidades da espécie escolhida", diz.
Superpopulação
Para combater a superpopulação, voluntários de ONGs de proteção aos animais, em parceria com faculdades, também viabilizam a castração dos bichinhos de estimação de quem não tem condições de fazê-lo em uma clínica particular. A operação sai a um baixo custo e, em alguns casos, gratuitamente, mas os interessados precisam entrar em contato para se candidatar.

"Se não há controle populacional dos animais, evitando as crias indesejadas e, consequentemente, a propagação de zoonoses (doenças), nossas ações acabam sendo pouco expressivas", diz Ana Cláudia, da Cão Paixão.
Para ela, uma das soluções para esse controle seria a criação de um programa de cadastramento de animais, como, por exemplo, o que consiste em inserir microchips sob a pele deles. "É uma prática que já existe em cidades próximas e que ajudaria muito, já que muitos cães e gatos estão nas ruas porque se perderam de seus donos", diz.
Quem ama, não se importa com raça
A frase usada como slogan da AVA retrata bem a relação de carinho e consciência que a comerciante Marize Portella tem com os animais. Na casa dela, os três gatos e dois cachorros foram adotados. A última foi a gata branca Lilica, de seis meses. A comerciante diz que sempre gostou de animais e desde pequena tem o hábito de tirá-los da rua. "Sugiro sempre a opção da adoção para amigos e conhecidos".
fonte: .jornalacidade

 

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