Toda semana tem uma feirinha de adoção de animais em um ponto de Ribeirão, organizada por ONGs
Foto: F.L Piton / A CidadeMarize Portella com filhos e animais de estimação, todos adotados: ‘sugiro sempre a adoção a amigos e conhecidos’
Problema comum em grandes centros urbanos, o abandono e a superpopulação de animais também são observadas em Ribeirão Preto. Segundo a presidente da ONG Cão Paixão, Ana Cláudia Garcia Vicente, não existe um levantamento oficial, mas estima-se que a população de animais na cidade seja de um para cada grupo de quatro pessoas - ou seja, 150 mil animais atualmente.
Para minimizar o abandono, três ONGs ribeirão-pretanas - além da Cão Paixão, a Murilo Pretinho e a Associação Vida Animal (AVA) -, em parceria com o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), mantêm uma agenda mensal de feiras de adoções de animais, que ocorrem sempre aos sábados, em pontos fixos.
Segundo a presidente da AVA, Maria Cristina Dias, cerca de 50 animais são adotados por mês em feiras organizadas por entidades. "Elas [feiras] são a ‘porta’ de entendimento para todos os outros problemas relacionados à causa animal", explica Cristina.
Uma boa notícia é que cada vez mais a questão da raça deixa de ser um pré-requisito para a adoção. "Contudo, apesar de mais lares disponíveis, o número de cães e gatos abandonados continua a crescer desordenadamente", afirma Maria Cristina.
De acordo com ela, entre tantos desafios para garantir os direitos dos animais, o principal ainda é conscientizar as pessoas sobre a posse responsável. Sem isso, todos os outros problemas são gerados. "É preciso frear o impulso e a carência de simplesmente ter um animal de estimação e considerar a expectativa de vida dele, se há estrutura física para acomodá-lo, características e necessidades da espécie escolhida", diz.
Superpopulação
Para combater a superpopulação, voluntários de ONGs de proteção aos animais, em parceria com faculdades, também viabilizam a castração dos bichinhos de estimação de quem não tem condições de fazê-lo em uma clínica particular. A operação sai a um baixo custo e, em alguns casos, gratuitamente, mas os interessados precisam entrar em contato para se candidatar.
"Se não há controle populacional dos animais, evitando as crias indesejadas e, consequentemente, a propagação de zoonoses (doenças), nossas ações acabam sendo pouco expressivas", diz Ana Cláudia, da Cão Paixão.
Para ela, uma das soluções para esse controle seria a criação de um programa de cadastramento de animais, como, por exemplo, o que consiste em inserir microchips sob a pele deles. "É uma prática que já existe em cidades próximas e que ajudaria muito, já que muitos cães e gatos estão nas ruas porque se perderam de seus donos", diz.
Quem ama, não se importa com raça
A frase usada como slogan da AVA retrata bem a relação de carinho e consciência que a comerciante Marize Portella tem com os animais. Na casa dela, os três gatos e dois cachorros foram adotados. A última foi a gata branca Lilica, de seis meses. A comerciante diz que sempre gostou de animais e desde pequena tem o hábito de tirá-los da rua. "Sugiro sempre a opção da adoção para amigos e conhecidos".
fonte: .jornalacidade
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