Considerado problema social, o abandono e maus-tratos aos animais é crime, segundo a lei 9.605/98, artigo 32. Infelizmente, algumas autoridades se recusam a registrar ocorrência deste tipo e, consequentemente, o problema só piora.
Em Adamantina, muitos animais são encontrados vagando pela cidade, na maioria das vezes doentes e com fome. Pensando neste descaso, pessoas de maneira informal, como a voluntária Thaisa Bazzo, recolhiam os animais e os levavam para suas residências, dando comida e tratamento. Porém, o número de abandono aumentou e por isso alguns voluntários se reuniram e resolveram fundar um projeto, visando o recolhimento, proteção, tratamento e adoção destes animais.
Maria Luiza Ravazi, uma das fundadoras, explica as dificuldades enfrentadas pelos voluntários e o trabalho feito para tornar a ação reconhecida.
Os animais estão abrigados no prédio da antiga escola São Judas Tadeu (próximo ao ATC), que foi cedido provisoriamente pela proprietária Edna Rombaldi. Entretanto, de acordo com Maria, o local precisa de reparos.
Hoje, o projeto conta com aproximadamente dez animais adultos e nove filhotes. 20 voluntários se revezam na manutenção do local e ajudam a cuidar dos cães. Por motivos de falta de espaço adequado, o projeto ainda não recolhe gatos, já que estes requerem um espaço reservado. “Não é uma questão de escolha, pois somos a favor da proteção de todos animais, porém gatos precisam de mais atenção que cachorros, não podemos trazê-los e misturar com os outros animais, que vamos ter problemas. Contamos com a colaboração de todos para reformarmos o local e conseguirmos o espaço necessário para abrigar os gatos abandonados e dar a eles atenção adequada”, afirma Maria Luiza.
ONG
Para transformar o projeto em uma ONG, a voluntária e advogada Maria Luiza Ravazi organiza o processo a fim de regulamentar o projeto de Lei de proteção aos animais, assim se tudo estiver organizado a FAI já se disponibilizou para uma parceria voltada a castração de todos os animais.
Ajuda
Está sendo distribuído um carnê com um valor simbólico de R$ 25 para contribuição com o trabalho de proteção aos animais. Os interessados em contribuir com este ou qualquer tipo de valor podem procurar um dos voluntários e efetuar o pagamento.
Adoção
Os animais são todos sem raça definida, chipados, vacinados e vermifugados, prontos para adoção. Para adotar um cão, a pessoa deverá apenas preencher uma ficha de identificação e os voluntários farão uma visita á residência para verificar se o animal está sendo bem cuidado.
Projetos
Foi realizado no dia 2 um brechó beneficente e todo valor foi revertido para o projeto. Como a procura foi grande e as doações continuam, acontecerá outro brechó beneficente no domingo (23). Os interessados em doar roupas podem entrar em contato pelo telefone 99716-9979.
Feira
No domingo (16), será realizado em frente ao parque da Estação Recreio uma Feira de Adoção, em que serão disponibilizados todos os animais para serem adotados e assim dar espaço para que outros sejam recolhidos, já que o abrigo está com a sua capacidade máxima de animais.
Dificuldades
Maria Luiza destaca que a principal dificuldade é a conscientização das pessoas, já que após saberem do projeto estão abandonando os animais propositalmente. “Não é isso que queremos, não somos obrigados a recolher todos os animais, pois não temos espaço e local apropriado. Hoje estamos com a capacidade máxima de animais que podemos dar a devida atenção. Pedimos às pessoas que não joguem os cães aqui como se fossem objetos, pensem antes de ter este tipo de ação, a nossa vontade é que não exista nenhum animal abandonado, que todos tenham um lar, mas infelizmente muitos por falta de amor e paciência, abandonam de forma maldosa”, finaliza a voluntária.
Fonte: Gi Notícias
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